quarta-feira, 23 de julho de 2014

Aquilo que faz bem. Aquilo que ME faz bem.


maos-de-terra

Axééé pessoal… Além da saudade e do trabalho, como é bom estar por aqui novamente. Como é bom estar com saudades, com muito trabalho e sentindo o aquecimento do espírito através de boas palavras, boas vibrações, bons olhos e boas ações.
Palavras que são tão importantes para a religião Umbanda que se fundamenta pela tradição da comunicação, da oralidade. Vibrações que transfiguram qualquer situação. Olhos que transmitem e atestam a presença de Deus “Nós não vemos o que vemos, nós vemos o que somos. Só veem as belezas do mundo, aqueles que têm belezas dentro de si” (Marli Savelli). E ações que materializam o Amor, expõem o Saber e libertam o Ser.
Tudo muito Umbanda, Uma Banda por todas as Bandas ou todas as Bandas por Um na segurança do Maior, do Além, do Sagrado e da Certeza no incerto da vida.
E diante de tanta Umbanda reafirmo que, mais que ‘estar’ na Umbanda para fazer a caridade, vestir o branco ou incorporar, o médium deve almejar e lutar para ser um religioso com espírito forte, firme e ativo, cheio de compaixão, de capacidade de tomar decisões e de sentimentos humanitários.  Deve se dedicar, estudar, exercitar, agir, movimentar, crer e zelar. Zelar muito para que nada, para que ninguém, deprecie aquilo que faz bem, aquilo que LHE faz bem.
SABER! Saber é a melhor, a maior e mais potente forma de zelar, de se movimentar, de agir, de conquistar o respeito, de semear e cultivar a religião certo dos bons frutos.
Saber sobre hierarquia, rituais, valores e fundamentos é importantes para qualquer médium, porém não se chega a esses saberes, assim como não devem ser ambicionados, sem condições básicas para tanto. Seria o mesmo que tirar carta de motorista dirigindo uma Ferrari. Creio que muitos Pais de Santos já viveram a experiência de ter médiuns postulando saberes mais que devem, merecem e darão conta.
Saber é sem dúvida uma das bases da Fé firmemente enraizada, mas é necessária uma construção de saberes. Buscar o básico, aquilo que até parece ou é erroneamente avaliado como simples ou desnecessário. Enfim, é necessário preparar a terra para o plantio.
Nesse contexto, o médium deve iniciar seus conhecimentos com saberes sobre velas, cumprimentos, doutrinas espíritas, posturas, trajes, panos, ervas…
Ahhh, e para mim, é importantíssimo, é o principio de tudo, saber sobre as ervas e as infinitas possibilidades de banhos, defumações, borrifos, fumos… coisa de preparar a terra para o plantio meeesmo! Coisas, forma de manuseios, misturas e maneiras que fazem toda a diferença, que levanta ou derruba um médium, uma pessoa. É a guiné com energias, vibrações e ligação a Orixás diferentes dependendo da parte e da forma que for usada. É o milho, por exemplo, que pode promover a energia da boa sorte, ou da riqueza, ou para feitiçaria, ou para ajudar a ter bom parto, ou para sair vitorioso de uma luta, ou ainda para paralisar um processo judicial. Ufa… e não para por aqui… é secar-se esfregando a toalha de banho após o banho de ervas, ou deixar secar naturalmente, ou ainda com leves toques da toalha;  é água quente, fria ou morna; é banho da cabeça para baixo ou do ombro para baixo; e a quizila de Orixá, existe? como lidar?; é defumar de dentro para fora ou de fora para dentro; em cruz, em círculo ou em linha reta; com carvão, com defumador, com incenso, ou com defumador sem brasa…….. Realmente é muita, muita coisa que faz TODA DIFERENÇA.
Conhecimentos básicos que ajudam o médium e toda sua família. Que firmar a caminhada espiritual aproximando espíritos elevados. Que ajudam no combate do Embaixo com o Alto. Que protegem, potencializam, animam, transformam, promovem e concedem.
É, mais que “estar” na Umbanda, precisamos vivê-la, vivenciá-la e vibrar com Ela na sua grandeza, mistérios, magia e Poder. Caso contrário, as palavras ficam soltas e o médium sem raiz, sem solo Sagrado, sem “Ser”.
Umbanda é uma religião única. É difícil, simples, forte, livre, determinante, realizadora e que não deixa nada e ninguém sem resposta, porém para chegar ao entendimento da resposta é preciso muito mais que vestir o branco ou incorporar.
Que todos possam ter a grandeza de fazer mais por aquilo e aquele que tanto faz por nós. Que todos possam estudar com mais serenidade e respeito diante de tanto mistério e de tanto Sagrado.
Mãe Mônica Caraccio

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