A mediunidade no espiritismo e na Umbanda são Iguais? e a minha dúvida é sobre o fato de os médiuns girarem no memento da incorporação; Por que isto ocorre?
A mediunidade é uma coisa só, seja na Umbanda, no Espiritismo, ou em outras
religiões espiritualistas. Assim os estudos da doutrina de Kardec ajudam
muito a compreendermos os fenômenos mediúnicos. Também acho a coleção - A
vida no mundo espiritual - do espírito André Luiz pelas mãos iluminadas de
Chico Xavier são leitura obrigatória. Entretanto há certamente algumas
peculiaridades nas manifestações da Umbanda. Isto pois as manifestações no
espiritismo são essencialmente mentais, ou seja, ocupam um espaço
energético determinado, a mente. Raras são as vezes que as manifestações
no espiritismo utiliza o corpo todo. Mesmo nas manifestações de
materialização essas manifestações são preponderam]ntemente mentais.
Pela natureza dos trabalhos da Umbanda os médiuns devem ativar os demais
chakras, devem, logicamente, ter a manifestação mental (a mais
importante), mas é necessário a movimentação de todos os chakras, pois
estaremos manipulando de forma não velada a matéria. Assim há uma
utilização mais intensa do ectoplasma (ectoplasma é a energia que todos os
seres encarnados possuem e que nos médiuns há a produção mais
quantificada). Desta forma a incoporação deve acionar o movimento, o corpo
e deve conseguir liberar quantidades massivas de ectoplasma. assim muitos
médiuns precisam girar para que haja um pequeno deslocamento de seu
duplo-etéreo de seus corpos físicos para que esta usina de ectoplasma seja
ativada. Entretanto isto não é obrigatório, algumas pessoas não têm esta
necessidade. Mas, sempre haverá movimento do corpo, pois todos os chakras
devem estar ativados pela inteligência espiritual para que o trablaho
mediúnico de Umbanda aconteça a contento. Quando uma entidade de Umbanda
vem para nos dar um recado, ou para ministrar algum ensinamento não haverá
a necessidade de movimento, uma vez que neste caso a manifestação sea
mental e não necessitará manipular elementos para a magia de Umbanda que é
a transmutação de estados psíquicos e espirituais além da própria
transmutação material (materialização e desmaterialização).
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Os médiuns e as pessoas "comuns", apesar do livre arbítrio estão sempre sujeitos à influências dos espíritos, bons ou maus?
Apenas, os médiuns são influenciados pelos espíritos. No entanto, segundo Allan Kardec, todos os seres humanos são médiuns. Acredito que quando nos referimos a médiuns, falamos daqueles que poderão trabalhar essa faculdade, criando um intercâmbio inteligível. No entanto, mesmo as pessoas que não possuem uma mediunidade dessa forma, podem sentir a presença e assim serem influenciadas pelos espíritos.
Mesmo aqueles ditos não médiuns, que nada sentem de influências espirituais poderão sofrer a influência uma vez que são da mesma essência. Assim, nos sonhos poderão ser carregados pelos espíritos, e mesmo os acontecimentos no entorno dessa pessoa podem influenciá-la. Desta forma, todos somos, mais ou menos, influenciados pelos espíritos.
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O que é e qual a diferença entre a calunga pequena e a grande?
Calunga é a denominação que se dava para local em que os restos mortais dos antepassados eram depositados. Ou seja é o nome dado para o cemitério. Na época triste do tráfico negreiro milhares senão milhões de negros morreram no caminho e seus corpos forma atirados no mar. Assim o oceano ficou conhecido como Calunga Grande. E o cemitério, também conhecido como campo santo, Calunga Pequena.
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Gostaria de saber sobre incoporação de entidades femininas através de medium homem, se isso o afeta de alguma forma ruím ou não.
Eu aprendi que poderia incorporar orixas femininos e os guias não poderiam.Gostaria de saber se isso é certo ou não.
Eu aprendi que poderia incorporar orixas femininos e os guias não poderiam.Gostaria de saber se isso é certo ou não.
Quando falamos de incorporação, nos referimos a entidades com outro nivel de valores. Claro que homem pode incorporar entidades femininas e vice- versa. Isto não causa nenhum tipo de auteração no carater ou na indole do médium, são tabus antigos, criados por pessoas sem conhecimento, lá no passado. Independente da identificação do genero da entidade, tudo no Universo possui uma contraparte oposta a que se revela em primeiro plano, e isto não faz com que pessoas do sexo masculino que incorporem entidades femininas deixem de ser "homens". A verdade é que no plano espiritual os valores que temos aqui na Terra, são muito errados. A incorporação não faz com que o espirito se "aposse" de você, mas faz com que "interaja", junto com sua conciencia, e se valendo dos movimentos de seu corpo para gesticular, e nunca em hipotese alguma, esta entidade o colocara em situação "ridicula", ou desonrosa. São coisas muito diferents e valores morais muito diferentes dos nossos.
Abraço.
Alan Levasseur
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Gostaria de saber a diferença de um transporte para um descarrego ? Será que alguem me poderia me auxiliar nessa dúvida ...
Vou tentar responder da minha forma.
Quando uma pessoa está sendo vitima de uma atuação negativa de algum espírito invocado através de alguma magia,os guias espirituais vêem essa atuação através de cordões energéticos ligados desde a pessoa até esses espíritos negativados.
Numa sessão espiritual, quando o médium, orientado pelos guias espirituais, se aproxima da pessoa(as vezes ele toca a pessoa), o médium incorpora esse espírito negativo e logo em seguida ele é doutrinado através de dialogo com outros guias ou outros médiuns que estejam presentes durante a sessão.
Essa doutrinação varia de terreiro para terreiro, em alguns é dado uma vela branca junto com um copo de água, em outros é dado moedas, ervas,etc... Normalmente esses são elementos usados para anular o vinculo e a(s) ordem(s) negativas dadas contra a pessoa.
Aos Médiuns que tem facilidade de incorporar esses espíritos nessas ocasiões são chamados popularmente de "médiuns de transporte".
Um descarrego é necessário quando a aura da pessoa está carregada de energias nocivas a ela, seja por ela ter atraído isso devido ao negativismo de sua mente ou por alguma magia negativa feita contra ela. Alguns terreiros fazem o descarrego usando ervas(bate-folhas), amacís, defumações,banhos ,pólvora(quando a energia é muito pesada),etc..,e em algumas ocasiões é necessário fazer isso em algum ponto de força na natureza.
Nilo Coelho
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Queria saber como descobrir o meu protetor na Umbanda?
Você somente descobrirá seu protetor se desenvolver sua mediunidade, pois então ele poderá se manifestar e dar sua identidade. De qualquer forma o nome de seu protetor não deve ser nunca o mais importante. Sua fé em que ele esteja sempre a seu lado para orientá-lo da melhor forma possível e dentro de seu merecimento, deve predominar sempre.
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Estou curioso para saber sobre Ogum Mege. Preciso de informação sobre essa linha. Em segundo lugar quero saber informações sobre o caboclo Guardião dos Caminhos e se trabalha na linha de Ogum.
Em relação a sua primeira pergunta:
Ogum Mege não é uma linha e sim uma entidade. São caboclos, mas chamam a si mesmo de Oguns, assim como os caboclos da linha de Xango, chamam a si mesmo de Xangos. Ogum Mege é um dos sete Chefes de Legião da linha de Ogum. Os demais são: Yara, de Lei, Rompe Mato, de Malê, Beira Mar e Matinata. Estes não são incorporantes inclusive, mas se desdobram em outros sete que incorporam.
Em relação a sua segunda pergunta:
Guardião dos Caminhos não costuma ser nome de caboclo, mas se a entidade falou este nome, só ele mesmo pode dizer se trabalha na linha de Ogum.Talvez seja um protetor.Nunca ouvimos falar. Mas geralmente entidades com esse tipo de nome são exus.
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Recentemente descobri que meu guia faz parte da Linha das Águas, e se chama Príncipe Nalfagibe. Gostaria de receber informações sobre ele.
Infelizmente não conhecemos essa entidade que dá o nome de Príncipe Nalfagibe. Geralmente as entidades manifestadas no povo das águas são caboclas ou caboclos do mar, com nomes tipo: Jandaya, Jandira, Jacyara, etc.
A única oportunidade de que temos notícia de entidades chamarem a si próprias de príncipes, é no ritual da cabala judaica, que nada em a ver com a umbanda, mas em seus rituais os 7 exus guardiões (7 Encruzilhadas, Tranca Rua, Giramundo, Marabô, Tiriri, Pomba Gira e Pinga Fogo), se manifestam como príncipes (Astaroth, Nambroth, Acham, Baal, Hasmodat, Lilith e Moloch).
Sugiro que você pergunte a essa entidade, se ele não teria outro nome para dar em terra.
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Me disseram que estou muito negativa porque minha Iansã está predominando no lado negativo e isso está atrapalhando meu caminho.
Como deve ser de seu conhecimento Iansã é a contra parte feminina de Xangô. Desta forma, sendo um orixá, não nos pertence (não temos uma Iansã). E ainda sendo um orixá, não tem lados negativos (entendendo os orixás como as próprias energias criadoras, fazendo parte da própria divindade, que é só amor e compaixão).
Desta forma, não é possível um Orixá atrapalhar o seu caminho
Acredito que a terminologia usada na sua orientação foi, talvez, equivocada, ou, mais possivelmente, tenham querido dizer outra coisa, que não compreendi muito bem.
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Como saber se sou médium umbandista?
O médium de Umbanda é aquele que tem um carma com a mesma por já ter trabalhado com magia em vidas pretéritas. Somente freqüentando um bom centro de Umbanda você saberá se tem mediunidade para ser desenvolvida na mesma. Vale também o seu coração, isto é, se você se sentir "em casa", num centro de Umbanda, com certeza é porque achou o seu lugar.
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Quando entro no terreiro não recebo nenhum guia. Mas percebo que ele esta "encostado" em mim. O que devo fazer?
Você é médium ou consulente na casa? Se é médium necessita de auxílio para seu desenvolvimento mediúnico, que deverá ser propiciado pela entidade chefe. Mas se você for consulente, não existe mesmo a premissa, na maioria das casas, que consulentes devam "incorporar". Neste caso você deveria também falar com a entidade chefe para ver a possibilidade de se tornar médium aprendiz da casa.
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Tenho muitas dúvidas a respeito de mediunidade. Como encontrar um bom lugar? Como sei se tenho mediunidade.
Existem muitos sintomas específicos de mediunidade, tais como: insônia, ou sono demais, tonturas, dores físicas sem causa aparente, especialmente dor de cabeça ou de estômago, angústia, batedeiras no coração, falta de ar, nervosismo, além dos mais óbvios, como visões ou escutar vozes, choros, etc.
Na verdade existe uma centena de sintomas, mas esses são os mais comuns.
Na Umbanda o bom lugar para se desenvolver é aquele onde se pratique a caridade pura e desinteressada, onde nada se cobre, nunca, por nenhuma caridade praticada e onde os médiuns não tenham o costume de beber para realização dos rituais, e onde só se trabalhe visando o bem das pessoas e da humanidade.
Isso seria o mínimo desejável.
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Sou espírita há muitos anos, mas poucas vezes eu consegui dar passividade às entidades. No entanto, quando vou a algum centro de umbanda, eu sinto tão fortemente o envolvimento das entidades, que chego a "passar mal". Quando vou receber o passe na umbanda, sempre acabo por "receber" entidades ligadas a umbanda com grande facilidade. Aí me dizem que tenho que trabalhar lá.
Aprendi no kardecismo que o médium é médium em qualquer lugar e está apto a "receber" tanto um irmão sofredor como um espírito mais esclarecido. Essa afirmação me criou um conflito: por que então não consigo ter a mesma facilidade nos trabalhos mediúnicos da casa espírita, com a mesma facilidade que tenho no centro de Umbanda?
Será que tenho compromissos espirituais com a Umbanda e não com a Doutrina Espírita? Ou são obsessores que me "pegam"?
Será que tenho compromissos espirituais com a Umbanda e não com a Doutrina Espírita? Ou são obsessores que me "pegam"?
Dar passividade no Kardecismo geralmente é mais fácil, ao contrário do que você diz, pelo fato do médium poder se concentrar e, especialmente, fechar os olhos. Por outro lado são poucos os dirigentes espíritas que tem o hábito de "ajudar" o médium a "incorporar", numa mesa de intercâmbio espiritual. Como o treinamento é feito num curso à parte, na hora do trabalho o médium está mais por conta própria, praticamente, e pode se tornar difícil.
Na umbanda existem duas possibilidades. A primeira é que quando você recebe o passe, ou, às vezes, durante o simples atendimento com as entidades manifestadas, as entidades da casa estão trabalhando no sentido de ajudá-lo a incorporar, para mostrar a você, eventualmente, que você tem a mediunidade, e aí fica mais fácil. É como se fosse um aviso.
Quando você passa mal, dentro de um centro de umbanda, não é, necessariamente, por estar cercada de obsessores (pode até acontecer de algum desafeto seu não estar muito satisfeito por você estar lá e em vias de libertar-se dele), mas mais freqüentemente, é a sua mediunidade em desequilíbrio, que capta, desordenadamente, as vibrações do ambiente.
A outra possibilidade é essa que você intuiu mesmo: o médium de umbanda é aquele que tem um carma com a magia. É aquele que já trabalhou com magia no passado e está preparado para esse trabalho no presente. É como se ele chegasse na "sua casa".
Agora, a coisa mais interessante de sua mensagem é a provável distinção que você parece fazer, do tipo: no kardecismo se recebem espíritos esclarecidos e na umbanda se recebem espíritos sofredores, etc. Essa premissa não corresponde absolutamente a verdade.
Em ambos os casos, as duas coisas acontecem. A diferença é que na umbanda, o médium não deve (e não precisa) receber obsessores e sofredores, pois eles são doutrinados na espiritualidade, ao contrário do kardecismo, onde a doutrinação começa na mesa de intercâmbio. Infelizmente algumas casas de umbanda ainda fazem "descargas", usando os médiuns, o que só serve para desequilibra-los, pois isso não é absolutamente necessário.
Os espíritos, bondosamente, se "vestem" para cada trabalho, dependendo da forma que nós, encarnados, estamos preparados para recebe-los. Uma mesma entidade pode se apresentar como Pai João na umbanda e como dr. Fulano de Tal no Kardecismo. Somos nós que fazemos as diferenças. São os nossos preconceitos, que as entidades compreendem e toleram, amorosamente.
A melhor coisa a fazer é seguir o seu coração e ficar na casa onde você se sinta mais à vontade. Pode ter certeza que, com maior ou menor dificuldade, a caridade que você vai fazer será a mesma, desde que realmente use a sua mediunidade de "incorporação". Mesmo porque a mediunidade não desenvolvida costuma trazer problemas físicos para o médium, um dia ou outro.
O importante é você procurar ficar numa casa séria, onde nada se cobre por nenhuma caridade praticada e onde nenhum ritual aconteça que possa causar qualquer tipo de constrangimento.
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