segunda-feira, 9 de setembro de 2019

A Menstruação durante os Ritos de Umbanda

Nossa religião possui um contingente feminino bem numeroso, sendo assim o assunto menstruação é ainda bem problemático, por ser tabu para muitas pessoas ainda e que por isso mesmo gera diversas “interpretações” religiosas ou pseudo religiosas para esta situação.
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Antes de tudo vamos recorramos a biologia para entender o que é a menstruação:
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Uma vez ao mês a fêmea humana entra em ovulação. É o período em que está fértil, dependendo apenas de ser fertilizada por um macho apto. Caso não ocorra a fertilização, o material biológico que seria utilizado para esta gestação é descartado pelo organismo no final do ciclo.
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Portanto o estado menstrual é um período biologicamente normal para as mulheres saudáveis, o que não impede, no entanto de gerar uma série de modificações psicológicas e físicas em muitas mulheres. Dores de cabeça, cansaço, alterações na libido, e vários outros sintomas. Mas há também mulheres que nada sentem. Na realidade todos esses sintomas estão relacionados basicamente a uma variação considerável nos fluxos hormonais durante o processo completo desde a pré ovulação, até o final a menstruação.
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E no âmbito energético/místico?
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Realmente neste aspecto fica bem interessante diríamos... Desde a antiguidade os humanos viam com desconfiança e curiosidade o fato de alguém sangrar sem estar ferido e não morrer por isso.
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Se você pesquisar em diversas vertentes encontrará as mais variadas explicações para o “não pode”. E pode ter certeza que a maioria é infundada. Vejam alguns exemplos de respostas que certamente você já ouviu de muitos sacerdotes renomados:
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- Por que a mulher menstruada não pode?
- Porque a mulher menstruada “está suja”
Suja? Suja porque é sangue? Suja porque está com seu metabolismo funcionando naturalmente? Como assim? Não me convenceu
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- Por que a mulher menstruada não pode?
- Porque a mulher menstruada está no ciclo do início da produção de uma vida e a energia do terreiro pode fazer mal pra ela.
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Ops! E o ciclo de produção de vida do homem (do espermatozóide) que é permanente? Se for assim ninguém entra no terreiro rrsrs. Então a energia do terreiro é algo prejudicial para as pessoas? E mais: ela não está no início do ciclo de produção de uma vida, pois isso acontece após a ovulação. Não me convenceu.
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- Por que a mulher menstruada não pode?
- Porque a mulher menstruada está sangrando e o sangue atrai espíritos ruins.
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Ué... e a mulher com machucado na pele? E o homem com alguma ferida aberta? Não é a mesma coisa? Sangue a gente tem o tempo todo. Se for assim a teoria também vale para os animais de sacrifício que supostamente também atrairiam espíritos ruins. Não me convenceu.
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- Por que a mulher menstruada não pode?
- Porque a mulher menstruada está ligada diretamente a sua face feiticeira que tem ligação direta com o poder de criação e com a morte.
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Ok, mas esse empoderamento feminino não a torna menos capaz de trabalhar mediunicamente principalmente porque nesse período ela está “descartando” de seu corpo material não utilizado para gerar vidas. O sangue menstrual é biologicamente diferente do sangue normal. (descarte). Tal “empoderamento” poderia até ser considerado válido, na ovulação, quando ela está pronta para gerar um novo ser, ou quando já grávida. Mas mesmo assim esse tipo de manipulação mágica não é nem de longe uma prática utilizada em ritos de umbanda. E dessa forma, também não me convenceu.
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- Por que a mulher menstruada não pode?
- Porque a mulher menstruada fica muito instável, muito sensível.
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Tá, quase me convenceu, mas nem todas ficam assim. E mesmo que ela esteja instável emocionalmente ou fisicamente isso não impediria sua permanência num terreiro ou até mesmo para tomar um passe ou bênção ou consulta num terreiro. Pessoas com depressão também estão desequilibradas e podem participar. O que acontece é que durante este período o Chakra Basal realmente fica mais ativo e pulsante acompanhando o fluxo de energia celular no local. Porém esse fluxo não cria impedimento físico à mulher de, por exemplo, “incorporar” o que não se trata de especulação, e sim de constatação.
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O corpo da mulher está nesse período trabalhando com outro equilíbrio energético e embora normal, o chakra basal nesta fase está maior e mais sensível do que em outros momentos do mês. Tal fato recomenda alguns cuidados com relação a certos trabalhos que devem ser evitados por conta desta sensibilidade maior para maior segurança da própria mulher.
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Além disso, o óbvio deve ser observado: há Orixás avessos a sangue, portanto nos parece óbvio que esse contato deva ser minimizado ao máximo. Fora isso, além do bom senso e do cuidado com dores e cólicas nada mais é impeditivo durante ritos de umbanda. Devo ressaltar porém, que a análise acima não refere-se a ritos e práticas de ocultismo, teurgia, goecia ou magick.
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Há enormes variações de uma Casa de Umbanda para outra, pois o tipo de abordagem dependerá diretamente da influência cristã nos processos ritualísticos de cada Casa. Quanto ao resto um breve conhecimento do sistema associado ao bom senso, já dirime boa parte das dúvidas que possam surgir. E qualquer rito de recebimento de axé mais aprofundado, logicamente deverá ser feito quando o corpo estiver em um estado mais equilibrado e receptivo, onde o fluxo energético dos Chackras estiver em equilíbrio e não em momento em que o corpo está “se livrando” de materiais.

segunda-feira, 12 de agosto de 2019

O CONCEITO DA UMBANDA

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A Umbanda é uma religião natural que segue minuciosos ensinamentos de várias vertentes da humanidade. Ela traz lições de amor e fraternidade sendo cósmica em seus conceitos e transcendental em seus fundamentos.

A essência, os conceitos básicos da Lei de Umbanda fundamentam-se no seguinte: 

Existência de um Deus único.
Crença de entidades espirituais em evolução.
Crença em orixás e santos chefiando falanges que formam a hierarquia espiritual.
Crença em guias mensageiros.
Na existência da alma.
Na prática da mediunidade sob forma de desenvolvimento espiritual do médium.

Essas são as principais características fundamentais das Leis de Umbanda, uma religião que prega a Paz, a União e a Caridade.

A origem da palavra Umbanda perde-se no tempo. São várias as definições que já foram apresentadas a respeito deste nome tão sagrado. 

Na verdade, quando o vocábulo Umbanda começou a ser introduzido pelos praticantes daquela nova religião, todos, de um modo geral, humildes o bastante para permitirem serem instrumentos daqueles que iriam fazer grandes revelações, não tiveram a preocupação de captar a verdadeira palavra mântrica que lhes estava sendo passada. 

A origem do vocábulo está na raiz sânscrita AUM que, na definição de Helena Petrovna Blavatsky, em seu Glossário Teosófico, significa a sílaba sagrada; a unidade de três letras; daí a trindade em um. É uma sílaba composta pelas letras A, U e M (das quais as duas primeiras combinam-se para formar a vogal composta O).

É a sílaba mística, emblema da divindade, ou seja, a Trindade na Unidade (sendo que o A representa o nome de Vishnu; U, o nome de Shiva, e M, o de Brahmâ); é o mistério dos mistérios; o nome místico da divindade, a palavra mais sagrada de todas na Índia, a expressão laudatória ou glorificadora com que começam os Vedas e todos os livros sagrados ou místicos. Já a palavra Bandha, também de origem sânscrita, no mesmo glossário significa laço, ligadura, sujeição, escravidão. A vida nesta terra.

Assim, analisando as duas palavras, podemos definir a Umbanda como sendo o elo de ligação entre os planos divino e terreno. Infelizmente, na época da revelação da Umbanda em terras brasileiras, não houve a preocupação em se manter a integridade do vocábulo. A palavra mântrica Aumbandha foi sendo passada de boca a ouvido e chega até nós como Umbanda. 

Pelo seu uso, o termo Umbanda, hoje já consagrado, ganhou força mântrica. Mas não devemos nos esquecer desta origem tão sagrada. A Umbanda, em síntese, é o elo de ligação entre a divindade e os seres humanos! É a manifestação do plano divino no plano físico. É o despertar de Deus no coração dos homens. 

As entidades cultuadas pela Umbanda, denominadas de Caboclos, Crianças, Pretos-Velhos, Exus e Pomba-Giras, citando somente os mais cultuados, não são espíritos tutelares de forças naturais. São seres como nós, que já viveram e estiveram encarnados, exatamente como nós, diferenciando-se pelo seu elevado grau de espiritualização.

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sábado, 3 de agosto de 2019

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