quarta-feira, 31 de outubro de 2012

COMUNICADO

ATENÇÃO:

POR MOTIVOS DE SEGURANÇA O SITE www.tendaluaze.blogspot.com 

ESTARÁ FORA DO AR POR TEMPO INDETERMINADO.

TODAS AS POSTAGENS, NOVAS E 

ANTIGAS, ESTARÃO DISPONÍVEIS NO 

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Nilo Coelho
Administrador.

sábado, 20 de outubro de 2012

AJUDAR O PRÓXIMO

BOM DIA.
A SOCIEDADE ESPÍRITA SÃO LÁZARO ESTÁ ARRECADANDO 
DOAÇÕES PARA O
INSTITUTO PHOENIX DE SANTO AMARO DA IMPERATRIZ
(TRATAMENTO E RECUPERAÇÃO DE DEPENDENTES QUÍMICOS)

PASTA DE DENTES,
SABONETE,
APARELHO DE BARBEAR DESCARTÁVEL,
SHAMPOO,
PAPEL HIGIÊNICO,
ALIMENTOS NÃO PERECIVEIS,
ROUPAS, ETC.

AS DOAÇÕES PODEM SER ENTREGUES EM NOSSA SEDE OU RECOLHIDAS A DOMICÍLIO - 
TELS. 9958-8952 - 8405-6395.


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

OXUM - NOSSA SENHORA DE APARECIDA


Sincretizada a Nossa Senhora Aparecida (para uns e Nossa Senhora da Glória para outros). A pequena imagem da santa foi retirada do rio Paraíba por pescadores da região em 1717.  No início, a imagem de Nossa Senhora foi levada para casa de um dos pescadores conhecido por Filipe Cardoso. Em 1737 foi construída uma pequena capela nas margens do rio e cultuada por moradores da região. Em 1745 foi construída uma pequena igreja e em 1888, construíram uma nova igreja, que ficou conhecida como basílica velha e em 1980, foi inaugurada a atual basílica.
N. S. AparecidaOxum é Orixá que domina as mulheres de modo geral. É conhecida como Orixá da fertilidade, do amor e também a protetora das gestantes como Iemanjá.
Oxum tem grande atuação sobre as mulheres solteiras. Embora isso não seja uma regra, é ela quem protege a juventude. Oxum domina as cachoeiras e chefia uma das falanges da linha de Iemanjá, conhecida como a falange das sereias. Oxum consolida nos filhos da Umbanda a força da mediunidade, fortificando-a nos banhos de cachoeira.
Oxum representa a beleza e a pureza. Ela é evocada nos templos de Umbanda para limpeza fluídica das pessoas e do ambiente dos nossos templos. Por representar a moral e o modelo de mãe, ela é respeitadíssima nos templos de Umbanda.
Oxum representa a fertilidade, é a ela quem recorrem as mulheres que desejam engravidar, sendo também como Iemanjá responsável pela gestação e pelos recém nascidos. A Oxum recorrem todos que se sentem angustiados, desprezados e estéreis.
A atuação de Oxum nos trabalhos de Umbanda indica alguém extremamente caridoso, capaz de sacrifícios no lugar do próximo. Nos processos de descarga das pessoas que procuram os terreiros em busca de ajuda, é Oxum quem normalmente é evocada para efetuar inicialmente a limpeza fluídica. Oxum ajudará qualquer pessoa, independente dos sentimentos que alimenta, ela descarregará as pessoas através das sereias, seres elementais das águas manipulados pelo plano espiritual enviadas ao nosso plano físico.
Orixá OxumNas obrigações a Oxum são usadas flores brancas sem, velas de cor azul escuro e água pura. Deturpadores e chefes de terreiro mal preparados costumam levar suas correntes até as cachoeiras e lá depositam enorme quantidade de lixo e matanças, que em nada ajudarão essas pessoas que estão maculando um santuário consagrado a Oxum e a Xangô. Alguns levam bebidas como o champanhe, licor de cereja e outras bebidas, deixando lá as garrafas e as velas derretendo nas pedras, deixando imundo o local.
Oxum é o exemplo de mãe que nunca desampara seus filhos. Tenha fé em Oxum, aumente sua devoção por ela, faça como os caboclos, os pretos velhos, crianças e protetores da Umbanda: respeite-a sempre.
Devido a sua característica de aliviar o sofrimento das pessoas que comparecem aos terreiros, conquistou o respeito e a confiança de todos os seguidores da Umbanda, sendo conhecida como uma das rainhas da Umbanda Sagrada.
Oxum é respeitadíssima nos templos de Umbanda.
  • Cor ..................... Azul escuro
  • Domínios .............. As cachoeiras
  • Atuação ............... Fertilidade e maternidade
  • Saudação ............. Ai, iê, iê, Mamãe Oxum
  • Elemento ............. Água
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Desde os primeiros cultos nas margens do rio até os dias atuais, os peregrinos e romeiros jamais deixaram de depositar aos pés da imagem suas súplicas, dores e sofrimentos. Sendo creditadas à santa diversos milagres.
Dessas manifestações que a ciência não explica, ouvi falar de uma. Após a inauguração da basílica velha em 1888, um romeiro tentou entrar na igreja montado em seu cavalo. Os degraus da escada que dão acesso à igreja, confeccionados em granito, fundiu-se gravando em baixo relevo as ferraduras das patas dianteiras do cavalo. O degrau foi retirado e enviado ao Vaticano.
Em 1929, Nossa Senhora Aparecida foi proclamada a Padroeira do Brasil.
Uma das coisas que sempre me irritam quando vou às cachoeiras é o lixo que por lá encontro. Todas as vezes que vamos na cachoeira, sempre vou na frente  para limpar a cachoeira. Em geral, os ignorantes levam para as cachoeiras um amontoado de objetos como espelhos, pentes, perfumes, cestas com ovos cozidos, alguidares com frutas, garrafas, etc., e os abandonam por lá.
A cachoeira é um local sagrado. Alguns deturpadores fazem matanças nas cachoeiras ou então deixam próximo à cachoeira animais com os pés amarrados para que morram a míngua. Todas às vezes que constatei essa brutalidade, imediatamente libertava os animais. Muitos ignorantes que eu encontrava no local, às vezes avisavam para não tocar nos animais e eu, irado, os desafiava, respondendo quem pode mais é Deus e desta forma, eu não tinha medo de nada e muito menos de ninguém.
Sempre que vamos às cachoeiras, levamos apenas as roupas do corpo e algumas vezes levamos flores e as jogamos na água no final dos trabalhos. As velas são desnecessárias nesse local, já que a maioria dos ignorantes não sabe afirmá-las e as acendem a esmo. Esses ignorantes deveriam compreender que mais vale a sua fé quando comparecem ao local, do que o lixo que lá depositam.
Quanto às frutas que deixam por lá, pelo menos servem para alguma coisa, diversas vezes vi macacos, pássaros ou esquilos comendo a oferenda que faziam a Oxum ou a Xangô, ao menos ajudaram a alimentar os animais.
Esses ignorantes deveriam compreender que o lixo atrai o rato, o rato atrai a cobra e a cobra pode nos trazer a morte.

Reflitam!

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Diálogo entre um sábio e um preto-velho

Certo dia, um filósofo adentra a uma tenda de umbanda e senta-se no banquinho de um preto velho. Sua intenção era questionar, investigar; enfim, experimentar. Ao se sentar, o preto velho já sabia o que ele queria, mas mesmo assim saudou-o gentilmente e perguntou em que poderia ajudar.

O filósofo respondeu:
Meu preto velho, na era da biotecnologia vemos os cientistas avançarem cada vez mais nas
pesquisas referentes à manipulação do material genético humano. Além disso, estamos na era do multiculturalismo, de forma tal que a diversidade, inclusive no sentido intelectual, se faz cada vez mais presente.

Pergunto eu: _ o que pode um preto velho dizer sobre assuntos de tamanha complexidade?

Preto Velho, com toda sua calma, respondeu gentilmente ao filósofo:

Misin fio, vós suncê (Sic) tem palavra bonita na boca, por causa de que tu és homem letrado (Sic). Nego véio cá, num estudou nem escrevinhou essas coisa. Mas daqui do meu cantinho, aonde os ventos de Aruanda tocam em meus ouvidos, recebo as notícias que vem da Terra. Vejo também com meus próprios olhos e presencio as lágrimas e sorrisos que brotam como flores e espinhos no âmago de meus filhos.
Vou dizer a vós suncê uma coisa. Esse bicho chamado “biotecnologia”, eu sei muito bem como funciona. Misin fio, [bio] vem do grego “bios” = vida. ”Téchne” e “Logos” também vem do grego, fio. Logo, biotecnologia é o conhecimento sobre as práticas (manipulação) referentes à vida. Assim sendo, nego véio é a favor de tudo que respeita a vida e que é usado para o bem. O bem, não só de si mesmo, mas da humanidade. Uma faca pode ser uma ferramenta de cozinha e ajudar a preparar um alimento. No entanto, a mesma faca pode ser uma arma a machucar alguém. Não é a ferramenta, mas sim o que se faz com ela que torna perigosa a humanidade.

Pasmo, o intelectual não sabia o que dizer, tamanha sua surpresa sobre tão sábias palavras. E não só isto, o conhecimento até sobre a origem das expressões que vem do grego, aquela humilde entidade possuía. Por alguns segundos sentiu um misto de inveja e indignação, uma vez que pensou ser mais conhecedor sobre as coisas da vida que o Preto Velho. Daí então indagou:

Você acha que suas opiniões podem superar a luz da ciência?

Este, respondeu:

Fio, o que nego véio fala, nego véio comprova, pois este nego vivenciou. Caminhou na terra que vós suncê pisa hoje. Sorriu, chorou, se emocionou, amou. Conviveu com homens de bem e também com homens do mal. Fez suas escolhas e por isso é hoje um espírito guia. E só pude aqui chegar porque acertei na maioria das escolhas que fiz. Naquelas em que não acertei, tive que vivenciar novamente, até aprender. Ass im como vós, na Terra. Quanto aos estudos (risos), esse nego véio aqui não frequentou escola na última encarnação. Mas, das muitas encarnações que tive, eu estudei, me formei e, em algumas delas me doutorei. A medicina chinesa, a filosofia grega, a sabedoria hindu; tudo isso fez parte da minha evolução. Da matemática egípcia até os estudos astronômicos de Galileu pude aprender.

E depois de aprender tudo isso, sabe qual o maior ensinamento que obtive misin fio?!

A ter h –u- m- i- l- d- a- d- e.

Por isto, doutor, vós me vês na aparência de um velho escravo brasileiro,
semeador das raízes deste lindo país chamado Brasil, terra da diversidade, da multi culturalidade.
Que cada um formule a sua moral da história.
Porém, questione seus conhecimentos e veja se estão alinhados com os propósitos de simplicidade.
Pois sem ela, não se faz jus a benção do saber.



Ronaldo Figueira

A cachorrinha de Chico Xavier (Boneca)

 

Chico Xavier tinha uma cachorra de nome Boneca, que sempre esperava por ele, fazendo grande festa ao avistá-lo.
Pulava em seu colo, lambia-lhe o rosto como se o beijasse.
O Chico então dizia: - Ah, Boneca, estou com muitas pulgas!

Imediatamente ela começava a coçar o peito dele com o focinho.

Boneca morreu velha e doente. Chico sentiu muito a sua partida. Envolveu-a no mais belo xale que ganhara e enterrou-a no fundo do quintal, não sem antes derramar muitas lágrimas.

Um casal de amigos, que a tudo assistiu, na primeira visita de Chico a São Paulo, ofertou-lhe uma cachorrinha idêntica à sua saudosa Boneca.

A filhotinha, muito nova ainda, estava envolta num cobertor e os presentes a pegavam no colo, sem contudo desalinhá-la de sua manta.

A cachorrinha recebia afagos de cada um. A conversa corria quando Chico entrou na sala e alguém colocou em seus braços a pequena cachorra.

Ela, sentindo-se no colo de Chico, começou a se agitar e a lambê-lo.
- Ah Boneca, estou cheio de pulgas! disse Chico.

A filhotinha começou então a caçar-lhe as pulgas e parte dos presentes, que conheceram a Boneca, exclamaram: "Chico, a Boneca está aqui, é a Boneca, Chico!"

Emocionados perguntamos como isso poderia acontecer. O Chico respondeu:
- Quando nós amamos o nosso animal e dedicamos a ele sentimentos sinceros, ao partir, os espíritos amigos o trazem de volta para que não sintamos sua falta.

É, Boneca está aqui, sim e ela está ensinando a esta filhota os hábitos que me eram agradáveis.

Nós seres humanos, estamos na natureza para auxiliar o progresso dos animais, na mesma proporção que os anjos estão para nos auxiliar.


Por isso, quem maltrata um animal é alguém que ainda não aprendeu a amar.

Baralho Cigano

amais conseguimos ver além das escolhas que não entendemos.
O tarô é um instrumento de orientação e previsão e nos auxilia a tomar decisões importantes na vida. Através dele é possível entender o presente e planejar o futuro. Nascemos para sermos felizes e nem sempre as nossas escolhas nos conduzem aquilo que é melhor para nós. O tarô nos ajuda a encontrar o melhor caminho.
Como alguém se torna tarólogo? Começa pelo interesse despertado pelo ocultismo; então se escolhe um professor e, partindo de informações básicas, amplia-se e se aprofunda a pesquisa, sempre seguida pela prática. A manipulação das cartas e a compreensão tanto dos significados quanto das relações acompanha a teoria.
Uma consulta de Tarô deve ser fiel à mensagem das cartas, mesmo que desagrade o consulente, que pode procurar o oráculo levado pela falsa idéia de que vai receber respostas prontas e milagrosas de acontecimentos futuros que solucionarão seus problemas sem necessidade de reflexão ou esforço. A mágica acontece quando o consulente abre alma e mente para o que se revela a ele, mensagem única e especial que pode levá-lo a uma mudança interna que lhe proporcionará tanto uma nova percepção de vida quanto um ânimo diferente para fazer as transformações necessárias para uma existência mais plena.
Um dos desafios do tarólogo é evitar conselhos, porque isto é competência de padres e pastores, ou resolver o problema do cliente, tendo claro os limites éticos e resistir ao poder que lhe é dado pelo próprio consulente. A visão do oráculo como algo mágico, privilégio de poucos, pode diminuí-lo. Limitar-se à previsão, jogando cartas com o cósmico, empobrece a leitura, mas é demanda compreensível numa época em que tristeza é confundida com depressão, esculpe-se o corpo esquecendo-se do espírito, e ter é mais importante que ser. A era da informação rápida que atropela a reflexão, da imagem que sobressai a emoções e sentimentos, reflete-se e interfere na prática do Tarô.

Tarólogo: Profissão ou missão?

É muito comum que aqueles que se interessem por desenvolver o tarot acabem por ser solicitados ou mesmo que se auto-motivem a usar as cartas para outros. Basta alguém saber que você está lendo ou estudando o tarot experimentalmente que logo surgem os primeiros interessados em conhecer as suas habilidades. Isso é natural e muito útil, pois pode auxiliar o leitor a treinar a sua intuição, bem como os seus conhecimentos sobre tarologia. Com a prática, e alguma auto-observação, o estudante perceberá que as mensagens lidas para outros servem, e muito, para o seu próprio crescimento interior, além de que ele mesmo possui uma peculiaridade no modo de ler, que consegue obter uma informação com mais precisão do que as outras, ou ainda, que sua leitura possui um viés próprio, uma assinatura. A prática mostrará a ele se sua leitura é mais analítica (baseada totalmente no conteúdo teórico de tudo o que você leu ou estudou e na sua habilidade mental para reuni-las na leitura), intuitiva (quando a sua intuição der saltos inexplicáveis e precisos, muito além daquilo que foi lido ou estudado por você), psíquica (quando imagens mentais – vidência – afloram com o auxílio dos arcanos, apesar de haver pouca ou nenhuma formação teórica), ou mais sensitiva (quando a inspiração combina conhecimento do tarot com a capacidade de captar mensagens do inconsciente de quem se consulta). Com o tempo essa assinatura aliada a sua habilidade psíquica mais desenvolvida o caracterizará como tarólogo e o auxiliara a formar o seu público. Para algumas pessoas esse público crescerá de tal modo que viver desse trabalho, ou tê-lo como complemento de uma renda, será a conseqüência natural desse processo. O que vemos até aqui é o desabrochar de uma missão! Palavra que parece boba, fora de moda neste mundo obcecado por teorias, formatações e credenciais. A missão, contudo, não deveria ser encarada desse modo, ela é o encontro da consciência com o propósito intrínseco da alma.Cumprir uma missão independe de a relação com essa atividade ser profissional ou não! Alguém que vive uma missão cresce com o seu caminho, não o tem apenas como um meio de ganhar dinheiro, mas como uma forma de desenvolver sua espíritualidade, compreender a vida e dar a sua contribuição para ela. Viver ou não com exclusividade desse ofício não importa, o que importa é realizá-lo com a máxima dedicação, como um sacerdócio, o que podera ou não incluir pagamento em dinheiro. Para os que cobram o dinheiro é uma forma de estabelecer uma troca por um tempo que foi dedicado. Para os que se recusam a cobrar, o pagamento é a troca humana e o alargamento da percepção de mundo que o tarot nos proporciona. Não existe de fato um modo correto ou errado de estabelecer essa relação com o tempo e o dinheiro, depende de uma série de fatores pessoais e intransferíveis, e cada um deve refletir sobre o seu próprio caso.

O PERIGO

Para quem fez alguns cursos, com aqueles que lhe apontaram como os “melhores” professores, com certificado e tudo o mais, e leu os melhores livros e participou dos melhores seminários… Bem, para esses parece mais do que claro que estão prontos para se tornar profissionais, abrir suas tendinhas e colocar em prática tudo o que estudaram e que, inclusive, pagaram para isso, com a melhor das intenções, é claro!
O problema desse tipo de leitor é que ele se esqueceu de que um tarólogo não é apenas um interpretador de símbolos, mas que é, sobretudo, um espiritualista, que por definição é alguém que tenta fluir com a existência observando os sinais da vida, sacando o que lhe é requisitado para que ele cumpra o seu papel na grande dança cósmica ao invés de se impor, muitas vezes por puro capricho do ego, ou como uma válvula de escape dos próprios problemas. Como disse Santo Agostinho: Misticismo é o conhecimento de Deus pela própria experiência.
Esse é o tipo que se pergunta primeiro se o “mercado” é favorável, se dá para viver disso, e se não der, logo se perguntará como otimizar essa possibilidade. Alguns acabam virando mercadores que muito rapidamente passam a classificar e pasteurizar o seu produto para melhor comercializá-lo, que lutam por um curso credenciado de tarot, garantindo sempre que é para melhor servir os que se interessam em consultá-lo ou estudá-lo, ou que é uma forma de respeitar e proteger esse belo manancial do conhecimento humano… Isso lembrou alguém?… É, tá cheio disso não é mesmo? Não significa ser contra a profissionalização, mas a favor da liberdade de descoberta pessoal que a prática tarológica proporciona.

COMO TARÓLOGO….

Muitas pessoas acreditam que para se ler tarô, a pessoa tem de ter obrigatoriamente algum talento especial. Os mais formais se referem a este talento como intuição, ou, os mais esotéricos chamam de sexto sentido, ou mediunidade. Percebo que esta é uma dúvida das pessoas e constantemente perguntam.
De forma alguma descarto a possibilidade de que muitas pessoas trabalhem com base em sua intuição. Afinal, esta é, sem sombra de dúvidas, uma possibilidade, pois todo ser humano, em menor ou maior grau, conta com este recurso. Logo, este pode ser um “jeito”, justo e legítimo, de se ler o tarô.
Ainda assim não creio que seja a única forma. Acredito que haja muitos e muitos jeitos de se ler tarô. Por exemplo, uma pessoa que em seu dia-a-dia é mais racional pode ler as cartas de forma muito similar a sua postura cotidiana. Ou seja, sua leitura também pode ser mais racional, mais reflexiva, embasada naquilo que ela já leu e conhece sobre o assunto.
Um outro exemplo é o de uma pessoa mais sensível e que, ao ler as cartas, percebe algo em si própria ou naquele jogo. Pode ser frio, calor, algo bom, algo ruim, alguma parte de seu corpo, ou mesmo uma sensação ligada aos arcanos que aparecem num determinado jogo. Para alguns isso pode parecer com uma manifestação intuitiva, mas existe uma diferença, pois na intuição existe algo que se projeta para fora, algo que eu experimento, mas que não diz exclusivamente de mim, mas sim do meu externo. Neste caso que destaco a pessoa percebe, nela própria algo, ou seja sua experiência diz algo acerca dela mesma e de suas sensações. Isto, por vezes pode ter sentido em alguns atendimentos.
Esses são só alguns poucos exemplos de que existem muitas formas de se encarar o tarô e, além disso, de como encarar a si próprio diante do tarô. Afinal, existem muitos livros sobre a origem do tarô, sua história e trajetória e muitas e muitas visões sobre cada um de seus arcanos, mas ainda vivemos um grande vazio quando colocados a nos questionar sobre o nosso papel diante das cartas.
Neste caso, não existe uma cartilha, que trate como devemos nos orientar diante do tarô. Logo o caminho de cada um deve ser construído passo a passo e em sintonia com o seu desenvolvimento interno. Ou seja, o tarólogo se faz ao unir as suas experiências, com aquilo que existe de seu. E, sendo assim devemos perceber que somos dotados de múltiplo recursos pessoais, inerentes a nós seres humanos. A conhecida frase de Terêncio nos lembra disso: “Eu sou homem e nada que é do humano me é estranho”. Ou seja, podemos contar com nossa intuição, assim como podemos contar com nossa razão, nossos sentimentos, nossas sensações, ou qualquer outro recurso que se manifeste durante uma leitura de tarô.
Não devemos ficar apegados a um único caminho, ou a uma fórmula mágica. Até porque o tarô é uma complexo instrumento de auto-conhecimento e este vai nos exigir de forma ampla e complexa. O tarô, para ser bem lido, vai precisar de alguém preparado para enxergar suas nuances, seus detalhes mais sutis, aquilo que existe de único e singular quando aquelas determinadas cartas se encontram em suas específicas posições.
Percebo que nenhum de nós deve ficar apoiado somente numa única forma de ler tarô. Devemos nos olhar de forma tão complexa e tão irrestrita quanto as próprias cartas. Devemos reconhecer nossas mais vastas possibilidades e entender que esta, afinal de contas, é a nossa maior riqueza e grandeza.

O TARÔ E O TARÓLOGO

O tarô é conhecido como o espelho do inconsciente, pois revela a nossa realidade interior através de seus arquétipos e simbolismos. É o revelar de um novo caminho ou uma nova postura diante dos objetivo que nos propomos a seguir. Seu efeito espelho permite uma dinâmica entre os símbolos e o inconsciente do consulente permitindo o que Carl Jung chama de “Principio de conexão não-causal” que liga a psiquê do indivíduo ao mundo material formando uma só energia em duas distintas partes. Segundo o site Tarô e Simbolismo “a leitura de Tarô é somente a ponta do iceberg, o seu uso é infinito nos permitindo o desenvolvimento espiritual, auto conhecimento, equilíbrio (…) O Tarot nos fornece essas indicações, porque nos mostra novas perspectivas e enxergar além do problema”.
O responsável em levar toda bagagem racional e espiritual para o indivíduo que se dispõe a procurar o tarô como forma de se libertar da crise existencial é o tarólogo, ou seja, uma pessoa que com seu dom e dedicação faz da tarologia uma profissão que ajuda as pessoas a trabalharem o seu inconsciente induzindo-a a organizar o que há de melhor dentro de seu espírito abalado, fazendo com que as pessoas melhorem no presente o passado que ficou e organize seu futuro melhor do que o presente que está passando. O estudo do tarô é uma ferramenta que, bem usada, liberta o homem do medo e da ignorância.
Segundo Luiz Costa sobre o estudo do tarô, “Desde seu uso junto às artes divinatórias até o uso pessoal voltado para o auto conhecimento seu estudo, levado com seriedade e honestidade de propósitos, vem abrindo a mente humana e reaproximando o homem de sua Divina Fonte”.
O tarólogo é aquele que, em seus estudos, observa os símbolos contidos nas cartas e a história que cada uma conta, sua mente deve estar aberta e livre de tendências externas que determinam e direcionam sua interpretação. Por isso o tarô deve ser visto como um mapa, um guia que nos leva a algum lugar onde queríamos chegar, mas não tínhamos condições sozinhos.
Segundo Sallie Nichols na obra Jung e o Tarô, “A projeção do nosso mundo interior no exterior não é coisa que fazemos de propósito. É simplesmente a maneira como funciona a psique. Em realidade, a projeção acontece de forma tão contínua e inconsciente que costumamos não dar tento de que ela está acontecendo. Não obstante, tais projeções são instrumentos úteis à conquista do auto conhecimento. Contemplando as imagens que atiramos na realidade exterior, como reflexos de espelho da realidade interior, chegamos a conhecer-nos”.
Desta forma o tarólogo sério buscará ser um eterno estudioso ira deslumbrar junto ao seu consulente o que existe em sua psique e buscará sem interferir em seu livre arbítrio orientá-lo dentro da ética.
Ser tarólogo além de profissão séria é uma opção de vida, pois a pessoa que aceita esta missão guarda a chave do destino de seu consulente e só a entrega, quando este se dispõe a abrir o portal que o leva a enxergar novos horizontes.

CUIDADOS NO ATENDIMENTO

Procure sempre manter uma atitude ética e coerente, pois isto é muito importante para quem pretende trabalhar numa área tão polêmica e ao mesmo tempo fascinante. Trabalhar com tarot não é apenas conhecer o simbolismo das cartas e sim mexer com o imaginário e com as esperanças das pessoas.
Não podemos esquecer nunca de que estamos lidando com os sentimentos humanos e com pessoas que podem estar passando por algum tipo de angústia ou ansiedade e buscam uma saída. Mesmo quando a pergunta gira em torno de um possível amor ou sobre a realização de um sonho, a busca é pela confirmação do seu desejo ou por uma solução mágica que leve à resposta esperada. Este é um momento delicado, principalmente se o que as cartas indicam não é o que o cliente espera.
O cuidado na resposta é muito importante; manter uma atitude neutra, ficar atento com promessas ou dramatizações, pois a pessoa não ouve o que você fala de forma objetiva e sim de um modo emocional. Isto pode levar a uma escuta que é parcial, chegando a distorcer o significado para se aproximar do que deseja. Assim, é importante escutar com carinho e atenção e cuidar muito da forma como fala e o que diz.
A humildade e a consciência são os melhores companheiros do tarólogo. Por vezes podemos ficar excessivamente orgulhosos de nossos acertos nas previsões e corremos o risco de nos tornarmos arrogantes. É este o momento de ficarmos tentados a falar demais ou sem cuidados e isto pode trazer problemas.
Sempre é bom lembrarmos que todos os arcanos têm uma interpretação positiva e uma negativa, mesmo que uma prevaleça na maior parte dos casos. Também faz parte dos nossos desafios saber que tudo o que o tarot traz está sujeito a mudanças, seja a partir de uma reavaliação do cliente, seja por fatores inesperados, o que é marcado por cartas como a Torre e a Roda da Fortuna. Além disso, sempre existem outras possibilidades que não foram levantadas pelo paciente e que se encaixam nos significados das casas da mandala astrológica, se este for o jogo usado. É aí que entra a humildade: podemos conhecer muito sobre o tarot, mas existem coisas que são trazidas pelo momento de vida e muitas vezes estão escondidas, pois não podem ser mudadas. O destino é soberano e nós só podemos ajudar a revelar se houver a possibilidade do livre arbítrio.
Apesar disso, acredito que vale a pena o desafio de ser tarólogo e descobrir muito sobre a vida, seus ritmos, suas restrições e os nossos limites, pois não passamos de instrumentos do destino.

Arcanos Maiores e/ou Menores? Tarot ou baralho comum?

Outra questão em aberto, nas consultas, é a de utilizar o baralho inteiro ou apenas parte dele. Há aqueles que utilizam o conjunto das 78 cartas (22 Arcanos Maiores e 56 Arcanos Menores, ao mesmo tempo). Os usuários do chamado “Tarô Egípcio” não encontram qualquer motivo para tal separação, pois as 76 cartas foram redesenhadas todas no mesmo padrão dos arcanos maiores, sem clara distinção entre os naipes.
Já entre os que utilizam o modelo clássico, muitos praticantes separam dois maços: um com os arcanos maiores e, o outro, com os menores. E, de acordo com a função que a carta ocupará na tiragem, pedem que o cliente retire cartas ou do monte dos arcanos maiores ou do monte dos arcanos menores.
Dicta e Françoise, por exemplo, sugerem que se comece a consulta com os Arcanos Menores; caso apareça um Ás, significa que a questão é importante e merece ser examinada com a ajuda dos Arcanos Maiores. Para deixar a questão em aberto, podemos lembrar um ponto de vista oposto, o de G. O. Mebes, ao afirmar que os Arcanos Menores falam de um plano mais sutil que o retratado pelos Arcanos Maiores…
Há também aqueles que, com propósito pedagógico ou terapêutico, utilizam apenas as cartas com desenhos mais personificados. Ou seja, deixam de lado as 40 cartas numeradas dos quatro naipes, e utilizam somente 42 cartas (22 arcanos maiores, 16 figuras e os 4 ases).
Do ponto de vista do iniciante, talvez fosse melhor começar pelos arcanos maiores, mais diferenciados e, por isso, mais diretos para evocarem analogias e significações simbólicas. Ficará para uma segunda etapa a inclusão das cartas numeradas (arcanos menores), mais abstratas e que exigem maior estudo.
A bem da verdade, essa última afirmação vale mais para a nossa atual população urbana, classe média, com formação escolar padrão. Nas pequenas comunidades do Interior brasileiro a história é outra: as mulheres do povo que desempenham o papel de curadoras, benzedeiras e cartomantes, encontram disponível apenas o baralho comum, de carteado, com suas 52 duas cartas (as 40 numeradas em quatro naipes, mais 12 figuras, sem o cavaleiro). E é com esse baralho, sem aparentes evocações esotéricas, que fazem suas leituras e ajudam as pessoas de suas comunidades…
Nada impede, afinal, que se pratique “ler as cartas” apenas com o baralho comum. Aliás, ele é quase completo, quando comparado aos “arcanos menores” do Tarot original: faltam apenas os Cavaleiros. Por outro lado, o baralho comum tem quase 50% de cartas a mais do que os jogos remontados e reduzidos por Etteila e Lenormand, a partir do início do século 19, também conhecidos como “baralho cigano”.
Nunca é demais repetir: não existem regras absolutas para o Tarô. Tal como acontece com os jogos de cartas para o lazer – buraco, tranca, truco, mico, rouba-montinho e por aí afora… – são os participantes que combinam entre si as regras e suas variações, se utilizam todas as cartas do maço ou apenas parte, se jogam com um maço de baralhos ou com dois. O importante é experimentar e verificar, por conta própria, o que faz mais sentido para cada momento de prática e de estudo. Detalhes
Na prática, vemos tarólogos e cartomantes dando importância a muitos detalhes que podemos acolher, mas que não precisamos tomar como leis ou dogmas. Vejamos alguns desses pontos, que cada um levará em conta, ou não, de acordo com seu temperamento e disposições. A sugestão é a de experimentarmos as alternativas e escolhermos as que correspondem melhor ao nosso feitio. Esses procedimentos constituem meros registros do que acontece na prática e não são dogmas ou ritos obrigatórios.
Toalha - Muitos guardam um pano próprio ou toalha especial sobre o qual abrem as cartas. Tecidos lisos e de cores escuras têm a vantagem de dar destaque às cartas, que são o centro do interesse. Se quizer utilizar uma toalha, que cada um faça a escolha como bem entender.
Embaralhar - Igualmente não existem regras absolutas. Muitos praticantes pedem que o cliente embaralhe as cartas para deixar sua vibração ou, em outros termos, para se que “fiquem donos” das cartas. Outros pedem simplesmente que o consulente pouse as mãos sobre as lâminas, para passar sua energia.
Existem ainda aqueles profissionais que embaralham as cartas cuidadosamente, eles próprios, e pedem apenas para o cliente cortar. A razão de tal procedimento em muitos casos nada tem de esotérico: é um simples recurso para que as cartas não se machuquem em mãos inábeis.
Corte – É muito comum que o conselheiro ou cartomante peça que o cliente “corte o maço”, ou seja, divida em dois ou três montes. Alguns recomendam que seja com a mão esquerda, outros com a direita. Sejam quais forem os procedimentos, pode ser interessante atribuir uma função para a carta de corte na leitura, por exemplo, para indicar o “cenário geral” da questão ou seu “pano de fundo” ou qualquer outra função tida como significativa pelo operador.
Sorteio das cartas – Alguns praticantes pedem apenas que o cliente “corte” o maço e, eles próprios deitam as cartas que serão lidas durante a consulta. Outros fazem questão de que as cartas da tiragem sejam escolhidas pelo próprio cliente.
Cartas invertidas – É relativamente freqüente atribuir um sentido negativo às cartas que saem de cabeça para baixo. Nesse caso, o embaralhamento deve ser feito rolando as cartas sobre a mesa, para garantir a alternância de posição. Uma mesma carta pode sair direita ou invertida dependendo de o praticante “abrir” a carta girando-a no eixo vertical ou horizontal. Por essa razão é indispensável que cada um defina seu próprio código pessoal, caso queira levar em conta o fato de a carta sair em pé ou de cabeça para baixo.
Muitos tarólogos preferem trabalhar com todas as cartas diretas, sem deixá-las invertidas. Desse modo, quando querem saber os aspectos difíceis ou negativos de uma questão, simplesmente tiram uma carta para descrever tal aspecto.

Momento de abrir (ou virar) as cartas sorteadas.

O usual é sortear ou escolher as cartas pelo verso, com os desenhos ocultos. Alguns sorteiam de uma só vez todas as cartas que utilizarão; outros preferem ir retirando uma a uma, tornando o desenho visível e fazendo os comentários pertinentes; só ao final, fazem uma síntese do conjunto.
Voltada para leitor. A maior parte dos praticantes arrumam as cartas viradas si e não para o cliente. Na verdade, é o leitor que deve receber as impressões diretas do arranjo sobre o qual fará sua apreciação. Nada impede, porém, quer numa situação de consulta profissional, quer numa prática terapêutica ou de estudo entre amigos, que as cartas sejam tocadas e examinadas de perto pelos envolvidos na consulta.



FOLHA DE MUCUNA - OLHO DE BOI

Denominadas popularmente de "co-oronha",“queima queima”,
“olho de boi”,”pó-de-mico” e “feijão do mar”. 

Cientificamente, pelos lados da botânica, elas são denominadas de Mucuna Urens e existem várias espécies espalhadas pelo mundo e com sementes distintas, usadas medicinalmente como tonificante alimentar ou na culinária para dar um toque de sabor ao feijão.
Mas o seu uso é feito em pó, em quantidades muito pequenas. 

Não se aconselha seu uso sem que se esteja devidamente orientado por quem conhece tudo a seu respeito. 
Estas sementes vistosas são mais utilizadas mundo afora nas produções de artesanato porque oferecem inúmeras possibilidades de utilização.
O interessante mesmo é a planta, um vigoroso cipó enrolador e de crescimento rápido que proporciona lindas flores, geralmente em tons arroxeados ou violetas. Os frutos são vagens aveludadas de coloração marrom quando maduros. Nestas vagens pode-se encontrar de 2 a 5 sementes na coloração marrom caramelado. Não se deve tocar nas vagens porque os pelos nela encontrados são urticantes.

Iremos encontrar muitas referências sobre esta interessante semente, mas a maioria dessas informações é muito técnica, até porque a ciência vem estudando suas propriedades e já há quem diga que o pó da Mucuna é um ótimo remédio para evitar acidentes vasculares ou recuperar quem já o sofreu bem como sua eficaz utilização para tratar a doença de Parkinson ou ainda, para resolver problemas de disfunção erétil.
Claro que são especulações e ninguém deve fazer uso da semente sem ter pleno conhecimento a respeito.

O melhor é procurar pessoas que saibam muito bem como lidar com esta relíquia da natureza. 

No Candomblé a folha de mucuna costuma ser atribuída ao orixá Osaiyn, sendo utilizada para banho dos seus filhos e de seus objetos.
Já na Umbanda se usa muito a semente da mucuna (chamada olho-de-boi) para a confecção de colares que são utilizados pelos caboclos e pretos-velhos.
É muito comum uma dessas entidades, chamadas carinhosamente de guias, receitarem o uso do olho-de-boi dentro de um copo com água e uma pedra de carvão para ser posto atrás da porta com o objetivo de cortar olho grande e mau olhado.


Acredito, e sempre foi assim, na importância de se conhecer o que de fato as coisas são. A Umbanda no Brasil é uma prática muito mal interpretada, assim como nem sempre conduzida nos terreiros, regida por Oxalá. A raiz do candomblé também se diferencia do processo de adaptação brasileira à religião, pelo simples fato de no Brasil o processo de sincretismo, influenciado pela igreja católica, influenciar, fortemente, as premissas filosóficas dos cultos às almas. A contribuição da cultura mercantilista, também contaminou e, muito, o exercício dos rituais e dos trabalhos oferecidos, aliás, vendidos, aos necessitados. A espiritualidade afro é significativa e de contribuição relevante para a evolução do planeta, porém, necessita de uma humilde reavaliação de alguns de seus praticantes.

A Umbanda não é macumba, para começar a conversa. Macumba é uma tradução originada do Quimbundo, “makanha”, modificada de “dikanha”, cujo significado é tabaco. A linguística do Banto que processou pela primeira vez seu significado, reportando-se a um instrumento musical de finalidade relacional com a magia. As poucas informações que temos sobre a etnia africana, conduzem-nos a um mundo diversificado, envolto em fenômenos naturais onde o homem exerce, meramente, uma participação de igualdade nesse sistema denominado de primitivo pela ascendência ocidental. A magia está ligada àquilo que vai a frente, distanciando-se da realidade concreta, do controle de uma espécie sobre a coisa que escapa de suas mãos.

O povo grego delegava o poder de relação com esse mundo mágico, apenas à categoria sacerdotal. Influenciados pelo povo persa que tinha no “magush” os sacerdotes que interpretavam sonhos. Geograficamente, os egípcios também foram contaminados pelo papel e a responsabilidade desse personagem. Vale lembrar que o Egito situa-se no norte do continente africano, logo, berço e fonte de inspiração para o conhecimento que está sendo analisado, mesmo com a intensa corrente mulçumana que domina o país. Para o convívio com a adversidade natural e o desconhecimento em relação aos impactos provocados pela natureza. 

A convivência fez com que os mitos, mensagens discursadas pela elaboração de relatos imaginários, transformados em lendas. Simplesmente, uma interpretação elaborada, seguindo a possibilidade do olhar do povo, sobre o que acontecia. A fim de provocar uma condição para essa interação, do mito derivava o rito, ou cerimônia, usada como costume, sobre uma aspecto religado a Deus ou ao sobrenatural. O fumo, vinda de plantas nativas, era utilizada nos ritos, assim como os sons, ou música nativa, sendo o a macumba um instrumento para a reprodução das composições. 

Fumaça, fogo e outros, eram analogias produzidas pela natureza, como da mesma forma o sons emitidos pelo vento, os bichos e a chuva. Cada grupo de episódios naturais, era concebido como uma poderosa força, regida, então, por um respectivo Orixá, ou Deus pela tradução cristã. O Orixá compõe um significado e um símbolo, retendo todos os atributos do grupo específico. O ritual, assim como a oração e o louvor, passou a serem movimentos de condução à aproximação dos Orixás. Já as almas, eram continuação da vida na terra, legiões de soldados de Oxalá, agindo em prol do bem e da harmonia, com funções e responsabilidades específicas. Pretos velhos e cablocos trabalhando, operários do bem. Originalmente, na filosofia africana, Exu é orixá, não alma. 

A finalidade é a aproximação com a energia dos Orixás e a obtenção do merecimento de suas capacidades, ou benevolência, em termos de harmonização e de equilíbrio. Através das almas, a manipulação do contexto vibracional ou energético, a fim de manipular e transformar as descargas provocadas pelos consequentes efeitos negativos surgidos, nessa gênese da convivência. No Brasil, a escravidão e todos os conflitos vivenciados pelo povo africano, motivaram uma luta entre os próprios homens, semelhantes nessa formação natural. O oportunismo, com o passar do tempo, alcançou um declínio comercial desses rituais, demovendo a força do ritual para trabalhos de macumba, deturpando seus conceito e princípios.

A meu ver, a transformação citada no parágrafo anterior, é ampla e profunda, fugindo da mesmice do alcoolizar-se e fumar compulsivamente. Os filhos de santo, ou dos Orixás, devem conquistar a autorização para entrarem e frequentarem as frequências dos consulentes e dos fatos ocorridos. A alam límpida traduz a ligação com seu Orixá, o guia, e a troca com as almas. A interpretação dos recursos utilizados pela natureza, provocando efeitos sobre a matéria, é outro aspecto. O médium em si, é mero representante da alma que manuseará essas energias, sem a necessidade de protocolos, ou seja receitas pré-definidas para cada caso semelhantes. Tudo isso poderá levar a um resultado para o bem e para o mal, como tudo que acontece para a vida. Lembrando que equilíbrio e harmonia é o preceito. Trabalhar com a magia não é macumba, nada pejorativo, apenas um princípio de transmutação, aprofundado e especializado, onde a humanização dos processos deve acontecer em patamares mínimos para a real eclosão dessa mudança.

Negar ou denegrir essas práticas, foge, aos patamares da maior e mais importante de todas as religiões: o respeito. A união às práticas energéticas dá permissão para o encaminhamento daquilo que é mais enraizado e bruto para os espíritos empobrecidos de amor e de sabedoria. Cada um no seu quadradinho, essa é a reta para a ascensão tão esperada e necessária para uma humanidade ainda embrutecida e carregada de vícios.

Clécio Carlos Gomes

MANIFESTO EM FAVOR DOS ZELADORES DE OVELHAS (VULGO PASTORES)

 Caros irmãos da Umbanda (TODAS), Candomblé (TODOS) e Kardecistas (TODOS).

Há alguns anos vemos grassar na imprensa escrita, falada e televisionada a pregação insistente de pessoas que, além de se auto-intitularem “zeladores de ovelhas” (vulgo pastores), apresentam para “testemunhos” de seus “milagres”, os já famosos “EX TUDO” que teriam roubado, sequestrado, fumado, cheirado e, quando provenientes de “CASAS DE ENCOSTO”, como somos reconhecido por lá, teriam praticado todas as sandices possíveis em nome da religião (inventada por eles) que adotavam.

Dizem eles que faziam tudo o que os “encostos” pediam e, acabavam no mais profundo ostracismo, na miséria, tendo mesmo suas vidas detonadas, arrasadas, deterioradas, etc.... COITADINHOS!

Mas também dizem que, como “EX PAIS E MÃES DE ENCOSTO” (e até ex bruxas, como costumam se dizer), faziam “amarrações”, descasavam, colocavam pessoas em hospitais, doentes para morrerem, ensinam até pseudo bruxarias em plena televisão e outras loucuras que seus inconscientes doentios conseguem vislumbrar.

As “CASAS DE ENCOSTOS”, nome velado pelo qual resolveram generalizar os cultos espiritualistas e espíritas, seriam, no entender deles, a própria casa do “diabo” que, parece não quererem lembrar, É O IRMÃO MAIS VELHO DELES já que foi criado ANTES e pelo MESMO "DEUS" que adoram, sendo portanto, FILHO DESSE MESMO "DEUS", e, por conseguinte, IRMÃO MAIS VELHOS DELES e o grande RESPONSÁVEL pelo fato dos TEMPLOS estarem cada vez mais cheios e ... suntuosos. 

O MEDO do Grande Irmão é grande!

O que seria dos TEMPLOS se não fosse o Grande Irmão?
Será que estariam tão cheios? 

Pensemos bem.
Longe de termos que nos incomodar, ou mesmo criticá-los, na maioria das vezes devemos sim, agradecê-los.

Já pensaram no quanto nossas religiões foram beneficiadas? Já pensaram que, se encararmos como verdades esses “testemunhos”, NA REALIDADE NOSSAS RELIGIÕES SE LIVRARAM DE CENTENAS E CENTENAS DE PSICOPATAS LUNÁTICOS que, ao invés de estarem usando suas faculdades mediúnicas para auxílio do próximo e evolução própria, o estavam fazendo para a maldade e mesmo na tentativa de aquisição de bens materiais (riquezas) como hoje fazem por lá?

O que será que esses “EX” estavam esperando de nossos irmãos imateriais?

QUE SE COADUNASSEM COM SEUS MODOS OBCENOS DE SEREM? 
Que os auxiliassem a ficarem ricos às custas da ignorância (infelizmente) de uma maioria de pobres e necessitados que muitas vezes sequer têm o dinheiro para o café da manhã?

Ou será que esperavam estarem acompanhados de entidades positivas e de luz ao manifestarem suas mediunidades (se é que existiam mesmo) de forma tão torpe (DESONESTA, INDECOROSA, VERGONHOSA)?

Talvez esperassem que as Federações ou ALGUM TERREIRO QUE PRETENDESSE SE PROJETAR os escolhessem para que, com algum dinheiro, viessem também a público testemunhar "milagres" em favor dos “encostos”.

TODOS se confessaram verdadeiros PAIS E MÃES DE KIUMBAS porque nem de encosto só, poderiam ser. 

Percebam, caros irmãos, que na verdade, os senhores “zeladores de ovelhas” estão capturando para sua hostes, exatamente aqueles que com eles se sintonizam (lembram-se da Lei das Afinidades ou dos Semelhantes?) e que por isso mesmo, sempre deveriam ter estado por lá mesmo, deixando para as religiões que se utilizam da mediunidade de forma positiva, apenas os que compreendem o real significado do amor à natureza, aos seus irmãos e ao próprio Deus e que, por isso mesmo, nunca chegarão a serem “EX” (espíritas, umbandistas, candomblecistas ...).

Caridade deles? Claro que sim, por que não?

Essa é a forma de resgatarem seus Carmas, ou seja, lidando diretamente com aqueles que também acham ser o dinheiro e as riquezas um dos objetivos de Deus; aqueles que precisam ter a quem temer para que pensem muito, antes de fazerem suas maldades; aqueles que têm que gritar bem alto para SE convencerem de que estão falando “verdades” e mesmo aqueles que precisam aprender a exercitar suas próprias fés, nem que seja pela sensação e o objetivo de estarem sendo “SALVOS” e “ESCOLHIDOS”.

- “Mas Jesus disse que temos que ir atrás até da última das ovelhas” - dirão alguns. 

E eu lhes digo que, se a ovelha estiver se afogando e se lhe jogarem quatro ou mais salva-vidas, ela terá o direito de escolher o salva-vidas que melhor lhe convier (lembram-se do Livre Arbítrio?).
Portanto, não seria a disputa por ovelhas o objetivo das religiões, mas sim, e apenas, o de colocar disponível o seu salva-vidas para todos.
Chegar-se-ão aqueles que em idéias e conceitos se assemelharem (novamente a Lei dos Semelhantes). 

Aliás, essa briga por ovelhas não foi o Jesus bíblico, O Cristo, quem criou, e nem nunca foi pregada por ele, se bem me lembro.

Alguém se lembra aí de algum ataque dele a qualquer religião de seu tempo a não ser aos próprios "zeladores dos templos" e "representantes do Deus Hebraico" (Yahweh) em sua época?

Observem: 
Ele não criticava a religião, mas sim os zeladores de sua época - os sacerdotes!

Ódio e rancor por estarem tentando macular a religião alheia? Nada disso, caros maninhos e maninhas - esse não pode e não deve ser o sentimento dos que lidam com espíritos de luz que vêm à Terra para ensinarem o que Jesus tentou e parece até agora não ter sido compreendido: “Amar-nos uns aos outros”!

O que temos de fazer é, além de agradecê-los pela LIMPEZA que estão fazendo, ajudando-nos a separar o joio do trigo, também orarmos muito para que sejam bem sucedidos, e para que Jesus e Deus curem até mesmo os “zeladores de ovelhas” que ainda precisam usar óculos, por exemplo, ou os que tenham sérios problemas gástricos, não tendo sido curados pelo jesus deles que cura tudo e todos, ou mesmo aqueles que, pela prepotência, chegam até a chutar símbolos de outras religiões e, além disso, ajudá-los lembrando-lhes de algumas passagens que por certo gostariam de ler para seus seguidores mas que talvez ainda não tenham tido a oportunidade (falta de tempo talvez), assim como estas que abaixo coloco à guisa de colaboração para eles e para qualquer um que pretenda fazer de religiões (mesmo Umbanda) meios de enriquecerem ou de viverem às custas da ingenuidade alheia: 

PALAVRAS DO SENHOR SEGUNDO A BÍBLIA

(Mateus 6:19)
"Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam;"

(Mateus 6:20)
"Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam."

(Mateus 13:22) 
"E o que foi semeado entre espinhos é o que ouve a palavra, mas os cuidados deste mundo, e a SEDUÇÃO DAS RIQUEZAS SUFOCAM A PALAVRA, e fica infrutífera;"

(Marcos 4:19) 
"Mas os cuidados deste mundo, E OS ENGANOS DAS RIQUEZAS E AS AMBIÇÕES DE OUTRAS COISAS, entrando, sufocam a palavra, e fica infrutífera."

LUCAS 14: 33 
- ASSIM, QUALQUER DE VÓS QUE NÃO RENUNCIA A TUDO QUANTO TEM, NÃO PODE SER MEU DISCÍPULO.

(Lucas 18:22)
"E quando Jesus ouviu isto, disse-lhe: Ainda te falta uma coisa; VENDE TUDO QUANTO TENS E REPARTE-O PELOS POBRES, E TERÁS UM TESOURO NO CÉU; vem, e segue-me."

(Lucas 18:23) "Mas, ouvindo ele isto, ficou muito triste, porque era muito rico."

(Lucas 18:24)
"E, vendo Jesus que ele ficara muito triste, disse: QUÃO DIFICILMENTE ENTRARÃO NO REINO DE DEUS OS QUE TÊM RIQUEZAS!"

(Lucas 18:25) 
"Porque é mais fácil entrar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus."

(Atos dos Apóstolos 8:18)
"E Simão, vendo que pela imposição das mãos dos apóstolos era dado o Espírito Santo, LHES OFERECEU DINHEIRO,"

(8:19) 
"Dizendo: Dai-me também a mim esse poder, para que aquele sobre quem eu puser as mãos receba o Espírito Santo."

(8:20)
"Mas disse-lhe Pedro: O teu DINHEIRO seja contigo PARA PERDIÇÃO, POIS CUIDASTE QUE O DOM DE DEUS SE ALCANÇA POR DINHEIRO."

(8:21)
"Tu não tens parte nem sorte nesta palavra, porque o teu coração não é reto diante de Deus." 

(1Timóteo 6:10)
"Porque O AMOR AO DINHEIRO é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores."

(6:11)
"Mas tu, ó homem de Deus, FOGE DESTAS COISAS, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, mansidão."

E mais esses parágrafos que, tenho certeza, já devem ter lido e relido para que todas as ovelhas refletissem:

(Mateus 7:15)
"Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores."

(Mateus 24:11)
"E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos."

(Mateus 24:24)
"Porque surgirão falsos cristos e falsos profetas, e farão tão grandes sinais e prodígios que, se possível fora, enganariam até os escolhidos."

(Marcos 13:22)
"Porque se levantarão falsos cristos, e falsos profetas, e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos."

(Mateus 7:22)
"Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? e em teu nome não expulsamos demônios? e em teu nome não fizemos muitas maravilhas?"

(Mateus 7:23)
"E então lhes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vós que praticais a iniqüidade."

(Mateus 7:24) 
"Todo aquele, pois, que escuta estas minhas palavras, e as pratica, assemelhá-lo-ei ao homem prudente, que edificou a sua casa sobre a rocha;" 

Sei que a esta altura os senhores "zeladores de ovelhas" gostariam de me agradecer, por ajudá-los a PROPAGAR esses TEXTOS BÍBLICOS, essas PALAVRAS DE DEUS (Yahweh ou Jeová, como é mais conhecido), como costumam chamar, normalmente tão pouco acessíveis, perdidos que estão na imensidão das escrituras.

Não se faz necessário - faz parte de minha caridade.

Que os senhores “zeladores de ovelhas” sigam seus caminhos, alcancem o verdadeiro DEUS e consigam ensinar coisas lindas como essas às suas ovelhinhas, devem ser nossos humildes e sinceros desejos.


(SALMOS 82:6)
"Eu disse: Vós sois deuses, e todos vós filhos do Altíssimo."

(SALMOS 82:7)
"Todavia morrereis como homens, e caireis como qualquer dos príncipes."

(SALMOS 82:8)
"Levanta-te, ó Deus, julga a terra, pois tu possuis todas as nações."

Claudio Zeus
FONTE: umbanda sem medo

VAMOS SAIR DA IGNORÂNCIA EM NOME DOS ORIXÁS

De tempos em tempos, aparece algum caso de crime relacionado com Magia Negativa, associado 
ao mal, chamado vulgarmente de Magia Negra.

De tempos em tempos, vemos associarem alguns destes crimes à Umbanda, ao Candomblé ou aos 
Cultos Afros em geral.
São crimes bárbaros, macabros mesmo, com mortes de crianças e estupros, motivados pelo que há 
de pior e mais baixo no ser humano.

Enquanto nós ficamos aqui dizendo que isto não tem nada a ver com Umbanda, Candomblé e Cultos 
Afros; os criminosos, presos, se identificam com estas nossas amadas religiões e ainda dizem fazer 
pactos com satã, demônio, quando não colocam os nomes sagrados de nossos guias e orixás no 
meio de seus crimes hediondos e passionais.

SABEMOS que nossa religião é linda, que não faz pactos, que não existe demônios em nossos cultos.

Há anos, venho batendo na mesma tecla: Umbanda é Religião e só pode fazer única e exclusivamente 
o bem!

Enquanto isso, pessoas que nem tem idéia do que seja religião continuam abusando de nossos 
fundamentos e valores de forma negativa e invertida.

O conceito sobre religião está totalmente banalizado e distorcido, qualquer um cria uma nova religião 
e faz o que quer com ela, esta é a verdade.

Sempre lembro a primeira definição de Umbanda dada por seu fundador, o primeiro umbandista, Zélio 
de Moraes e sua entidade Caboclo das Sete Encruzilhadas: Umbanda é a manifestação do espírito
para a prática da caridade!

Enquanto isso, no próprio seio da Umbanda, convivemos com praticantes que não tem a menor idéia 
de quem foi, ou o fez, o primeiro umbandista.

Pessoas que "dirigem" terreiros, que se denominam sacerdotes (pai de santo, mãe de santo, padrinho, 
madrinha…) e proíbem seus médiuns de estudar.

O medo e a ignorância são portas abertas para as trevas interiores e exteriores.

É aqui que o EGO, a vaidade e os vícios mais baixos do ser humano se instalam.

E todos os dias vemos anúncios de pessoas oferecendo "serviços" de magias negativas em nome de 
nossos sagrados valores,
de nossa religião, de nossos guias e orixás. Deitam e rolam com os nomes de exu e pombagira, usam 
e abusam.

As pessoas continuam procurando um atalho, um caminho mais fácil, para externar seu negativismo 
acumulado, não querem dor, não querem crescer, não querem assumir seus atos, não querem ser 
conscientes, querem apenas satisfazer os sentidos viciados
no mundo das ilusões, das paixões que arrastam para atitudes emocionais animalizadas e instintivas.

Ainda se vê na figura do médium um poder de manipular vidas!
Um poder de manipular o destino, um poder que pode ser comprado, negociado.

NÃO EXISTE OUTRA SAIDA PARA A RELIGIÃO, É PRECISO MUDAR O SENSO COMUM, É PRECISO 
ALCANÇAR O INCONSCIENTE COLETIVO!

E A UNICA FORMA É COM EXEMPLO E NÃO APENAS COM PALAVRAS.

Um consulente pode apenas frequentar um terreiro, sem ter a mínima idéia do que seja a Umbanda.

Um consulente, um simples frequentador, pode se denominar católico, ateu, à toa e o que quiser…

Este consulente pode, sim, ele pode ser totalmente ignorante…

UM MÉDIUM NÃO PODE SER IGNORANTE!!!
UM MÉDIUM E PRATICANTE DE UMBANDA É FORMADOR DE OPINIÃO, SEMPRE!!!
O MÉDIUM É O TEMPLO DA RELIGIÃO!!! NÃO PODE SER O TEMPLO DA IGNORÂNCIA!!!

Umbanda não é e não pode ser para pessoas ignorantes.
E aqui fica bem claro o sentido e significado da palavra ignorante: aquele que ignora algo.

Não se pode praticar Umbanda de forma ignorante, sem saber o que está sendo praticado.

Quando não estamos bem, e todos passamos por momentos e períodos de negatividade, é o 
conhecimento, a razão, que nos mantém dentro de limites e parâmetros seguros. O médium 
ignorante torna-se uma porta aberta para as trevas.

E vamos continuar vendo casos e mais casos em que a ignorância rouba, assalta, o nome da 
umbanda e de nossas entidades.

COMO VAMOS MUDAR ISSO???
Ignorância se vence com conhecimento e estudo…

Alexandre Cumino