domingo, 21 de fevereiro de 2016

Bruna Surfistinha diz que Umbanda a ajuda a compreender rejeição dos pais

Raquel Pacheco disse que antes tinha preconceito com a religião. E revelou que foi a um terreiro pela primeira vez após sonhar com a mãe.

Raquel Pacheco, a eterna Bruna Surfistinha, é umbandista praticante há cinco anos. Em uma entrevista para o programa de rádio "Pânico", ela explicou como tudo começou e disse que a Umbanda a ajudou a compreender rejeição dos pais.
A ex-garota de programa - que deixou a casa da família aos 17 anos - contou que tudo começou com um sonho. "Para mim sempre foi uma batalha reconquistar meus pais, me reencontrar com eles. Em 2011 tive um sonho com minha mãe e senti que ela queria me dizer algo e não conseguia, chorava, guardava coisas em caixas, e acordei angustiada", disse.
Um tempo depois, Raquel encontrou uma amiga que frequentava um terreiro e resolveu ir até lá tomar um passe. "E aí nunca mais saí! Quando entrei senti uma paz que nunca tinha sentido e senti que aquele era o meu lugar. Parecia que já fazia parte daquilo", contou.
Mas a tentativa de reaproximação com a família veio quando um exu mirim disse que Raquel tinha que procurar a mãe. "Ele afirmou que algo tinha acontecido com minha família e por isso tinha que procurá-la. Quando eu liguei para minha mãe, recebi a notícia de que meu pai tinha morrido um dia antes do meu sonho", lembrou.
Ainda assim, Raquel não conseguiu reconquistar a mãe, que disse que ia procurá-la mas não entrou mais em contato. "Respeito o tempo dela. Hoje sei que não é fácil ter uma filha Bruna Surfistinha e eu também rejeitei eles, né?", disse. Mas acrescentou que não acha que a sua separação dos pais foi por acaso: "Acredito que por algum motivo eu tive que sair da vida deles".
Ela revelou ainda também que antes tinha preconceito com a religião, mas afirma que no terreiro ninguém julga o seu passado. "Posso dizer que encontrei o amor, que é algo que a gente não consegue descrever, só sentir. Eu preenchi um vazio muito grande, eu sempre senti falta de uma fé. E a Umbanda me acolheu", afirmou.
Ana Carolina PortoDo EGO, no Rio

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