Os Mbundu (também conhecidos por Ambundos ou Quimbundos) são um grupo étnico banto que vive em Angola, na região da sua capital Luanda e em grande parte do centro do país. São o segundo maior grupo étnico angolano.
Os Mbundu falam kimbundu ou mbundu e são um povo dominante na região da capital angolana e do interior de Angola, mais precisamente nas províncias do Bengo, Kwanza Norte, Malange e nordeste do Kwanza Sul.
Apesar de os portugueses terem travado relações comerciais com os Mbundu, logo após a sua chegada ao reino do Kongo, a partir da altura em que estabeleceram uma colônia permanente em Luanda, no ano de 1576, como base para o comércio de escravos, houve revoltas constantes contra a ocupação dos portugueses na região, sendo a mais famosa a encabeçada pela Rainha N’Ginga.
A grande maioria dos mais de 4 milhões de escravos traficados para o estrangeiro entre os séculos XVI e XIX (especialmente para o Brasil) eram mbundu, já que este foi o único grupo étnico a ser controlado na sua totalidade pelos portugueses.
O desenvolvimento da cidade de Luanda como capital e principal centro industrial levou a que grandes migrações de mbundu se deslocassem para a capital, terminando na construção de imensos musseques nos arredores da cidade e levando a que, por causa da pesada presença dos portugueses e do grande número de mestiços lusófonos, o português se sobrepusesse à língua nativa, levando a que ainda hoje, muitos mbundu só saibam falar o português.
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