domingo, 25 de agosto de 2013

A luz e o inferno: o homem e o homem


A luz e o inferno: o homem e o homem
Texto de Etiene Sales.

Exu sempre foi um ponto ambíguo dentro da Umbanda. Embora seja diferente no Candomblé, talvez porque na Umbanda, com a influência do Cristianismo e do Espiritismo Cristão, "houve a necessidade" de uma relação entre Exu e o Diabo, ou mais precisamente, de um fator coercitivo, misterioso, sombrio.
Quando vejo imagens de Exu, o guia, não me espanto muito. Como disse meu Exu (Sr. Marabô), quando fiz o assentamento dele: "Não sou tão feio assim!".
Porém, já me peguei pensando sobre isso e me referenciei direto na fonte. Afinal, Eles têm seus motivos para isso. E perguntei diretamente a Eles e a resposta foi coerente, pelo menos para mim. Mas não sei se será para todos. Foi assim...
Conversando com meu amigo Exu, eu perguntei o porquê das imagens com chifres, rabos etc., e se ele tem chifres e rabo.
- Não tenho chifres. Não sou corno! Mas tem que goste de levar umas chifradas!
Mas por que dos chifres e rabo?
- Porque na bíblia existe um Deus vingativo, rude, belicoso, que destrói, pune e castiga? A sua resposta será a mesma para as duas perguntas: a minha e a sua.
- Veja bem: o ser humano, vocês, são rudes, mesquinhos, vingativos. Nem sempre, na sua fúria, na sua raiva, são capazes ou tem a mente aberta para escutar doces palavras; às vezes, só respeitam aquilo que se mostra forte e bizarro.
- Nosso mundo é muito diferente do de vocês. E alguns médiuns videntes, por falta de uma forma associativa melhor, nos viram assim: com chifres e rabo. Alguns de nós gostaram e assim se apresentavam; mas, logo que criavam intimidade, se mostravam realmente como eram.
- É verdade que alguns Kiumbas se utilizam dessa forma bizarra com propósitos malignos, mas isso não e um privilégio só nosso. Eles também se fazem passar por Pretos-Velhos, Caboclos, Crianças e até por Jesus Cristo. Vide a quantidade de fanáticos que existem hoje, que já existiram e que foram capazes de cometer verdadeiras atrocidades em nome de Jesus, o que seria inconcebível com o que Ele pregou. Embora Ele tenha dito: (Mateus 5,17) "Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas; não vim destruir, mas cumprir". Também disse: (Mateus 5,21) "Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; e, Quem matar será réu de juízo; (Mateus 5,22) Eu, porém, vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo".
- Quantos o seu povo já matou em nome do Senhor ou tentou justificar seus atos por ele? Quantas guerras já se passaram? E quantas ainda passarão?
- Falam tanto de nós, Exus, mas o ser humano é muito mais demônio, às vezes do que nós. Podemos até pedir sangue de um animal, caso tenhamos plena necessidade e se for necessário, mas nunca de um ser humano. Mas quanto sangue humano vocês já derramaram (irmão matando irmão)? E em nome de que? Terras, dinheiro, mulheres, ideologia, pureza racial, fé, DEUS!
- Não somos perfeitos, mas apesar de nossas imperfeições, ainda estamos a um passo (na verdade são muitos) à frente de vocês. E olha que isso e com todo o rabo e chifres! Com toda a marafa, uísque, Vodka e fumo, conseguimos ser mais humanos e ver as coisas de Deus mais nítidas do que vocês. Que vêem a forma, não a essência; que procuram na superfície, para não ter trabalho de se aprofundar.
- Vocês precisam dessas imagens como uma forma de temer. Só assim vocês são capazes de respeitar algo: quando temem!
- Com o tempo, pois tudo muda, e até vocês mudarão. Poderão nos ver como realmente somos: iguais a vocês na forma, mas bem à frente no conteúdo!
- IHAHAHA! Boa noite!

O autor é Sacerdote Umbandista, escritor e Cientista da Religião.

domingo, 18 de agosto de 2013

O que é Orixá ?


UM POUCO DE HISTÓRIA

Na aurora de sua civilização, o povo africano mais tarde conhecido pelo nome de iorubá, chamado de nagô no Brasil e lucumi em Cuba, acreditava que forças sobrenaturais impessoais, espíritos, ou entidades estavam presentes ou corporificados em objetos e forças da natureza. 
Tementes dos perigos da natureza que punham em risco constante a vida humana, perigos que eles não podiam controlar, esses antigos africanos ofereciam sacrifícios para aplacar a fúria dessas forças, doando sua própria comida como tributo que selava um pacto de submissão e proteção e que sedimenta as relações de lealdade e filiação entre os homens e os espíritos da natureza.
Muitos desses espíritos da natureza passaram a ser cultuados como divindades, mais tarde designadas orixás, detentoras do poder de governar aspectos do mundo natural, como o trovão, o raio e a fertilidade da terra, enquanto outros foram cultuados como guardiões de montanhas, cursos d'água, árvores e florestas. 
Cada rio, assim, tinha seu espírito próprio, com o qual se confundia, construindo-se em suas margens os locais de adoração, nada mais que o sítio onde eram deixadas as oferendas. 
Um rio pode correr calmamente pelas planícies ou precipita-se em quedas e corredeiras, oferecer calma travessia a vau, mas também mostra-se pleno de traiçoeiras armadilhas, ser uma benfazeja fonte de alimentação piscosa, mas igualmente afogar em suas águas os que nelas se banham.
Esses atributos do rio, que o torna ao mesmo tempo provedor e destruidor, passaram a ser também o de sua divindade guardiã. Como cada rio é diferente, seu espírito, sua alma, também tem características específicas. Muitos dos espíritos dos rios são homenageados até hoje, tanto na África, em território iorubá, como nas Américas, para onde o culto foi trazido pelos negros durante a escravidão e num curto período após a abolição, embora tenham, com o passar do tempo, se tornado independentes de sua base original na natureza. 

O contato entre os povos africanos, tanto em razão de intercâmbiocomercial como por causa das guerras e domínio de uns sobre outros, propiciou a incorporação pelos iorubás de divindades de povos vizinhos, como os voduns dos povos fons, chamados jejes no Brasil, entre os quais se destaca Nanã, antiga divindade da terra, e Oxumarê, divindade doarco-íris. 
O deus da peste, que recebe os nomes de Omulu, Olu Odo, Obaluaê, Ainon, Sakpatá e Xamponã ou Xapanã, resultou da fusão da devoção a inúmeros deuses cultuados em territórios iorubá, fon e nupe. 
As transformações sofridas pelo deus da varíola, até sua incorporação ao panteão contemporâneo dos orixás, mostra a importância das migrações e das guerras de dominação na vida desses povos africanos e seu papel na constituição de cultos e conformação de divindades.

Dentro da cultura do Candomblé, o Orixá é considerado a existência de uma “vida passada na Terra”, na qual os Orixás teriam entrado em contato direto com os seres humanos, aos quais passaram ensinamentos diretos e se mostraram em forma humana. 
Essa teria sido uma época muito distante na qual o ser humano necessitava da presença física dos Orixás, pois o ser humano ainda se encontrava em um estágio muito primitivo, tanto materialmente como espiritualmente.

Após passarem seus ensinamento voltaram à Aruanda, mas deixaram na Terra sua essência e representatividade nas forças da natureza.



O QUE É ORIXÁ ?

O planeta em que vivemos e todos os mundos dos planos materiais se mantêm vivos através do equilíbrio entre as energias da natureza. A harmonia planetária só é possível devido a um intrincado e imenso jogo energético entre os elementos químicos que constituem estes mundos e entre cada um dos seres vivos que habitam estes planetas.

Um dado característico do exercício da religião de Umbanda é o uso, como fonte de trabalho, destas energias. Vivendo no planeta Terra, o homem convive com Leis desde sua origem e evolução, Leis que mantêm a vitalidade, a criação e a transformação, dados essenciais à vida como a vemos desenvolver-se a cada segundo. Sem essa harmonia energética o planeta entraria no caos.

O fogo, o ar, a terra e a água são os elementos primordiais que, combinados, dão origem a tudo que nossos corpos físicos sentem, assim como também são constituintes destes corpos.

Acreditamos que esses elementos e suas ramificações são comandados e trabalhados por Entidades Espirituais que vão desde os Elementais (espíritos em transição atuantes no grande laboratório planetário), até aos Espíritos Superiores que inspecionam, comandam e fornecem o fluido vital para o trabalho constante de CRIAR, MANTER e TRANSFORMAR a dinâmica evolutiva da vida no Planeta Terra.

A esses espíritos de alta força vibratória chamamos ORIXÁS, usando um vocábulo de origem Yorubana. Na Umbanda são tidos como os maiores responsáveis pelo equilíbrio da natureza. São conhecidos em outras partes do mundo como "Ministros" ou "Devas", espíritos de alta vibração evolutiva que cooperam diretamente com Deus, fazendo com que Suas Leis sejam cumpridas constantemente.

O uso de uma palavra que significa “dono da cabeça” (ORI-XÁ) mostra a relação existente entre o mundo e o indivíduo, entre o ambiente e os seres que nele habitam. Nossos corpos têm, em sua constituição, todos os elementos naturais em diferentes proporções. Além dos espíritos amigos que se empenham em nossa vigilância e auxílio morais, contamos com um espírito da natureza, um Orixá pessoal que cuida do equilíbrio energético, físico e emocional de nossos corpos físicos. 

Nós, seres espirituais manifestando-se em corpos físicos, somos influenciados pela ação dessas energias desde o momento do nascimento. Quando nossa personalidade (a personagem desta existência) começa a ser definida, uma das energias elementais predomina – e é a que vai definir, de alguma forma, nosso "arquétipo". 

Ao Regente dessa energia predominante, definida no nosso nascimento, denominamos de nosso Orixá pessoal, "Chefe de Cabeça", "Pai ou Mãe de Cabeça", ou o nome esotérico "ELEDÁ". 

A forma como nosso corpo reage às diversas situações durante esta encarnação, tanto física quanto emocionalmente, está ligada ao “arquétipo”, ou à personalidade e características emocionais que conhecemos através das lendas africanas sobre os Orixás. 

Junto a essa energia predominante, duas outras se colocam como secundárias, que na Umbanda denominamos de "Juntós", corruptela de "Adjuntó", palavra latina que significa auxiliar, ou ainda, chamamos de "OSSI" e "OTUM", respectivamente na sua ordem de influência.

Quando um espírito vai encarnar, são consultados os futuros pais, durante o sono, quanto à concordância em gerar um filho, obedecendo-se à lei do livre arbítrio.

Tendo os mesmos concordado, começa o trabalho de plasmar a forma que esse espírito usará no veículo físico.

Esta tarefa é entregue aos poderosos Espíritos da Natureza, sendo que um deles assume a responsabilidade dessa tarefa, fornecendo a essa forma as energias necessárias para que o feto se desenvolva, para que haja vida.

A partir desse processo, o novo ser encarnado estará ligado diretamente àquela vibração original.

Assim surge o ELEDÁ desse novo ser encarnado, que é a força energética primária e atuante do nascimento.

Nesse período, os Elementais trabalham incessantemente, cada um na sua respectiva área, partindo do embrião até formar todas as camadas materiais do corpo humano, que são moldadas até nascer o novo ser com o seu duplo etérico e corpo denso.

Após o nascimento, essa força energética vai promovendo o domínio gradativo da consciência da alma e da força do espírito sobre a forma material até que seja adquirida sua personalidade por meio da Lei do livre Arbítrio.

A partir daí essa energia passa a atuar de forma mais discreta, obedecendo a esta Lei, sustentando-lhe, contudo, a forma e energia material pela contínua manutenção e transformação, no sentido de manter-lhe a existência.

A cada reencarnação, de acordo com nossas necessidades evolutivas e carmas a serem cumpridos, somos responsáveis por diferentes corpos, e para cada um destes nossos corpos, podemos contar com o auxílio de um Espírito da Natureza, um Orixá protetor.
É normalmente quem se aproxima do médium quando estes invocam seu Eledá.
Em todos os rituais de Umbanda, de modo especial nas Iniciações, a invocação dessa força é feita para todos os médiuns quando efetuam seus Assentamentos, meio de atração, para perto de si, da energia pura do seu ELEDÁ energético e das energias auxiliares, ou "OSSI" e "OTUM.

Eledá, Ossi e Otum formam a Tríade do Coronário do médium na Umbanda. 

AFINIDADES

Os filhos de fé não recebem influências apenas de um ou dois orixás.
Da mesma forma que nós não ficamos presos à educação e à orientação de um pai espiritual, não ficamos também sob a tutela de nosso orixá de frente ou adjuntó.
Freqüentemente recebemos influências de outros orixás (como se fossem professores, avós, tios, amigos mais próximos na vida material). O fato de recebermos estas influências, não quer dizer que somos filhos ou afilhados desses orixás; trata-se apenas de uma afinidade espiritual.
Uma pessoa, às vezes, não se dá melhor com uma tia do que com uma mãe? Assim também é com os orixás. Podemos ser filhos de Ogum ou Oxum e receber mais influências de Xangô ou Iansã. Posso ser filho de Obaluaiê e não gostar de trabalhar com entidades que mais lhe dizem respeito (linha das almas), preferindo trabalhar com entidades de cachoeiras.
O importante é que nos momentos mais decisivos de nossas vidas, suas influências benéficas se façam presentes, quase sempre uma soma de valores e não apenas e individualmente, a característica de um único orixá.

ORIXÁS - ELEMENTOS PRIMORDIAIS E SUAS RAMIFICAÇÕES 
Os Elementais

Entre esses espíritos de atuação dentro do campo vibratório dos Orixás de comando, encontramos aqueles que trabalham mais perto de nossa realidade, relacionando-se de forma estreita com os elementos: são os ELEORIXÁS - ELEMENTOS PRIMORDIAIS E SUAS RAMIFICAÇÕES 
   ElementoRamificaçãoCorSaudação
OxaláArArBrancoEpa babá
IemanjáÁguaSalgadaBranco / AzulOdô Yá
NanãÁguaChuvaRoxoSaluba Nanã
OxumÁguaDoce, CachoeirasAzulOra Yeyê-ô
OxumarêÁguaEvaporaçãoVerde e AmareloArrobobô
OgumFogoÍgneoVermelhoOgum Yê
IbejiFogoPurificadorRosa e AzulOni Ibejada
XangôFogoElétricoMarromKaô Cabecile
IansãFogoEmoçõesAmareloEparrei Oyá
OxossiTerraFaunaVerdeOkê Arô
OssãeTerraFloraVerde e BrancoEuê-a
ObaluaiêTerraTransformaçãoBranco e PretoAtotô



Os Elementaiss, a água, as forças da natureza. Eles estão, muito perto de nós, atuando também nos trabalhos dos Guias e da própria Umbanda como um todo.

Os Elementais se apresentam com forma semelhante à humana. De acordo com a variação de consciência e emoção produzem mudanças em sua coloração e até mesmo em sua forma. Usam seu corpo astral e quando necessário, até materializam seu veículo etéreo. A forma astral, de acordo com revelação e depoimento de videntes, consiste numa aura esférica multicolorida energética. O veículo etérico dessas entidades é que lhes permite um senso de individualidade. Nas épocas de crescimento, germinação e desenvolvimento dos vegetais, a vitalidade e atividade desses seres aumenta pelo contato maior com o mundo físico, tornando-os mais visíveis aos médiuns videntes, quando não se materializam temporariamente, dançando e brincando como seres humanos.


No elemento Terra:
* Nas florestas, por exemplo temos as Dríades, ligadas ao campo vibratório de Oxossi, possuem cabelos compridos e luminosos, são de rara beleza e trabalham diretamente nas árvores.
* Os Gnomos das árvores trabalham dentro do duplo etérico das mesmas.
* As Fadas manipulam a clorofila das plantas, estabelecendo a multiplicidade dos matizes e fragrância das flores, formando as pétalas e brotos. Estão associadas à vida das células da relva e outras plantas. 
* Os Duendes que cuidam da sua fecundidade, das pedras e metais preciosos e semi-preciosos.


No elemento Água:
* Encontramos as Sereias que ficam perto dos Oceanos, rios e lagos, de forma graciosa e energética. 
* Nas cachoeiras estão as Ondinas, que muito ajudam nos trabalhos de purificação realizados pela Umbanda nas cachoeiras.


No Elemento Ar:
* Os Silfos que estão sob a regência de Oxalá. Como as Fadas, se apresentam com asas, movimentando-se com extrema rapidez.


No Elemento Fogo:
* As Salamandras são elementais do FOGO. Se apresentam como correntes de energia ígnea, que se precipitam, sem se afigurarem como seres humanos. Atuam nas energias ígneas solar e do fogo em geral.

domingo, 4 de agosto de 2013

"ORIXÁS" CHORÕES E OUTRAS SANDICES

Outro dia dizia a um dos meus amigos, o quanto o movimento umbandista está se esfarelando, como a coisa descambou para um vale-tudo de mentiras, hipocrisias e contaminações doutrinárias.


Na verdade, o movimento umbandista (e não a Umbanda) está se transformando em um imenso CIRCO, onde os “mestres de cerimônia” e seus pupilos não mais querem do que se locupletarem em nome da religião, sem falar que para isto pregam aos quatro ventos que “tudo é Umbanda“, que está todo mundo certo nas suas práticas, por mais exdrúxulas que sejam.

Se a coisa parasse somente no uso de cocares quilométricos, fantasias de demônios, cartolas, fraques e outros fetichismos estava até muito bom. Mesmo com a tal apometria do Norbeto Peixoto, com o Zé Pilintra “santo” do Rubens Saraceni, com a pretensão de Rivas Neto em ser um demiurgo, com certeza poderiamos nos sentir aliviados.

Mas agora, mesmo diante de tanta besteira, alguns resolveram imitar os “milagres” de estátuas que choram em nossos congás, à exemplo do que vem ocorrendo em todo mundo em Igrejas Católicas e, sem exceções, o próprio Vaticano comprovou serem fraudes ou fenômenos naturais.

Em uma lista de discussão, recebemos o seguinte e-mail (ipsis literis):



Assunto: E as imagenes viveram!

E Ogum Onira em terra disse olhando fixamente às imagenes de Ogum e Oia, Se para valer têm vida devem-no demonstrar, esta noite têm que chorar, afirmo Ogum na gira.Increible meus irmãos, já terminada a gira, um irmão estava limpando o terreiro e comenzo a gritar e chorar.E vimos essas imagenes que me acompanhassem o resto de minha vida. Saravá Umbanda! Saravá Quimbanda! Salve nossa Banda!
O que me espanta é que tais “fenômenos” nunca acontecem diante de várias centenas de testemunhas oculares, somente alguns poucos privilegiados, em geral com interesse pessoal no “milagre”, presenciam estas coisas.
Obviamente isto é uma fraude, uma mentira descarada ou fruto de uma histeria coletiva que atingiu os presentes, impressionados que ficaram com a “profecia” do tal Caboclo. As imagens não choram, não andam, não falam… enfim, nenhum fenômeno físico desta natureza, mesmo com um poderoso médium doador de ectoplasma presente, poderia acontecer.
Não que as imagens – como bem colocou um discípulo – não tenham motivos para chorar diante de tanta patacoada e sandices que vemos no meio umbandista, mas tal lamento não seria possível e nem teria sentido pratico algum.

Com certeza, não deve demorar para que tenhamos notícias de imagens de “exus” exalando fumaça com cheiro de enxofre e de pretos-velhos sendo servidas com café em colheres, como fazem na Índia ao servirem leite ao deus ganesh.

Acorda, Povo de Umbanda… os Clarins de Ogum já soaram faz tempo…