Ao abraçar a fé umbandista, eu juro solenemente perante Deus e os Orixás: Aplicar os meus dons de mediunidade somente para o bem da humanidade; Reconhecer como irmão de sangue, os meus irmãos de crença; Praticar com amor a caridade; Respeitar as leis de Deus e a do homem, lutando sempre pela causa da JUSTIÇA e da VERDADE; Não utilizar e nem permitir a utilização dos conhecimentos adquiridos num terreiro para prejudicar a quem quer que seja. Salve a Umbanda, Salve os Sagrados Orixás.
sábado, 28 de abril de 2012
SABEDORIA E AMBIÇÃO
'A sede de poder e a disputa ensandecida de domínio perante a comunidade umbandista, ainda entontecida pela difusão de fundamentos jogados diuturnamente nas mais diversas formas de mídia que disfarçam no Sagrado a venalidade de certos sacerdotes, impera nessas lideranças que travam verdadeira guerra para impor o seu modelo teológico.
Assim, persistem numa busca ferrenha de adeptos para ter o rebanho maior, qual pastor que pula o seu cercado para pegar as ovelhas do vizinho.
Não importa se o do lado cobra, raspa, corta e mata. O que vale é aumentar os adeptos, qual "guru" de outrora que impressionava as multidões ao amansar tigres e cobras.
Lembrai-vos de que quanto maior a inteligência e a consciência, maior pode ser a ambição. Aos que muito sabem e ambicionam, muito será cobrado pelos orixás."
Ramatís
O texto acima fala com clareza o que acontece em muitos terreiros de nossa terra. Lideres espirituais que, com sua cabeça de vento, acham que casa cheia significa maior poder frente aos Orixás. Impressionar os médiuns e visitantes com roupas luxuosas, ferrar quase todos os dias, kilos e kilos de comida arriada, litros e litros de bebidas (a maior parte consumida pela matéria), cenas até muitas vezes hilariantes na frente do público frequentador. Estas atitudes, ao contrario do que pensam, acabam por fazer na verdade exatamente com que os médiuns e os frequentadores fujam destes terreiros. Pense comigo, estou começando a frequentar uma casa, como médium ou não, vejo os gastos feitos pelos que já estão lá, vejo o sangue dos animais sendo derramado por qualquer motivo banal, vejo várias pessoas bebendo muito e fazendo espetáculos teatrais em nome dos Orixás.
Em uma casa que fui visitar a algum tempo atras era gira de Xango. Uma festa em homenagem ao Orixá da justiça. Terreiro muito bem arrumado, filhos de santo muito bem vestidos, vários Babalorixás convidados, promessa de Ageum grandioso após os festejos. A Ialorixá, chefe do terreiro inicia a sessão (com 1 hora de atraso), defumação, oração, todo procedimento muito correto. Chamada de Xango. Um médium incorpora, salva o terreiro todo e para no meio, abaixa e fica na posição de cachorrinho (com os joelhos e mãos no chão) na frente do altar, outro médium incorpora, faz o mesmo caminho e se ajoelha ao lado do primeiro, a Ialorixá incorpora Xango, salva o terreiro e senta-se em cima do primeiro médium que incorporou e acaricia a cabeça do segundo. Levei algum tempo para compreender aquilo mas logo caiu a ficha. Pasmado percebi que o Xango estava sentado na pedra e acariciando o leão!
Os médiuns, filhos da casa, vão salvar o Orixá e salvam também a pedra e o leão, que respondia com um rosnado a cada filho que o saldava. Pai Magno de Oxossi, que estava a meu lado assistindo, não aguentou e caiu na gargalhada, fomos obrigados a sair do terreiro.
Coisas absurdas que fazem simplesmente para aparecer, mostrar para outros Babalorixás e visitantes o conhecimento no Santo. Abram seus olhos chefes de terreiros! Conhecimento no Santo não significa casa cheia ou incorporação teatral. Significa povo de Santo feliz, povo de Santo e frequentadores que encontram o que foram buscar no terreiro. Paz, harmonia, caridade, satisfação de ver seu dever comprido para com os Orixás. Quantos de vocês perguntam a seus filhos como eles estão antes e depois da sessão? Quantos de vocês observam a assistência para ver se estão todos bem? Quem controla o que os médiuns bebem dentro do terreiro? Sua casa é motivo de bons comentários no meio umbandista ou é motivo de chacota? Seu terreiro é uma casa de caridade ou um teatro que só se usa seda, cetim e muito brilho? Hoje mais do que nunca, vejo proliferar estes tipos de terreiros, onde o brilho das estrelas não é do Orixá, mas sim das jóias das Ciganas. A fumaça não é do pito do Preto Velho, mas sim dos charutos dos Exus. Porque o que dá status e dinheiro é trabalhar com Povo de rua. Preto Velho, Caboclo e Crianças não trás gente para a casa.
Pensamento muito errado de quem está nesta religião que prega a caridade e humildade.
Nilo Coelho
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Amarração e Síndrome de Estocolmo
Quando eu era pequena levava broncas da minha avó cada vez que saía com ela: perdeu alguma coisa no chão Andréa? O olhar tinha que ser para frente e não para baixo. Realmente com a cabeça erguida você observa muito mais coisas. Minha falecida avó, hoje teria uma síncope nervosa, ao ver pessoas andando com as cabeças baixas focadas num mundo virtual dos seus celulares. Não que o mundo virtual seja ruim,mas ele faz com que , às vezes, não tenhamos aquele maravilhosa experiência de olho no olho.
Já falei algumas vezes que andar de ônibus longas distâncias me tornou uma adepta do livre pensar. E até nas intermináveis viagens entre terminais a gente pode se surpreender. Dia destes li: "Trago seu amor de volta em 3 dias. Não fazemos amarração,só trabalhamos com o anjo da guarda. Pagamento só depois que seu amor voltar." Na hora pensei: bem que podiam fazer isto com o amor-próprio da pessoa né? E o coitado do anjo da guarda o que tem com a "brilhante' idéia de trazer de volta quem não te quer? Vai saber...
As pessoas são surpreendentes. Esta semana falei muito com meus amigos sobre a Síndrome de Estocolmo, que é um estado psicológico particular desenvolvido por algumas pessoas que são vítimas de sequestro. A síndrome se desenvolve a partir de tentativas da vítima de se identificar com seu captor ou de conquistar a simpatia do sequestrador. Creio que esta coisa de trazer amor fugitivo de volta pode ser inserida na síndrome. As paixões são perigosas, nos fazem caminhar com os olhos voltados para o chão, sejam elas por pessoas ou por situações.
Tenho aprendido muito a não caminhar mais sem olhar nos olhos da vida. Se algo me faz bem, me traz bons sentimentos, não me deixa alienada e não me faz sofrer tudo bem. Sou bem radical nisto, aprendi a ser. Se frequento um local em que era para ser de luz e só há trevas, ou eu levo minha lanterna ou caio fora. Tem que ser assim gente, não tem outro jeito, porque esta vida é uma só. Creio em reencarnação,mas porque levar os pesos desta pra lá?
Ninguém é santo, nenhum de nós. Contudo, quando lidamos com pessoas temos, no mínimo , de gostar delas. Gostando de nós mesmos temos cuidado: fazemos nossas orações e vigiamos. Tem corpo aberto a qualquer coisa quem quer.É duro sim ouvir isto,mas é verdadeiro. Meus caros vou contar a grande dádiva para qualquer médium, seja em que grau for: a coragem. Deus abomina os covardes. Titubeamos as vezes , é normal, mas quando deixamos as raízes do me se grudarem aos nossos corações ele nos enfraquece. Aí somos presas fáceis da dita Síndrome de Estocolmo seja com pessoas ,instituições ou vícios.
Um dia me falaram que eu tenho mais do que um dom mediúnico, tinha sido agraciada por Deus. A única coisa que pensei na hora é que desta vez, nesta vida, quero errar menos e ter mais coragem, porque se eu vim com um grande propósito de servir é que boa coisa eu não fiz lá atrás. Médiuns umbandistas peço a todos que tenham coragem. Tenham coragem de exercer a fé com caridade e real amor ao próximo. Vamos abrir nossas mentes ao bem maior e fechar o corpo para a falta de vida verdadeira. Nós somos agentes dos Orixás que junto às entidades temos a missão de encaminhar à luz quem,por algum motivo, anda nas trevas de seus problemas. Saravá!
Andréa Deren Destefani
Transporte e Descarrego na Umbanda
Muito se fala sobre transporte e descarrego na Umbanda, mas poucos são os médiuns que sabem a diferença entre essas duas práticas tão comuns em nossos trabalhos assistenciais. Foi pensando nisso que resolvi colocar hoje para vocês, de maneira bem simples, o que é o transporte e o que é o descarrego na Umbanda, para que todos possam entender como cada um desses processos funciona e saber diferenciar um do outro.
O TRANSPORTE acontece quando um médium desenvolvido, capacitado e firmado dentro de uma corrente mediúnica, por determinação do astral, incorpora uma entidade espiritual de outro médium que no momento é incapaz de incorporar, um exemplo disso é quando ocorre a incorporação do Guia Espiritual de um consulente. Esse ato requer responsabilidade, conhecimento e atenção, pois acontece por algumas necessidades especificas que devem ser compreendidas proporcionando assim o equilíbrio espiritual e energético de todos os envolvidos.
Alguns dos motivos para que o Transporte aconteça: para absorver a energia prânica do médium, assim o corpo astral do Guia é vitalizado, fortalecido e até curado; para solicitar algo específico e importante como uma oferenda; para apresentação ou confirmação da existência de um Guia.
Já o DESCARREGO acontece quando um médium desenvolvido, capacitado e firmado dentro de uma corrente mediúnica, por determinação do astral, incorpora um espírito de baixa vibração energética, mental e emocional com intuito de “limpeza”.
Algumas situações que acontecem durante o Descarrego: médium incorpora “seu” próprio Exu de Trabalho para fazer limpezas energéticas, fazer negociações e/ou vitalizar o consulente; médium incorpora o Exu do consulente para fazer limpezas energéticas, fazer negociações, vitalizar seu médium e/ou solicitar oferenda especifica para que possa defender ou descarregar seu médium junto com elementos naturais e energéticos; médium incorpora Exu ativado pela Lei que, até então, atuava de forma punitiva e paralisadora retirando elementos energéticos e recolhendo espíritos que atuavam sob seu comando; médium incorpora espíritos negativos (faixas vibratórias negativas) como sofredores, eguns, zombeteiros, vampirizadores ou quiumbas, nesses casos todo cuidado e atenção são necessários, um exemplo disso é que para esses espíritos não se deve servir cigarro, vela, bebida etc, assim como não podem ser permitidas a comunicação ou solicitação de oferendas.
Todas essas situações de descarrego acontecem por permissão da Lei Divina, e é a partir de um trabalho religioso, de médiuns preparados, onde o único intuito é a caridade, que se tem a grande oportunidade de encaminhamento destes irmãos, que necessitam de nossa ajuda para um redirecionamento evolutivo.
Tanto o Transporte quanto o Descarrego, são práticas importantíssimas que permeiam as giras de Umbanda facilitando os trabalhos dos Guias Espirituais, além disso, são práticas que requerem muita responsabilidade, disciplina e conhecimento, portanto ESTUDAR é fundamental para melhor agir, praticar e servir dentro da Lei de Umbanda e da Lei Divina.
Compreenderam a diferença? Espero que sim !!
VIDA
Enquanto aguardava a chegada da namorada em sua casa Bruno, cansado pelo dia de trabalho intenso que tivera, cochilou no sofá.
Enquanto isso Júlia embarcava em condução que tinha como destino a casa do seu namorado Bruno.
Ela estava muito ansiosa para chegar ao encontro que combinara com ele, entretanto sua ansiedade não era maior do que a notícia que daria a ele: ela estava grávida.
Só o que Júlia não sabia é que seu namorado intuitivamente já tinha uma noção de qual conversa ela queria ter com ele e, apesar de freqüentar um terreiro de umbanda há nove meses, Bruno estava decidido que se sua intuição estivesse correta ele a pediria que interrompesse o desenvolvimento da gestação.
Bruno a amava verdadeiramente, mas era filho de uma família da alta sociedade paulistana; tinha vinte e três anos de idade e um enorme potencial para fazer o bem dentro de si, mas era muito inseguro e preocupado com o que sua família faria se descobrisse a gravidez de sua amada.
Ele era descendente de uma família de médicos, mas trabalhava como advogado havia dois anos. Era um moço esforçado mesmo, que nunca quis utilizar o nome e o prestigio da família para obter qualquer tipo de vantagem em seu ramo de profissão.
Havia quatro meses que o caboclo a quem Bruno cambona dissera-lhe que se preparasse para tomar uma nova direção em sua vida, por que em breve um vento bom logo iria soprar no caminho dele para indicar novos rumos.
Inclusive na época do ocorrido Bruno não entendera muito bem o recado e levou sua vida calmamente até ali naquele dia em que sua amada Eliana solicitara o encontro na casa dos pais dele.
Pelo vidro da janela do seu quarto Bruno via que caia uma chuva torrencial, mas mesmo com todos os raios e trovões ele sentia que a tempestade climática não era maior do que aquela que desabava em seu íntimo.
Aflito pela intensidade de suas emoções ele resolveu sair de dentro da fazenda dos seus pais e respirar um pouco de ar puro. O relógio marcava quinze horas de um dia de novembro do ano de 1910, mas as nuvens estavam tão carregadas e enegrecidas que já aparentava ser quase noite naquele horário; justamente por este fato foi que ele acendeu a lamparina antes de sentar-se na rede.
Algo como um que desconhecido hipnotizava-o fazendo com que olhasse incessantemente para os raios que rasgavam o céu. A cada relâmpago que clareava o firmamento ele sentia como se um peso enorme saísse de seu peito.
Fascinado pelos raios ele levantou-se da rede e foi tomar um banho de chuva. Os pingos da chuva desciam grossos e pesados, mas em seu corpo não causavam nenhum tipo de dor ou incômodo: só um grande alivio em sua ansiedade.
Encantado que estava pela chuva ele foi atraído até um pequeno bambuzal existente no local e lá, inexplicavelmente, ajoelhou-se ao solo; de repente, como se viesse de dentro do bambuzal, apareceu uma linda mulher com cabelos ruivos como fogo e vestes estranhas que disse a ele:
─ Nós pedimos que você se preparasse antecipadamente a este evento.
─ É verdade!
─ Você se preparou?
─ Racionalmente sim,mas não de forma emocional.
─ Em você vejo dúvidas, o que deseja tanto perguntar-me?!?
─ Será que eu enlouqueci?
─ Por que você diz isto?
─ Ora, mas isto é óbvio! Parece que estou louco, em alguma espécie de pesadelo.
─ Mas por que você diz isto?
─ Estamos no ano de 1997 e, no entanto, aqui nesta localidade é 1910, isto não é loucura? Outra coisa estranha é que eu moro no Rio de Janeiro, mas aqui estou em São Paulo, como pode ser isto?
─ Atualmente encontramo-nos no ano de 1997 e você efetivamente reside no estado do Rio de Janeiro.
─ Aqui onde estamos os meus pais moram neste fazendão e, na realidade, eu moro mesmo no meu barraquinho no Vidigal, como é que pode?
─ Você não deve preocupar-se com estes fatos que você vê como discrepância, mas sim com aquilo que é principal em sua vida.
─ Como assim?
─ O que você vê em comum tanto na sua vida no Rio quanto aqui em São Paulo?
─ Deus do céu, parece papo de doido, não parece?
─ Responda-me, por favor!
─ Tudo bem, desculpe! Bom, a única coisa igualzinha no Rio e aqui em Sampa é o fato de que eu vou ser pai.
─ Exatamente!
─ Só que na “real”, no Rio de Janeiro, a minha namorada não se chama Eliana: o nome dela é Júlia!
─ O nome também é algo secundário, procure focar no que deve ficar guardado em ti nesta experiência.
─ Mas eu estou focado!
─ Será que está mesmo?
─ Claro!
─ Mas você não está esperando a Júlia chegar à tua casa para um encontro que ela mesma solicitou?
─ Estou.
─ Você, intuitivamente, sabe que ela lhe dirá neste encontro que está grávida, certo?
─ Correto!
─ E você hoje, como há oitenta e sete anos atrás, não está pensando em pedir que ela aborte?
─ Deus, como a senhora pode saber disto!??!
─ Você é umbandista Bruno, você sabe!
─ Espere ai, então quer dizer que a senhora é uma entidade que milita na umbanda! É isto?
─ Exatamente!
─ Agora entendo porque os meus joelhos se dobraram diante da senhora antes mesmo que eu soubesse deste fato, não é isto?
─ Exatamente!
─ Bem, se nós na realidade estamos em 1997 e aqui estamos em 1910, então isto quer dizer que este tal bruno ricaço de 1910 sou eu mesmo, o pobretão de 1997, não é isto?
─ Exatamente!
─ E este tal Bruno era mesmo umbandista?
─ Não, o umbandista há nove meses é você Bruno! O fato de você vê-lo como umbandista se deve pela necessidade da prática da caridade para a evolução do seu espírito.
─ Como assim?
─ Você enquanto o Bruno do passado deveria ter advogado também gratuitamente em favor do próximo; atualmente você não é o advogado abastado de outrora, mas deve buscar a evolução do teu espírito pela prática da caridade através da religião de umbanda.
─ E esta Eliana de 1910 é a minha Júlia de 1997, não é isto?
─ Exato, assim como o seu filho abortado há oitenta e sete anos é o mesmo que agora pede oportunidade para reencarnar.
─ Meu Deus, quanto tempo perdido!!!
─ Hoje você, umbandista, vê como tempo perdido, já em outra época você não pensava desta maneira.
─ É verdade, graças a Deus que hoje eu sou umbandista!!!
─ Então, por caridade, haja como umbandista e faça como o Caboclo Ventania lhe determinou há quatro meses lá no terreiro que você freqüenta: prepare-se para sua vida mudar de direção!!!
─ Deus, é incrível como a senhora sabe até do que o Caboclo Ventania disse para mim!
─ Nossos campos de atuação são diferentes, mas nós servimos a mesma senhora.
─ A divina mãe Yansã.
─ Exatamente.
─ Puxa, seria errado pensar que, pelo fato de a senhora estar aqui conversando comigo sobre aborto, o nascimento do meu filho é importante?
─ Sim, mas não somente por que será teu filho, mas principalmente pelo fato de que todo ser concebido merece ter a divina oportunidade de ser gestado e parido.
─ Entendo.
─ Eu sou uma Cabocla Sete Ventos que atua no direcionamento de um dos aspectos do sentido da geração, então o trabalho que realizo em benefício do seu vindouro filho é o mesmo que faço pelo direcionamento no desenvolvimento de espíritos encarnados que se encontram na condição biológica fetal.
─ Deus, o trabalho da senhora é lindo!
─ Linda é a vida Bruno! Lindo é fazer o que for possível pela continuação da manifestação da vida!
─ É verdade.
─ Então faça Bruno! Quando você acordar pouco se lembrará deste “sonho”, mas terá material suficiente para não só permitir a manifestação da vida do seu filho, mas para direcioná-lo pelos caminhos do bem.
─ Assim eu farei senhora Cabocla dos Sete Ventos, assim eu farei!!!
Bruno acordou do seu “sonho” com o som de pancadas na porta: era Júlia que vinha lhe trazer a boa nova.
Júlia entrou com passos inseguros e sentou-se no sofá da sala, próxima a Bruno. Ela já amava aquele ser em seu ventre que possuía apenas dois meses de vida com muita intensidade, mas também amava fortemente e de forma recíproca a Bruno e se este lhe pedisse que abortasse ela, mesmo sofrendo muito, não hesitaria em atender ao pedido do seu amado, entretanto ela não queria isto, ela desejava demais aquela criança.
Assim, pôs as mãos de Bruno entre as suas e já iria dar a noticia quando notou grossas e pesadas lágrimas deslizando pelo rosto dele de forma insistente. Sem entender o porquê daquela atitude Júlia perguntou-lhe:
─ O que foi amor?
─ Você veio me contar que está grávida não é?
─ Sim, mas quem lhe disse?
─ Eu já estava com uma intuição que foi confirmada pela senhora Cabocla dos Sete Ventos.
─ E você está chorando por que não quer este filho, é isto?
─ Não, eu estou chorando de alegria por que já estamos esperando esta criança há muito tempo e é tudo que consigo lembrar de um sonho muito maluco que acabei de ter.
─ Sério?
─ Sério. Na minha mente só tem uma mensagem bem imperativa, mas de forma direcionadora, que diz bem assim: “ Você será pai! Cuide bem do seu filho! Cuide dele!”
Atualmente Luciano, filho do casal, tem quatorze anos de idade, mora no Rio de Janeiro, é umbandista como seus pais e tem tudo para tornar-se um homem de bem.
Mais sobre este ocorrido eu não posso dizer tanto para não ferir a intimidade da família, quanto por que a Lei Divina não me permite.
E é só isto que esta Cabocla pode contar e contou não em nome da curiosidade ou da fofoca, mas em nome da vida.
Você que conseguiu aprender algum tipo de ensinamento com esta história não agradeça a mim e nem ao médium que inspirei para passar esta mensagem: agradeça somente a Deus!!!
Agradeça-O lutando com as armas da paz, do amor e da sabedoria pelo direito de preservação e manutenção de toda a forma de vida!!!
Que Tupã abençoe a todo vocês!!!!
Sra. Cabocla dos Sete Ventos.
PERDA DE AMORES
Perdi meu filho! Perdi minha filha!
Estas são expressões lacrimosas de pais vestidos de dor, pela morte dos seus filhos.
A lógica humana pondera que os pais devam morrer antes dos filhos. Seria a ordem natural das coisas. - Comenta-se.
No entanto, a vida tem suas próprias diretrizes e não segue a lógica que se lhe tenta determinar.
Cada ser tem seu tempo certo de vida. Seu momento de partir.
Cada criatura traz, ao nascer, a programação que estabelece o quantum de anos deva transitar sobre a Terra.
Por isso, inúmeras vezes, partem antes os filhos do que seus pais.
Isso sem se falar das mortes que ocorrem por conta e risco da imprudência, dos desatinos, das inconsequências mundanas.
De toda forma, o processo de separação pela morte é extremamente doloroso, na Terra.
Acostumados à vestimenta carnal, grosseira, impedidos de ver o mundo invisível, que nos cerca, choramos a ausência dos que nos disseram o grande adeus, na aduana da morte.
Chorando e lamentando, falamos de perda. Mas, como escreveu José Saramago: Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo.
Eis o ponto. Ninguém perde ninguém. Os filhos nos são confiados à guarda pela Divindade. Os pais nos são oferecidos como portos de segurança.
Cada pessoa que nos conquista a afeição pode permanecer conosco um tempo mas, bem poderá ser convidada ao retorno, antes de nós.
Compete-nos, portanto, estarmos preparados a fim de que não detenhamos as lutas porque alguém se foi. Não nos vistamos de crepe porque a morte arrebatou o ser amado do nosso lado.
Sobretudo não utilizemos palavras como perda, pois que o que se verifica é a ausência da presença física.
Os que partem prosseguem nutrindo por nós os mesmos sentimentos.
Se nos amam, envolvem-nos com seus abraços espirituais de forma constante. De onde se encontrem, trabalhando no bem, crescendo no progresso, nos enviam suas mensagens de luz.
Aguardam-nos, a cada noite, o desprendimento do corpo para dialogarem conosco mais intensamente. E nos abençoam as lembranças, fazendo-nos tudo recordar como um delicado sonho, ao despertar.
Alegram-se com nossas conquistas. Fazem-se presentes em nossas festividades e nos enxugam as lágrimas, nos dias de desolação.
Alimentam a nossa saudade com suas sutis presenças e, vez ou outra, espalham o perfume do seu amor, causando-nos doces emoções.
Incentivam-nos nas lutas de cada dia e aguardam, paciente e amorosamente, que os anos transcorram a fim de que se processe o reencontro.
Eles nos disseram Até logo mais, não Adeus.
Afetos ausentes. Não perdidos, nem desaparecidos.
Pensemos nisso e reformulemos nossos pensamentos e palavras.
Redação do Momento Espírita.
sexta-feira, 13 de abril de 2012
PARABÉNS MINHA FILHA
UM DIA UM SER DE LUZ NASCEU E ILUMINOU MINHA VIDA.
CRESCEU TRAZENDO SEMPRE A ALEGRIA E FELICIDADE NA INOCÊNCIA DE CRIANÇA. VEIO PREOCUPAÇÃO COM A EDUCAÇÃO, COM OS APRONTOS DA ADOLESCÊNCIA E OUTRAS COISAS. MAS O QUE MAIS VEIO FOI FELICIDADE DE VER CRESCER, ESTUDAR, TRABALHAR, SER FELIZ E TORNAR AS PESSOAS FELIZES. SENTIR NO CORAÇÃO A SATISFAÇÃO DE DEVER COMPRIDO. DE TER DADO A ELA OS MELHORES EXEMPLOS, A VONTADE DE LUTAR POR ALGO MELHOR. HOJE VEJO MINHA FILHA UMA MULHER DE GARRA E DETERMINAÇÃO. DE UMA BELEZA INCONDICIONAL, UMA PESSOA QUE TODOS GOSTAM E AMAM. ORGULHO-ME DE SER SEU PAI. NÃO PUDE DAR TUDO QUE QUERIA DAR MAS TENHO CERTEZA QUE O QUE DEI FOI O MELHOR DE MIM. E COM CERTEZA NOSSO PAI OXALÁ DARÁ A VOCÊ FILHA TUDO AQUILO QUE VOCÊ PRECISA, PORQUE VOCÊ MERECE TUDO DE BOM NESTA VIDA. CONTINUE ILUMINADA COMO SEMPRE FOI DESDE QUE NASCEU.
FELIZ ANIVERSÁRIO.
sexta-feira, 6 de abril de 2012
ADEUS DEFENSOR
No último dia 29 de março,
às 18 horas, meu irmão, Átila Nunes Neto, com apenas 39 anos de idade,fez sua
passagem, abatido por um câncer.
Durante sete meses, quando
soube da doença, meu irmão lutou como um bravo. Inteligentíssimo, Átila Nunes
Neto era o orgulho de nossa família: justo, humano e dotado de uma
extraordinária espiritualidade.
Átila Nunes Neto dedicou sua
vida à dois objetivos: a luta contra a intolerância religiosa e à defesa do
consumidor.
Somos uma família de
espiritualistas e cremos que o espírito sobrevive.
Por isso, eu lhe peço, em
meu nome e de meus pais, que pense sempre no Átila Nunes Neto como um ser humano
que, na sua vida material, só deixou liçoes inesgotáveis de solidariedade ao seu
semelhante.
ÁTILA A. NUNES
A luz é eterna para quem tem
fé.
domingo, 1 de abril de 2012
SUSPENSÃO
Dias atrás encontrei na minha pagina do Orkut uma mensagem
de um Babalorixa que dızıa o seguınte: Dıa tal sessão de Preto Velho às 20
horas, quem faltar será suspenso por 3 sessões.
Realmente não entendi o porque dısso. As pessoas frequentam
um terreiro por doıs motıvos: Pratıcar a carıdade através da sua medıunıdade ou
receber a carıdade de outras pessoas. Ninguém é obrıgado a frequentar um terreıro.
Um terreiro não é uma empresa em que temos um contrato de trabalho. Todos tem
motıvos para ir ao terreıro e para não ir também. A pouco tempo atrás nossa casa, numa sessão de
Exu, estava com 65 médiuns na corrente, 3 sessões depoıs tínhamos 12 pessoas
numa sessão de Preto Velho. E nem por ısso alguém foı suspenso e muıto menos a
casa fechou por falta de médiuns. Lembro
sempre das palavras de nosso Mentor Espırıtual, Caboclo Pena Dourada: <Aquı só
fıcam os bons.> Realmente, somente os merecedores e esforçados pelo bom
desenvolvımento fıcam na casa para dar e receber o Axé do Santo. Quem vaı ao
terreıro uma vez por mês ou até menos, sabe muıto bem que seu desenvolvımento esta
comprometıdo e não venham com aquela velha frase: Eu já estou pronto e posso ır
quando quiser. Nınguém nunca está pronto, a evolução
espırıtual é contınua em nossas vıdas, nunca paramos de aprender. Por maıs
coroas e reforços que o médıum faça em seu rıtual, sempre haverá algo novo para
aprender ou uma pessoa para ser ajudada em nossa passagem pela terra. Mas se o médıum não quer ır a uma sessão, tudo
bem, cada um tem seus problemas na vıda. Nınguém pode obrıgar as pessoas a
fazer o que não querem. O problema é somente dele. Respeıtar as regras e
preceıtos da casa, tal como lımpeza e reunıões, ısso sım é obrıgação. Mas se o
cara quer somente ır as gıras de Exu, encher a cara, aparecer para a assistência,
etc. Deıxa ele, quem somos nós para julgarmos, somente nossos guıas (os dele
também) podem dar o corretıvo merecıdo. E os querıdos Zeladores devem ter
apenas o cuıdado de observar se seus médıuns realmente merecem frequentar a
casa. Sou contra a suspensão, sou a favor da expulsão de quem não merece o Axé
e esforço de seus ırmãos. Procurem rever seus conceıtos senão logo será exıgıdo
atestado médıco de quem faltar a sessão.
Nılo Coelho
Evolução
A unica coisa que à pessoa nenhuma deixa de ser prioridade é a evolução material e profissional, quando algum ser recebe uma proposta melhor no lado acima citados , rápido esta pessoa se converte. Contudo nem sempre no lado da evolução do espírito , sabe aquela de corpo e da alma, esta nem sempre é procurada e não que exista religião certa, pois de acordo com a minha doutrina espiritual temos em mente que , os seres humanos , não são iguais , tão pouco identicos e portanto como uma só religião ou doutrina ia abraçar a tantas almas pecadoras , por que cada um têm a sua opnião e conclusão , não importando assim a religião adotada , mas somente o lado em que você esta, este tem sempre que ser o lado da caridade e da compaixão por tudo e por todos.
Bem voltando para o assunto que estava tratando, sobre a evolução, esta sempre deverá ser um caminho a ser seguido , pois um homem sem seus sonhos não é nada além de solidão, pois nunca terá como evoluir. então se tratando nós , de pessoas que sempre colocamos Deus como ponto de partida, não devemos interferir nas escolhas de nossos irmãos , nem mesmo quando isto possa diretamente ou indiretamente estar nos atingindo. Eu mesmo ficaria muito triste e sei que o nosso glorioso Deus também ficaria se em algum momento de nossas vidas , alguém pelo motivo que fosse chegasse ao ponto de interferir em nossa evolução, partindo dai, então o que não queremos para nós não devemos jamis querer para nossos amigos.
Gostaria muito de saber se pratico o ato correto, pois prefiro mil vezes me ver à chorar do que fazer um único homem ou mulher derramar apenas uma lágrima por algo que eu mesmo tenha cometido.
Sou assim não por nenhum ensinamento, mas por ter sentido à dor na carne , aquela dor que faz você soar à frio e relembrar o porquê de você existir.
Bem assim mesmo me rastejo rumo à Deus e a minha tão sonhada evolução sem querer jamais atrasar a evolução dos que a minha volta se encontram.
NUNCA ATRAPALHE ALGUÉM DE EVOLUIR!! ESTOU CERTO????????
por Flavio
Vibrações dos Caboclos
Os caboclos são muito conhecidos na Umbanda, pelos seus passes relaxantes e pela sua inteligência quanto a doenças.
Todo caboclo tem uma vibração originária de orixá masculino e toda cabocla tem uma vibração originária de Orixá feminino*, mas como falange, eles(as) podem penetrar em todas as vibrações de Orixás e do Oriente.
Para explicar melhor, citaremos o exemplo da Cabocla Jurema: toda cabocla Jurema tem vibração originária de Iansã, mas poderemos encontrar a mesma entidade trabalhando em outras vibrações como Jurema da Praia, na vibração de Iemanjá; Jurema da Cachoeira, na vibração de Oxum; Jurema da Mata, na vibração de Oxoce, e assim sucessivamente. É a mesma entidade, com vibração originária de Iansã, penetrando em outras vibrações de Orixás.
Segue-se a relação dos caboclos e caboclas mais conhecidos na Umbanda, com sua respectiva vibração originária.
(Abaixo estão apenas referências, como já foi citado no texto não é uma regra).
CABOCLOS DE OGUM
Águia Branca, Águia Dourada, Águia Solitária, Araribóia, Beira-Mar, Caboclo da Mata, Caboclo do Fogo, Caiçaras, Guaracy, Icaraí, Ipojucan, Itapoã, Jaguarê, Rompe Aço, Rompe Ferro, Rompe Mato, Rompe Nuvem, Sete Matas, Sete Ondas, Tabajara, Tamoio, Tupuruplata, Ubirajara, etc.
CABOCLOS DE XANGÔ
Itagurussú, Araúna, Caboclo do Sol, Cajá, Caramuru, Cobra Coral, Girassol, Goitacaz, Guará, Guaraná, Janguar, Juparã, Mirim, Sete Cachoeiras, Sete Caminhos, Sete Estrelas, Sete Luas, Sete Montanhas, Tupi, Treme Terra, Sultão das Matas, Cachoeirinha, Urubatão, Urubatão da Guia, Ubiratan, etc.
CABOCLOS DE OXOSSI
Arruda, Aimoré, Arapuí, Boiadeiro, Caboclo da Lua, Caçador, Flecheiro, Folha Verde, Guarani, Japiassú, Javarí, Paraguassu, Mata Virgem, Pena Azul, Pena Branca, Pena Verde, Pena Dourada, Rei da Mata, Rompe Folha, Sete Flechas, Serra Azul, Tupinambá, Tupaíba, Tupiara, Ubá, Sete Encruzilhadas, Junco Verde, Tapuia, etc.
CABOCLOS DE OMOLU
Arranca Toco, Acuré, Aimbiré, Bugre, Guiné, Giramundo, Yucatan, Jupurí, Uiratan, Alho d’Água, Pedra Branca, Pedra Preta, Laçador, Caboclo Roxo, Grajaúna, Bacuí, Piraí, Surí, Serra Verde, Serra Negra, Tira Teima, Folha Seca, Sete Águias, Tibiriçá, Viramundo, Ventania, etc.
CABOCLAS DE IANSÃ
Bartira, Jussara, Jurema, Japotira, Maíra, Ivotice, Valquíria, Raio de Luz, Palina, Poti, Talina, Potira, etc.
CABOCLAS DE IEMANJÁ
Diloé, Cabocla da Praia, Estrela d’Alva, Guaraciaba, Janaína, Jandira, Jaci, Sete Ondas, Sol Nascente, etc.
CABOCLAS DE NANÃ
Assucena, Inaíra, Juçanã, Janira, Juraci, Luana, Muiraquitan, Sumarajé, Xista, Paraguassú, etc.
CABOCLAS DE OXUM
Iracema, Yara, Imaiá, Jaceguaia, Juruema, Juruena, Araguaia, Estrela da Manhã
Mironga de Umbanda para problemas afetivos
Mironga é como chamamos o feitiço de preto-velho, a mandinga de negro em favor aos filhos que o procuram. Aqui vão algumas mirongas que essa nega véia tem a ensinar para resolver as dificuldades do coração. Leia tudo com muita atenção e principalmente, aplique isso no seu dia-dia. Grande é a força dessas pequenas dicas…
1 – Aprenda a viver sozinho. Caso você não consiga nem viver consigo mesmo, como poderá levar felicidade e alegria para outra pessoa? Primeiro relacione-se com seu eu interior. Depois busque alguém.
2 – Assuma a responsabilidade pelo seu relacionamento. Não é magia, inveja, ciúmes de terceiros, etc, que irá separar aquilo que o amor uniu.
3 – É claro que também nenhuma simpatia, reza ou trabalho irá unir ou “amarrar” aquilo que a falta de carinho desuniu.
4 – Simplificando: quem procura as coisas ocultas para resolver problemas sentimentais é imaturo. Ruim do juízo e doente do coração.
5 – Desapegue-se! Ser humano é um bicho apegado. O único problema é: o amor é um sentimento livre. Um eterno querer bem. Um carinho incondicional. Quase um sentimento de devoção. Se você “gosta” tanto de alguém, que prefere ele “morto” do que feliz com outra pessoa, escute: Isso não é amor! Simples ilusão disfarçada…
6 – Aprenda que ninguém irá te completar. Você já é completo! Mas quando um relacionamento é calcado no mais puro amor, muito do amado vive no amante, e muito do amante pra sempre viverá no amado. Quer milagre maior que esse?
7 – Melhor sozinho do que mal acompanhado! Sabedoria popular, mas o que têm de doutor e doutora que não consegue entender isso.
8 – Ponha o pé no chão e esqueça essa história de alma gêmea. Pare de enfeitar suas próprias desilusões com devaneios ditos espiritualistas. Encare a realidade de frente.
9 – A vida vai passando, com ele/a, ou sem ele/a. E a morte se aproximando…
10 – Por isso, vão viver a vida meus filhos! Quem sabe ela não está guardando um presente para vocês? Não existe mironga maior que essa…
Vó Dita – 11/02/07
PORQUE PEDIMOS SILENCIO NO TERREIRO
Atente para o que você fala. Boas palavras são as que edificam, elevam e agradam. Más palavras são as que destroem, rebaixam e machucam. O que sai da boca é força criadora.
Provindos de Deus, os orixás são os grandes criadores, e se expressam pelo som. A palavra é, portanto, um dos meios de manifestação do Divino na Terra, e quando proferida passa a produzir efeitos; não há como fazê-la retornar. Por isso, ao adentrar um terreiro de umbanda, pense antes de falar.
Pense novamente e evite excessos, pois muito antes de sua chegada os falangeiros dos orixás já estão organizando, em nível astral, todo o aparato necessário para providenciar o socorro e a cura dos espíritos doentes e sofredores. Os meios necessários para a defesa desse "hospital de almas" são ativados com a finalidade de conter os ataques trevosos que a casa irá receber antes, durante e depois da sessão. Portanto, não seja o porta-voz das sombras, trazendo desarmonia para o ambiente. Facilite o trabalho, não julgando nada, não emitindo opinião, ou melhor, adotando uma postura de imparcialidade diante do momento existencial e da dor de cada um.
Como você não sabe de seu passado, então deve vigiar os seus pensamentos e as suas palavras. Deve regrar-se pela verdade e pela sensatez; regular o tom de voz, falando mais baixo, e ser delicado com as pessoas.
Médium trabalhador, é seu dever transmitir paz, certeza, carinho e alegria aos que chegam. Tudo o que você fala precisa ser digno de ser ouvido por nós do "lado de cá", singelos obreiros dos orixás.
Lembre-se sempre disso e fale aos outros como se estivesse falando direto a Deus ao pisar num terreiro de umbanda.
Exu Tiriri
ALGUMAS PALAVRAS DITAS PELOS GUIAS
PALAVRAS E SEUS SIGNIFICADOS
Alguidar = Bacia de Barro (só usado para serviço de Exú)
Angola = Linha Africana (tribo africana)
Aparelho ou Aparelhinho = Médium
Aruanda = Plano Espiritual, Céu
Atabaque = Tambor
Babalorixá = Pai de Santo (chefe de terreiro)
Baco-Baco = Conversa
Bambuê = Bambuzal
Banda = Centro
Bango = Dinheiro
Banhaco = Banho
Baralho = 7 Conchinhas do Mar
Bodoque = Arco
Bradar = Saudar
Burro = Médium
Búzios = Conchinhas do Mar
Caboclo (a) = Espíritos Indígenas
Cacarucaia = Velha
Cafioto = Criança
Cajado = Toco de Pau (madeira)
Calunga Grande = Mar
Calunga Pequeno = Cemitério
Cambina = Linha Africana (tribo africana)
Cambito = Perna
Cambono (a)= Ajudante dos Guias
Camizote = Camisa
Camutiê = Coração
Camutimba = Cabeça
Candeia = Vela
Canela = Preta Polícia
Cangalha = Óculos
Canjira = Alegria
Canzoá = Casa
Caricó = Gira
Carimbó = Cachimbo
Carroção = Carro
Cartola = Médico
Casa Grande = Cemitério
Casinha = Banheiro
Cavalo ou Cavalinho = Médium
Cervejado = Cerveja (preta ou branca)
Chibata = Chicote
Coité = Cuia feita de casca de coco
Congo = Linha Africana (tribo africana)
Copado = Copo
Corpo Aberto = Menstruação
Corpo Sujo = Quando o Homem e Mulher tiveram relações sexuais
Corre-Corre = Água ou Veículo
Cortador = Faca
Crefé = Café
Crina = Cabelo
Cruzeiro = Lugar de Penitência
Cumicado = Comida
Cúria = Comer
Demanda = Desavença entre Espíritos (luz e trevas)
Dumba = Mulher
Durmicado = Dormir
Encosto = Quando uma pessoa tem um acompanhamento
Escavadeira = Dentadura
Escrivinhador = Lápis, Caneta.
Estudador = Livro
Fazer Passagem = Desencarnar
Feféu = Café
Ferradura = Sapato ou Qualquer Calçado
Festaco = Festa
Filho de Pemba = Filho de Fé
Filho de Terra = Encarnado
Fitado = Fita
Formoso (a) = Bonito (a)
Fumega = Charuto
Fuscado = Fósforo
Gamela = Panela
Gege = Linha Africana (tribo africana)
Gonga = Altar
Grilhão = Relógio, Pulseiras.
Grugunar = Falar
Grugunhou = Rugir
Hora Grande = 24 Horas
Humaitá = Plano Espiritual (Sr. Ogum).
Ialorixá = Mãe de Santo (chefe de terreiro)
Jacutaia = Casa
Juriti = Pássaro (tipo pomba)
Karma = Conseqüência de Vidas Passadas
Letrado = Pessoa com Estudo
Macaia = Local de serviço nas matas
Macumba = Serviço Espiritual (linha de quimbanda)
Mano (a) = Irmão (ã)
Marafo = Cachaça
Mazela = Doença
Meia = Trabalho
Menga = Sangue
Mézinha = Remédio
Mironga = Feitiço
Moça = Pombagira
Moço = Exú
Mujimbo = Coração
Mulecote = Menino, Garotinho.
Munguzá = Canjica
Nagô = Linha Africana (tribo africana)
Obi = Semente de um vegetal usado em serviço
Ogã = Tocador de Atabaque
Oxalá = Jesus
Paprau = Comida
Pata = Pé
Pataca = Dinheiro
Pau de Figura = Televisão
Pemba = Pedra de Giz
Perna de Calça = Marido, Namorado ou Companheiro.
Pescado = Peixe
Pitar = Fumar
Pito = Cigarro
Porteira = Porta
Prepel = Papel
Preto (a) Velho (a) = Espíritos que viveram no tempo da escravidão
Quatro Pé = Animal de quatro patas (cabrito, boi, gato, etc).
Queto = Linha Africana (tribo africana)
Quitanda = Doce
Quizila = Briga
Rabo de Saia = Esposa, Namorada ou Companheira.
Riscador = Pedra de Giz
Saravá = Saudação
Sentador = Banco, Banquinho.
Serviçado = Serviço ou Obrigação
Sinhazinha = Menina-Moça
Tarimba = Cama
Tenda = Centro
Tocador = Telefone
Toco = Vela
Tuia = Pólvora
Tumba = Sepultura
Tupi = Tribo Indígena
Ventador = Ventilador
Vidrado = Vidro
Zambi = Deus
Angola = Linha Africana (tribo africana)
Aparelho ou Aparelhinho = Médium
Aruanda = Plano Espiritual, Céu
Atabaque = Tambor
Babalorixá = Pai de Santo (chefe de terreiro)
Baco-Baco = Conversa
Bambuê = Bambuzal
Banda = Centro
Bango = Dinheiro
Banhaco = Banho
Baralho = 7 Conchinhas do Mar
Bodoque = Arco
Bradar = Saudar
Burro = Médium
Búzios = Conchinhas do Mar
Caboclo (a) = Espíritos Indígenas
Cacarucaia = Velha
Cafioto = Criança
Cajado = Toco de Pau (madeira)
Calunga Grande = Mar
Calunga Pequeno = Cemitério
Cambina = Linha Africana (tribo africana)
Cambito = Perna
Cambono (a)= Ajudante dos Guias
Camizote = Camisa
Camutiê = Coração
Camutimba = Cabeça
Candeia = Vela
Canela = Preta Polícia
Cangalha = Óculos
Canjira = Alegria
Canzoá = Casa
Caricó = Gira
Carimbó = Cachimbo
Carroção = Carro
Cartola = Médico
Casa Grande = Cemitério
Casinha = Banheiro
Cavalo ou Cavalinho = Médium
Cervejado = Cerveja (preta ou branca)
Chibata = Chicote
Coité = Cuia feita de casca de coco
Congo = Linha Africana (tribo africana)
Copado = Copo
Corpo Aberto = Menstruação
Corpo Sujo = Quando o Homem e Mulher tiveram relações sexuais
Corre-Corre = Água ou Veículo
Cortador = Faca
Crefé = Café
Crina = Cabelo
Cruzeiro = Lugar de Penitência
Cumicado = Comida
Cúria = Comer
Demanda = Desavença entre Espíritos (luz e trevas)
Dumba = Mulher
Durmicado = Dormir
Encosto = Quando uma pessoa tem um acompanhamento
Escavadeira = Dentadura
Escrivinhador = Lápis, Caneta.
Estudador = Livro
Fazer Passagem = Desencarnar
Feféu = Café
Ferradura = Sapato ou Qualquer Calçado
Festaco = Festa
Filho de Pemba = Filho de Fé
Filho de Terra = Encarnado
Fitado = Fita
Formoso (a) = Bonito (a)
Fumega = Charuto
Fuscado = Fósforo
Gamela = Panela
Gege = Linha Africana (tribo africana)
Gonga = Altar
Grilhão = Relógio, Pulseiras.
Grugunar = Falar
Grugunhou = Rugir
Hora Grande = 24 Horas
Humaitá = Plano Espiritual (Sr. Ogum).
Ialorixá = Mãe de Santo (chefe de terreiro)
Jacutaia = Casa
Juriti = Pássaro (tipo pomba)
Karma = Conseqüência de Vidas Passadas
Letrado = Pessoa com Estudo
Macaia = Local de serviço nas matas
Macumba = Serviço Espiritual (linha de quimbanda)
Mano (a) = Irmão (ã)
Marafo = Cachaça
Mazela = Doença
Meia = Trabalho
Menga = Sangue
Mézinha = Remédio
Mironga = Feitiço
Moça = Pombagira
Moço = Exú
Mujimbo = Coração
Mulecote = Menino, Garotinho.
Munguzá = Canjica
Nagô = Linha Africana (tribo africana)
Obi = Semente de um vegetal usado em serviço
Ogã = Tocador de Atabaque
Oxalá = Jesus
Paprau = Comida
Pata = Pé
Pataca = Dinheiro
Pau de Figura = Televisão
Pemba = Pedra de Giz
Perna de Calça = Marido, Namorado ou Companheiro.
Pescado = Peixe
Pitar = Fumar
Pito = Cigarro
Porteira = Porta
Prepel = Papel
Preto (a) Velho (a) = Espíritos que viveram no tempo da escravidão
Quatro Pé = Animal de quatro patas (cabrito, boi, gato, etc).
Queto = Linha Africana (tribo africana)
Quitanda = Doce
Quizila = Briga
Rabo de Saia = Esposa, Namorada ou Companheira.
Riscador = Pedra de Giz
Saravá = Saudação
Sentador = Banco, Banquinho.
Serviçado = Serviço ou Obrigação
Sinhazinha = Menina-Moça
Tarimba = Cama
Tenda = Centro
Tocador = Telefone
Toco = Vela
Tuia = Pólvora
Tumba = Sepultura
Tupi = Tribo Indígena
Ventador = Ventilador
Vidrado = Vidro
Zambi = Deus
Aluna de universidade de RR diz ter sido vítima de intolerância religiosa
Uma estudante de direito da Universidade Estadual de Roraima acabou na delegacia na tarde desta sexta-feira (23), em Boa Vista, depois que uma das professoras do curso se recusou a dar aula para a turma do 10º semestre do curso por causa, segundo ela, de seus trajes e objetos pessoais. Raymunda Gomes Damasceno Bascom, de 44 anos, reclama ter sido vítima de discriminação religiosa. A universidade aguarda o relatório da professora sobre o incidente e uma análise da assessoria jurídica para se pronunciar oficialmente.
A universitária diz que segue uma religião de matriz africana e, por isso, todas as sextas-feiras veste saia branca, blusa azul, colares e adornos na cabeça, e carrega consigo objetos como uma pequena bíblia, uma pequena boneca. Além disso, ela diz que sempre carrega livros, dicionários, frutas e uma caneca para evitar o desperdício de copos descartáveis.
Raymunda Gomes Damasceno Bascom, de 44 anos, estudante de direito da Universidade Estadual de Roraima (Foto: Arquivo pessoal)
Ray, como é conhecida entre os colegas, contou ao G1 que tem aulas de direito administrativo com a mesma professora todas as quintas e sextas-feiras desde a segunda semana de fevereiro, mas que seu modo de vestir e seus objetos nunca foram motivo de conflito. Nesta sexta, sua turma teve aula de direito processual constitucional no primeiro período e, entre as 10h e as 11h50, teria a aula de direito administrativo.
"Quando ela chegou, depois de dar bom dia, ela virou para mim e perguntou 'o que é isto?'. Eu não sei a que ela se referia, então respondi 'este é o meu jeito de vestir na sexta-feira', e ela disse que era para eu tirar as coisas, inclusive da minha mesa, tudo o que não tivesse que ter com direito administrativo, senão ela não ia dar aula", disse a estudante.
Em um vídeo enviado à TV Roraima e filmado por uma aluna que estava presente na classe, a professora diz após ver os objetos sobre a mesa de Ray: "Isso não faz parte da aula. Você vai ficar só com o seu caderno e sua caneta". Após a reação dos alunos, a professora afirma: "Se vocês querem fazer qualquer tipo de manifestação utilizem os meios cabíveis. Eu sei que só tem uma pessoa aqui que está fazendo este tipo de coisa, mas como tenho que falar com a sala inteira. Eu não vou dar aula com este tipo de coisa aqui. Isto não faz parte da aula de direito administrativo. Vou dar dois minutos para você retirar. Se você não retirar eu não vou dar aula."
Segundo a estudante, os colegas da turma a impediram de retirar os objetos e, depois de uma discussão, a professora pegou seu material e deixou a sala de aula. Por causa do evento, Raymunda registrou um boletim de ocorrência de segregação no 1º Distrito Policial de Boa Vista, assinou um termo de declarações na Promotoria de Educação do Ministério Público Federal e, na tarde de sexta-feira, buscou a Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Roraima.
Procurada pelo G1, Ênia Maria Ferst, diretora de graduação da Pró-Reitoria de Ensino da Universidade Estadual de Roraima, afirmou que a Uerr só vai se manifestar após receber o relatório oficial da professora sobre o ocorrido, e encaminhá-lo à assessoria jurídica da instituição, para que ela dê o encaminhamento de acordo com o código de ética da universidade.
Apoio dos colegas
Uma colega da turma, que preferiu não se identificar, afirmou que estava sentada no fundo da sala e ouviu a professora dizendo que daria dois minutos para que Raymunda retirasse da carteira todos os objetos sem relação com a disciplina de direito administrativo. "Ela foi bem categórica, disse 'isso não tem nada a ver com a aula, eu lhe dou dois minutos para você retirar'", contou a colega.
Ainda de acordo com ela, Raymunda se levantou para obedecer a ordem da professora, mas a turma se manifestou em apoio a ela, afirmando que não havia, no regulamento da universidade, qualquer proibição desse tipo e que a posição da professora era inconstitucional. "Alguns alunos se exaltaram com a professora, e ela também, e então falou que não ficaria lá batendo boca com os alunos e saiu da sala", contou a aluna, que classificou a professora como "bem rígida" e afirmou que diversas situações de conflito entre ela e a turma já vinham acontecendo desde o início do semestre. "Por isso todo mundo ficou a favor da Ray."
Raymunda, que tem mãe indígena e pai negro, e descende da etnia Kraô, contou que leva frutas como banana consigo porque gosta de se alimentar de maneira saudável, um hábito que guarda desde a época em que vivia em Goiás, onde nasceu. Ela se mudou para Roraima em 1991 e afirma participar da religião de matriz africana como participante.
Segundo ela, nesta sexta-feira, o único adorno diferente que ela usou, em relação às outras sextas-feiras, foi trocar um prendedor de cabelo com pena por um lenço branco, amarrado na cabeça em forma de turbante.
A colega afirmou que Raymunda sempre chamou a atenção pelo modo "alternativo" de se vestir, mas que tanto os estudantes quanto os professores já estavam acostumados com o seu jeito. "Ela é uma pessoa que se veste de forma alternativa, tem comportamento diferente, incomum dos demais, mas é o jeito dela mesmo, saias longas, bastante colar, não é surpresa. Às vezes ia com mais apretrechos, outros dias com menos, mas a professora nunca tinha falado nada", contou.
Ana Carolina Moreno
Do G1, em São Paulo
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