segunda-feira, 18 de junho de 2012

Pergunta ao Pai Benedito do Cruzeiro

 PERGUNTA: O Pai poderia nos explicar a respeito da homossexualidade na Umbanda e em outras religiões? Isso é uma doença, uma praga, um castigo divino ou envolvimento obsessivo?

PAI BENEDITO: Meu filho, antes de abordarmos este tema tão delicado devemos observar que DEUS não pune seus filhos os ama integralmente e associarmos isso a homesexualidade como um castigo seria colocarmos falhas na criação divina o que é inaceitável. O ser vivente é o próprio causador de suas provas e tristezas relacionadas a lei de evolução do mundo que nos encontramos e isso é inerente a esta ou aquela opção sexual, nunca confundindo antes de mais nada que opção é diferente de prática sexual.

Nos cultos afros encontramos associações com a ligação do médium de “coroa” como é denominado em algumas casas filho do Orixá* Oxumaré* com a homossexualidade o que é totalmente inaceitável, pois Orixá não rege este “poder” sobre seus “filhos” por nada mais ser do que uma qualidade de Deus e ao falarmos de Oxumaré, falamos da renovação divina em nossas vidas, daquele que é o estimulador do ser procurar se renovar, em sua fé, em seu dia-a-dia com atitudes saudáveis nada tendo a ver com nossos irmãos e irmãs homossexuais ou lésbicas.

Ainda na terra falta muito para todos compreenderem o sentido e a função dos Orixás na criação, pois os mesmos ainda estão muito “humanizados” dificultando um olhar mais espiritual do que mundano sobre os mesmos.

A Umbanda como qualquer outra religião tem a tarefa do RELIGARE ou de RELIGAR o homem a DEUS e quando ocupamos este papel na criação não podemos fazer diferenças entre este ou aquele grupo de pessoas.

Se uma religião que prega a caridade, o amor e visa ligar o homem a Deus, faz diferenças filho, esta religião precisa de “reforma moral” e também de rever os seus conceitos espirituais!

Lembramos aqui da passagem em que JESUS mestre soberano e administrador de nosso amado planeta azul quando presente entre os terrícolas, teve seu encontro com a mulher adultera. A história nos foi “pixada” de uma forma onde a culpa cabia somente a mulher, mas sempre precisamos de observar as “entrelinhas” na vida, ou seja, o que a levou a chegar ali? Temos no arquivo histórico e espiritual desta passagem a participação fria do marido da mesma que a levou a cometer contra a sua vontade o contato físico com outros homens que o mesmo tinha dividas monetárias e não as tinha como pagar, como as leis da época eram rígidas encontramos uma única saída para ele se livrar da culpa de consciência levando a mesma ao apedrejamento em praça pública.
JESUS, aproximando-se de tal evento ajoelha-se próximo a mulher e escreve no chão os pecados daqueles que ali estavam presentes e diz a palavra profética: “AQUELE QUE NÃO TIVER ERRO QUE ATIRE A PRIMEIRA PEDRA” o que de pronto esvaziou o local.

JESUS olhou para a mulher e não ressaltou seus defeitos, olhou suas qualidades e lhe disse “VÁ E NÃO PEQUES MAIS”.

Colocar a homossexualidade a ponto de castigo, praga, maldição ou ainda como uma doença é fugir do exemplo do Cristo que não julgou, mas ressaltou as qualidades sublimes de cada ser.

Devemos ter respeito com todos a nossa volta sabendo que cada um caminha no seu tempo, de acordo com sua prova evolutiva! Negros, Índios, Brancos, heterossexuais, homossexuais, ou seja, todos que compõem a população terrícola são nossos irmãos e somente poderão mudar e evoluir praticando a lei de respeito e acima de tudo colocando o que tem de bom interiormente em prol de seu semelhante e isso começa a partir da forma com nos tratamos em sociedade ou irmandade espiritual.

Somente assim contribuiremos para o amadurecimento moral de nosso planeta!
Com votos de amor e luz!

Pai Benedito do Cruzeiro, Canalizado por Géro Maita

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