segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Previsões 2017 Orixá regente de 2017 Oxossí

Como saber qual é o Planeta Regente do Ano?
Segundo a tradição astrológica, cuja origem se perde no tempo, um determinado planeta governa por um ciclo 36 anos. Isto significa que de 36 em 36 anos vivemos sob a dinâmica de um planeta e suas características irão imprimir o tom de todo aquele período.
Desde 1981 estamos sob o domínio do Sol, o que significa que o espírito de brilho pessoal, egocentrismo, necessidade de marcar sua individualidade no mundo, têm permeado nossas consciências. Este período irá até 2016.
Em 2017, segundo a sequência dos governantes do ciclo*, estaremos sob a égide de Saturno, quer dizer que iremos “abaixar bem a bola” Oxossí é um espírito de austeridade, economia e restrição irá nos guiar. Iremos então pagar a conta de todo o nosso orgulho e prepotência. A “importância pessoal” vai cair em desuso e poderemos perceber quais são nossos limites de simples mortais.
*Sequência dos planetas regentes dos ciclos:  Saturno, Vênus, Júpiter, Mercúrio, Marte, Lua, Sol e novamente Saturno, Vênus, etc.
Durante este período de 36 anos, cada ano será regido por um planeta – o que chamamos de Planeta Regente do Ano – e este imprime um tom particular para cada ano. 
Para determinar o Planeta Regente do Ano, o método é o que se segue: O ano que inicia o ciclo será sempre regido pelo planeta que governa o ciclo e os subseqüentes obedecem à seguinte ordem: Sol, Vênus, Mercúrio, Lua, Saturno, Júpiter e Marte. Exemplo: o ano que iniciou o ciclo do Sol em 1981 foi regido pelo Sol e na sequência: 1982/Vênus, 1983/Mercúrio, 1984/Lua, 1985/Saturno, 1986/Júpiter, 1987/Marte e 1988 novamente o Sol e reinicia-se a sequência.


Como saturno é nosso regente este ano, imediatamente é dado a Oxossí a regência de 2017.


Previsões para 2017

1- Brasil - Acaba o programa minha casa minha vida, entra outro programa.
2- Brasil - Morre Ministro do Governo Temer em acidente.
3- Brasil - Fraude na Caixa Ecônomica Federal.
4- Brasil - Dilma mudan-se do Brasil.
5- Brasil - Desabamento de prédio na Baixada Santista.
6- Brasil - Incendio em prédio da Petrobrás.
7- Brasil - Acidente aéreo em Campinas SP.
8- Brasil - Rio de Janeiro tem crise na segurança pública.
9- Brasil - Atentado contra Sergio Moro.
10- Itália - Naufrágio de Navio Italiano.
12 - Coreia do Norte - Invade a Coreia do Sul.
13- Estado Palestino é aceito.
14- Colombia -Farcs acabam.
15- Paraguai - é o novo pais emergente sulamericano.
16- Venezuela tem golpe de estado.
17- Inglaterra- Atentado em Londres.
18- Presidente USA- manda ataque a Síria
19- Brasil - Preso Renan Calheiros
20- Brasil - Crise no sistema Bancário afeta o governo.
21- Brasil - Morre apresentador de televisão.
22- Brasil - Vacinação contra dengue.
23- Brasil - Greve geral abala governo.
24- França - Atentado químico no metro.
25- Japão - Sofre novo Tsunami.
26- Mundo - Vacina contra aids com resultado positivo.
27- Mundo - Aquecimento em geleiras alerta mundial.
28- Mundo - Poluição é assunto mundial.
29- Mundo - Crise dos EUA afeta comercio mundial.
30- México - Crise e enfrentamento nas fronteiras Americanas.
31- Guatemala - Crise Política e Guerra civil fuga de população.
32- India - Terremoto deixa muitos mortos e feridos.
33- Brasil - Novamente o Sul tem movimentos de separação.
34- Brasil - Mudanças em Leis fazem sindicatos fazerem greves, com apoio de partidos políticos de esquerda.
35- Brasil Morre governados do Rio de Janeiro.
36- Brasil - Crise na Saude faz governo pedir ajuda internacional.
37- Brasil - Falência de Banco Brasileiro.
38- Brasil - Michel Temer faz um bom governo e aumenta empregos e diminui inflação
39- Brasil - Prefeito São Paulo tem boa aprovação e faz bom governo.
40 - Brasil - Lava Jato entra também em assuntos de assassinatos de testemunhas. 

Previsões válidas até 2018.


Sacerdote Umbandista
Pai Emidio de Ogum
http://espadadeogum.blogspot.com

sábado, 25 de junho de 2016

MARIA NO ALTAR DE UMBANDA


MARIA NO ALTAR DE UMBANDA
Oxum representa o amor, a pureza, a beleza, inocência e concepção, enquanto Yemanjá representa a mãe universal, mãe dos orixás, aquela que mantém e gera a vida. Ambas se manifestam na água, Oxum nas cachoeiras e Yemanjá no mar.
O sincretismo de Maria com os Orixás se faz notar principalmente no altar de Umbanda, que é um altar composto por imagens católicas. Encontraremos a imagem de Nossa Senhora da Conceição ou de Nossa Senhora Aparecida, fazendo sincretismo com Oxum. Yemanjá é o único orixá que tem uma imagem própria, umbandista, assim mesmo encontramos sincretismo com Nossa Senhora dos Navegantes ou Nossa Senhora das Graças.
QUATRO OLHARES PARA O SINCRETISMO AFRO-CATÓLICO NA UMBANDA
O olhar para o sincretismo assume diferentes aspectos dentro da Umbanda, devido à liberdade de interpretações que existe dentro dela mesma. O umbandista tem diferentes formas de se relacionar com Maria, que resultam em olhares diferentes para o sincretismo. Coloco aqui quatro olhares distintos:
O primeiro olhar é um “olhar católico”, de desinformação sobre a cultura afro. O recém convertido ou o adepto ao ser questionado por exemplo, de quem é o Orixá Oxum ou Yemanjá responde simplesmente que é Maria Mãe de Jesus. Não há um interesse pela cultura e a presença da divindade africana.
O segundo olhar é um “olhar afro” de desinteresse pelo Santo Católico, a presença do mesmo é apenas figurativa para representar o Orixá, divindade que não possui uma imagem feita de gesso para ir ao altar, com exceção de Yemanjá. Assim Nossa Senhora da Conceição ou Nossa Senhora das Graças está no altar apenas como uma referência simbólica para se alcançar e louvar, quem realmente está lá, Orixá Oxum.
O terceiro olhar é um “olhar de fusão” pelo qual Maria, Oxum e Yemanjá se fundem, não há mais uma e outra, Maria é Oxum e também Yemanjá. As lendas e os mitos se confundem e se apresentam nos cantos, neles vemos “Maria a mãe dos Orixás”, “Maria filha de Nanã Buroquê, a avó dos Orixás” ou “Yemanjá mãe de todos os santos”. Inclusive o conceito de santo e orixá se confundem. O adepto se expressa dizendo “meu santo de cabeça é Oxum”, para esclarecer que este Orixá é o “dono de sua cabeça”, seu regente ou padrinho.

O quarto olhar, é o “olhar de convivência”. É um olhar que reconhece a afinidade entre os Santos e Orixás, Nossa Senhora da Conceição tem sincretismo com Oxum porque ambas tem as mesmas qualidades. Santo e Orixá convivem juntos em harmonia, a qualidade e presença de um não diminui o outro. Existem clareza e esclarecimento sobre a origem e cultura que envolve santo e orixá. Oxum não é Maria, mas ambas têm as mesmas qualidades e convivem juntas e em harmonia. Sozinhas elas já ajudam, juntas ajudam muito mais.

Texto publicado no Jornal de Umbanda Sagrada Ed.108 – 05/2009OBS.: O texto acima é apenas uma parte do texto integral, original, que faz parte do livro "Umbanda e o sentido da vida", Alexandre Cumino, Ed Madras

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Que Caboclo é Esse?


Opinião: por Nilo Coelho

Observe a foto acima. Esse é um índio brasileiro!
Não é americano, nem boliviano e nem africano. É brasileiro.
Os antepassados deste índio habitavam nosso pais quando os europeus chegaram e começaram a dizima-los. É, porque já desembarcaram matando.
Em 1908, um jovem chamado Zélio de Morais, fundou a Umbanda. Na Umbanda trabalham Caboclos, Pretos Velhos e espíritos que desencarnaram neste nosso Brasil, afinal ela é brasileira.
Ai vem a pergunta: Se a Umbanda é brasileira e seus espíritos são brasileiros, porque os Caboclos usam Penachos de Índios Americanos? Você viu o Penacho do Índio Brasileiro? A vestimenta deles? A curimba dele? A Língua que eles falam? 
Americanizaram os Índios Brasileiros para que? Beleza nas sessões? Vaidade?
Não estou aqui querendo mudar nada nos rituais de Umbanda ou seja lá qual for o ritual. Como viram lá em cima na postagem, isso é minha opinião.
Porque tanta ostentação? 
Penachos quilométricos, Decorados com cores e enfeites chocantes (já vi penacho prateado e até metálico). Danças sincronizadas como fosse ensaiadas entre três ou quatro caboclos.
Vamos a definição de Caboclo, conforme o Dicionário Aurélio:
1 Nome que se dá no Brasil aos indígenas de pele acobreada, geralmente mestiço de branco e índia.
Esse é o verdadeiro Caboclo que fala Zélio, afinal em 1908 já existia a miscigenação dos povos no Brasil. Os Caboclos de Umbanda são estes filhos de brancos com índias que viveram em tempos passados e morreram em nossas terras. Falavam português, dançavam, comiam o que plantavam milho, pescavam e caçavam. Caboclos de Flecha, Escudo, Remadores, etc, brasileiros sem Penachos gigantes, com penachos feitos de aves de nossa flora, gente simples, sem ostentação, descalços.
Assista um vídeo de uma tribo em festa. Você vai ver a dança, a comida, a integração, a humildade destes povos. Povos que fizeram a passagem e voltam como espíritos de Umbanda com a mesma humildade.
Não quero dizer que todo mundo tem que jogar o penacho fora e trabalhar como os caboclos brasileiros. Esta tradição já se enraizou nos rituais brasileiros e ninguém vai mudar isso. Está postagem, além de ser minha opinião sobre o assunto, é uma resposta a uma pessoa que perguntou porque nosso Caboclos são tão americanizados.

Índio Cherokee

Um penacho simples, feito com penas de aves que o caboclo conseguiu na mata onde vive é coisa rara. Primeiro que nossos índios nem caçam mais direto e os fabricantes de penachos podem ter problemas com as autoridades se usarem penas naturais. mais a simplicidade está no coração dos Caboclos e tenho certeza que nossos caboclos usam o que lhes for oferecido.
Índio Guarani

Então você me diz: Nilo, se for assim os Pretos Velhos não deveriam tomar vinho, porque não existia vinho na senzala.
Concordo, não existia nada na senzala, só dor e sofrimento, no máximo uma marafinha escondida.
Mas como disse antes, tudo foi adaptado para ser como é hoje. No terreiro de Zélio nenhum Preto Velho bebia ou fumava, até hoje é assim (o terreiro ainda existe e funciona, veja artigo neste blog) caboclos lá não usam penachos e nem fumam charutos. 
Não quero resgatar a Umbanda do tempo do Zélio, somente estou aqui mostrando que algumas extravagancias não condizem com nossa religião. Nunca vi um índio Cherokee dando passe em inglês, mas a vestimenta dele é toda americana. Porque seu médium quer que seu Caboclo apareça mais, brilhe mais, seja o alvo das atenções, a pérola do terreiro. 
Fica a dica.


Nilo Coelho
Espero sua opinião sobre o assunto nos comentários.



domingo, 21 de fevereiro de 2016

Bruna Surfistinha diz que Umbanda a ajuda a compreender rejeição dos pais

Raquel Pacheco disse que antes tinha preconceito com a religião. E revelou que foi a um terreiro pela primeira vez após sonhar com a mãe.

Raquel Pacheco, a eterna Bruna Surfistinha, é umbandista praticante há cinco anos. Em uma entrevista para o programa de rádio "Pânico", ela explicou como tudo começou e disse que a Umbanda a ajudou a compreender rejeição dos pais.
A ex-garota de programa - que deixou a casa da família aos 17 anos - contou que tudo começou com um sonho. "Para mim sempre foi uma batalha reconquistar meus pais, me reencontrar com eles. Em 2011 tive um sonho com minha mãe e senti que ela queria me dizer algo e não conseguia, chorava, guardava coisas em caixas, e acordei angustiada", disse.
Um tempo depois, Raquel encontrou uma amiga que frequentava um terreiro e resolveu ir até lá tomar um passe. "E aí nunca mais saí! Quando entrei senti uma paz que nunca tinha sentido e senti que aquele era o meu lugar. Parecia que já fazia parte daquilo", contou.
Mas a tentativa de reaproximação com a família veio quando um exu mirim disse que Raquel tinha que procurar a mãe. "Ele afirmou que algo tinha acontecido com minha família e por isso tinha que procurá-la. Quando eu liguei para minha mãe, recebi a notícia de que meu pai tinha morrido um dia antes do meu sonho", lembrou.
Ainda assim, Raquel não conseguiu reconquistar a mãe, que disse que ia procurá-la mas não entrou mais em contato. "Respeito o tempo dela. Hoje sei que não é fácil ter uma filha Bruna Surfistinha e eu também rejeitei eles, né?", disse. Mas acrescentou que não acha que a sua separação dos pais foi por acaso: "Acredito que por algum motivo eu tive que sair da vida deles".
Ela revelou ainda também que antes tinha preconceito com a religião, mas afirma que no terreiro ninguém julga o seu passado. "Posso dizer que encontrei o amor, que é algo que a gente não consegue descrever, só sentir. Eu preenchi um vazio muito grande, eu sempre senti falta de uma fé. E a Umbanda me acolheu", afirmou.
Ana Carolina PortoDo EGO, no Rio

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Sacudimento na Umbanda


27 - Sacudimento

Existem várias interpretações para o Ritual do Sacudimento. Cada ritual ou linha tem seus fundamentos e maneiras de realizar. Aqui tratamos somente do Ritual Cabula. O Sacudimento é uma limpeza espiritual feitas em médiuns iniciantes ou em pessoas com necessidades especificas. Um médium iniciante faz este Sacudimento para limpeza antes de entrar para a corrente mediúnica, ficando assim limpo de corpo e alma para iniciar os trabalhos de desenvolvimento no terreiro. O público em geral também pode fazer o Sacudimento quando existe a necessidade de limpeza espiritual, doenças, obsessões, etc. Se for solicitado, é claro, pelo guia espiritual que lhe atende. O Sacudimento tem duração de 24 horas, da deitada a levantada na hora de início da sessão.
Prepara-se a pessoa 24 horas antes do Ritual com o preceito, onde não deve consumir bebidas alcoólicas, praticar sexo (mesmo individual) e alimentar-se com comidas leves. Na noite do Ritual usar branco (inclusive as roupas intimas). O Sacerdote deve deitar a pessoa em uma esteira de palha forrada com lençol branco e virgem, sem travesseiro, cobrir a pessoa com outro lençol branco virgem e a pessoa deve permanecer por sete horas deitada com as costas na esteira e o ori (cabeça) voltada para o altar. Uma vela de 7 dias e um copo de água deve ser mantido na cabeceira do deitado. É proibido dormir, levantar, conversar, incorporar, alimentar-se ou beber neste período. Nestas 7 horas a pessoa deve orar e pedir a Oxalá tudo que precisa nesta vida, pedir axé par si e aos seus. Após as 7 horas iniciais a pessoa pode se levantar, se alimentar levemente e fazer sua necessidades. Volta para a esteira em seguida e pode dormir sem deitar de bruços, somente de lado ou com a barriga pra cima até o amanhecer onde levanta somente para seu café da manhã e depois o almoço. No fim da tarde e feito a passagem das verduras dos Orixás e o banho que deve ser frio. Após o Sacudimento, os médiuns iniciantes vão para a corrente mediúnica e os  que fizeram por necessidade podem ir para casa ou ficar na assistência do terreiro. Lembrando que após o Sacudimento deve-se manter o preceito por mais 24 horas onde não se deve expor a cabeça ao tempo, usando uma cobertura de cabeça de cor branca.
Lembrando: Sacudimento deve ser feito na véspera de uma sessão de Oxossi ou Almas, nunca de Exu. Sacudimento pode ser feito todas as vezes que for necessário, inclusive pode uma pessoa fazer por outra em casos de doenças ou problemas graves. Obrigatoriamente deve estar dentro do terreiro pelo menos 2 coroados para acompanhar pelas 24 horas os deitados. A alimentação durante o ritual é controlada e leve. Usar sempre roupas brancas, inclusive as toalhas e roupas intimas. todos que participam do ritual devem estar de preceito. Visitas devem ser controladas e nunca devem adentrar o terreiro, somente na assistência e preferencialmente de branco...

Trecho do Livro "Cabula sem Mistério" de Nilo Coelho, sem previsão de lançamento... ainda.

sábado, 30 de janeiro de 2016

TRANSFERIDA A HOMENAGEM PARA 02/04 - HOMENAGEM A YEMANJÁ


TRANSFERIDA PARA 02 DE ABRIL
DIA 02/04/2016 faremos nossa homenagem a Yemanjá e Oxossi na Praia de Cacupé, em frente aos Sesc.
Sessão no Ritual Cabula.
Médiuns de qualquer ritual estão convidados e todos devem ir de branco.
Levar flores, velas e presentes (biodegradáveis).
Maiores informações: 9909-8243 (Whats)

domingo, 24 de janeiro de 2016

A MAGIA DO TEMPLO UMBANDISTA

 O Templo Umbandista é a casa santa dos umbandistas. Nele se concentram todas as energias dos Orixás e Guias. Suas firmezas, o Congá, o Santuário, a Casa dos Exus, o respeito dos frequentadores.

É o lugar onde cultuamos e desenvolvemos nossa espiritualidade através do emocionante encontro com o mundo dos espíritos, o outro lado da vida, a nossa Aruanda.

Magia da Disciplina e da Hierarquia

Uma pessoa muito culta me disse um dia: "gostei muito da Umbanda. Lá todos são deuses, ou seja, todos têm condição de fazer o milagre." A hierarquia na umbanda é respeitadíssima por todos os participantes. O Babalorixá dita as regras e a filosofia da casa, os pais e mães-pequenos são seus auxiliares diretos, os Oburis cuidam da gira e dos médiuns e os ogans cuidam da disciplina e do conjunto de instrumentos usados no terreiro. Sobre a obediência à hierarquia o Caboclo das Sete Encruzilhadas disse: quem não sabe obedecer, jamais poderá mandar. Este conjunto de respeito forma a união e a integridade mágica da casa espiritualista de Umbanda. Sem disciplina rígida e séria uma Casa de Umbanda não prossegue seu trabalho sob os auspícios da Espiritualidade Superior. O que parece, às vezes, exagero do Pai ou Pais e Mães pequenos no sentido da manutenção da disciplina, do respeito ao terreiro e aos Guias, do respeito à hierarquia constituída, da não permissão de fofocas ou conversas fúteis, constitui-se, na verdade, no grande para-raio ou entrave à entrada de espíritos obsessores, zombeteiros, mistificadores que, em nome de uma suposta caridade sentimentalóide e adocicada, atuam criando confusões, brigas, desentendimentos, desânimos e queda da Casa Umbandista. Todo cuidado é pouco. Não importa que agrade ou desagrade. Quem tem o espírito de amor e busca um Templo sério e a verdadeira espiritualidade, que conduz à evolução, compreende, adere. Caso contrário, é melhor que fique de fora da corrente, pois o orgulho, a vaidade e a ignorância são instrumentos nas mãos dos inimigos invisíveis para a produção de parada ou desmoralização de um Grupo Espiritualista.

Diz André Luiz, pelo médium Chico Xavier que : "Caridade sem disciplina é perda de tempo".

A corrente é a grande força do Templo Umbandista. Na verdade, a corrente merece mais cuidados que as paredes e toda a estrutura física do Templo. Tudo gira em torno dela. Se um elo dessa corrente estiver fraco, pode desestruturar todo o trabalho e dar acesso às energias negativas que, muitas vezes, conseguem prejudicar a vida de muitas pessoas ligadas a essa casa espiritual. Devemos sempre lembrar: "Ninguém é tão forte como todos nós juntos".

Para manter a Corrente sempre iluminada a disciplina tem que ser rigorosa, e o seu princípio está no respeito à hierarquia. O membro da Corrente que não se sinta inserido nesse campo de atividade de acordo com as normas da Casa deve se afastar, pois será melhor para ele, e evitar-se-ão problemas futuros, bem como a possibilidade de entrada de quiumbas por tele-mentalização nesses médiuns desavisados.

Magia do Congá

O Congá é um núcleo de força, em atividade constante, agindo como centro atrator, condensador, escoador, expansor, transformador e alimentador dos mais diferentes tipos e níveis de energia e magnetismo.

É Atrator porque atrai para si todas as variedades de pensamentos que pairam sobre o terreiro, numa contínua atividade magneto-atratora de recepção de ondas ou feixes mentais, quer positivos ou negativos.

É Condensador, na medida em que tais ondas ou feixes mentais vão se aglutinando ao seu redor, num complexo influxo de cargas positivas e negativas, produto da psicosfera dos presentes.

É Escoador, na proporção em que, funcionando como verdadeiro fio-terra (pára-raio), comprime miasmas e cargas magneto-negativas e as descarrega para a Mãe-Terra, num potente efluxo eletromagnético.

É Expansor pois que, condensando as ondas ou feixes de pensamentos positivos emanados pelo corpo mediúnico e assistência, os potencializa e devolve para os presentes, num complexo e eficaz fluxo e refluxo de eletromagnetismo positivo.

É Transformador no sentido de que, em alguns casos e sob determinados limites, funciona como um reciclador de lixo astral, condensando-os, depurando-os e os vertendo, já reciclados, ao ambiente de caridade.

É Alimentador, pelo fato de ser um dos pontos do templo a receberem continuamente uma variedade de fluidos astrais, que além de auxiliarem na sustentação da egrégora da Casa, serão o combustível principal para as atividades do Congá (Núcleo de Força).

O Congá não é mero enfeite; tão pouco se constitui num aglomerado de símbolos afixados de forma aleatória, atendendo a vaidade de uns e o devaneio de outros. Congá dentro dos Templos Umbandistas sérios tem fundamento, tem sua razão de ser, pois é pautado em bases e diretrizes sólidas, lógicas, racionais, magísticas, sob a supervisão da espiritualidade.