domingo, 23 de junho de 2013

Omoloko



Alguns irmãos perguntam se: “Omoloko é Umbanda ou Candomblé? “ A resposta só poderia ser uma única: Omoloko é ambas. Umbanda porque aceita em seus rituais o culto ao Caboclo e ao Preto-Velho. Candomblé porque cultua os Orixás africanos com suas cantigas em Yoruba ou Angola, pois como já disse anteriormente esse ritual foi fortemente influenciado pelas duas culturas. Como pode-se ver, o ritual Omoloko não poderia ser encaixado no grupo dos Candomblés chamados tradicionais, aqueles que cultuam somente orixás africanos, pelo motivo de que no Omoloko são cultuados os Caboclos e Pretos-Velhos. Porém pode ser encaixado nos candomblés não-tradicionais, isto é, aqueles que cultuam orixás africanos e Caboclos e Pretos-Velhos. Também como pode-se notar, a Nação Omoloko poderia ser encaixada no grupo chamado Umbanda, uma vez que cultua-se Caboclos e Pretos-Velhos, entidades genuinamente de Umbanda e há uma forte sincretização católica. Ele encaixa-se também como Umbanda quando refere-se a um grande grupo religioso, a Religião de Umbanda. Então nesse momento o povo de Omoloko se auto intitula Umbandista, cujo culto é voltado aos Caboclos e Pretos-Velhos e que sigam a doutrina de amor ao próximo. Uma forte característica de alguns rituais africanos é a realização de sacrifício de animais flores para os Orixás, herança trazida pelos negros escravos e mantida ainda hoje no Brasil, principalmente nos terreiros de Camdomblé. Essas atividades são geralmente realizadas em sessões internas envolvendo apenas os membros efetivos dos terreiros (filhos de santo), sem espectadores (assistência) externos. Nessas cerimônias só é permitido a presença de iniciados no culto e que tenham um grau hierárquico dentro do terreiro. Dentre os animais utilizados nas chamadas oferendas ou obrigações, são utilizadas aves(galinha, patas...) e animais quadrúpedes (cabras, bodes, coelhos, carneiro...). Entretanto essas atividades chamadas de "Obrigação de Santo" só acontecem em casos de iniciação sacerdotal ou em outras ocasiões muito especiais. A importância e necessidade desses rituais está no fato de de se acreditar na troca de energias entre os seres humanos e os outros seres da natureza, pois somos, todos, parte da natureza e precisamos reavivar dentro de nós o Orixá que todos trazemos como herança da própria África e recarregar nossa energia espiritual. Sacrifica-se um animal para que através do plasma sangüíneo possa o Orixá tomar forma e assim passar a coabitar no corpo físico e espiritual do futuro filho de santo. Era assim que os nossos ancestrais faziam na África e assim o fazemos aqui no Brasil, pois essa é a nossa forma mais próxima de mantermos viva essa força maior e de grande ligação ancestral, que é o Orixá Divinizado em pensamento e forma..." É nesse momento que o Orixá do médium é invocado e se faz presente, possibilitando uma maior interação entre o iniciado e o Orixá dono de sua cabeça (Ori ® Cabeça / Xá ® guardião). Inúmeras são as bibliografias que de alguma forma questionam o uso de obrigações em que são utilizados animais como oferendas. É muito comum relacionar a prática de sacrifício de animais a fase primitiva dos negros oriundos do continente africano. Talvez, fosse essa a linguagem usada por aqueles que num passado histórico, condenaram a prática afro/religiosa, alegando um primitivismo que não cabia a "nova" fase do país em formação e com forte predomínio da cultura branca européia. É claro que, visto de um ângulo que não seja o africano, essas obrigações parecem ser retrógradas, tendo em vista a atual "modernização" com a qual convivemos.
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sexta-feira, 14 de junho de 2013

DIA DE EXU




13 DE JUNHO - DIA DE EXU.

No mundo espiritual, encontramos aqueles que crêem que os Exus são entidades (espíritos) que só fazem o bem, e outros que crêem que os Exus podem também ser neutros ou maus. Observa-se que, muitas vezes, os médiuns dos terreiros de Umbanda - e mesmo de Candomblé - não têm uma idéia muito clara da natureza da(s) entidade(s), quase sempre, por falta de estudo da religião. Na verdade, essa Entidade não deve ser confundida com o (obsessores), apesar de transitar na mesma Linha das Almas, sendo o seu dia a segunda-feira, ficando sob o seu controle e comandando os espíritos atrasadíssimos na evolução e que são orientados pelos Exus para que consigam evoluir através de trabalhos espirituais feitos para o bem.

Exu Tata Caveira
Sua função mítica é a de mensageiro, o que leva os pedidos e oferendas dos homens aos Orixás, já que o único contato direto entre essas diferentes categorias só acontece no momento da incorporação, quando o corpo do ser humano é colegado ao seu Exu por meio dos chacras. É ele quem traduz as linguagens humanas para os seres superiores. Por isso, é imprescindível a sua presença para a realização de qualquer trabalho, porque é o único que efetivamente assegura em uma dimensão o que está acontecendo na outra, abrindo os caminhos para os Orixás se aproximarem dos locais onde estão sendo cultuados. Possuem a função também de proteger o terreiro e seus médiuns.
O poder de comunicar e ligar, confere a ele também o oposto, a possibilidade de desligar e comprometer qualquer comunicação. Se possibilita a construção, também permite a destruição. Esse poder foi traduzido mitologicamente no fato de Exu habitar as encruzilhadas, cemitérios, passagens, os diferentes e vários cruzamentos entre caminhos e rotas, e ser o senhor das porteiras, portas de entradas e saídas.

Exu Meia-Noite
Há algumas diferenças na maneira de ver Exu no Candomblé e na Umbanda. No primeiro, Exu é como os demais Orixás, uma personalização de fenômenos e energias naturais. O Candomblé considera que as divindades, ou seja os Orixás, incorporam nos médiuns (cavalos ou aparelhos). Na Umbanda, quem incorpora nos médiuns, além dos Caboclos, Pretos Velhos e Crianças, são os Falangeiros de Orixás, representantes deles, e não os próprios.
A Umbanda considera os Exus não como deuses, mas como uma entidade em evolução que busca, através da caridade, a evolução. Em síntese, o grande agente mágico do equilíbrio universal. Também é o guardião dos trabalhos de magia, onde opera com forças do astral. E também são considerados como "policiais", "sentinelas", "seguranças" que agem pela Lei, no submundo do "crime" organizado e principalmente policiando o Médium no seu dia-a-dia. As "equipes" de Exus sempre estão nestas zonas infernais, mas, não vivem nela.
Obedecem à severa hierarquia nos comandos do astral se classificando também como Exus cruzados, espadados e coroados.
Esses espíritos utilizam-se de energias mais "densas" (materiais). Nota-se que essas entidades podem realizar trabalhos benignos, como curas, orientação em todos os setores da vida pessoal dos consulentes e praticar a caridade em geral. A condição de Exu para um espírito é transitória, podendo este, uma vez redimidas suas dívidas perante a Lei Divina, seguir no mundo dos espíritos em escalas mais elevadas de evolução. Essas falanges, e outras, são a divisão ou escala à qual pertencem os espíritos, mais ou menos equivalentes à escala espírita definida por Kardec.
Os trabalhos malignos (os tão famosos "pactos com o diabo" ), como matar por exemplo, não são acordos feitos com os Exus, mas com os Kiumbas que agem na surdina e não estão sob a orientação de algum Exu, fazendo-se passar por um deles, atuando em terreiros que não praticam os fundamentos básicos da Umbanda que são: existência de um Deus único, crença de entidades espirituais em evolução, crença em Orixás e Santos chefiando falanges que formam a hierarquia espiritual, crença em guias mensageiros, na existência da alma, na prática da mediunidade sob forma de desenvolvimento espiritual do médium, e o uso de ervas e frutos. Jamais maldades, e caridade acima de tudo.

Exu do Lodo
Os Exus são confundidos com os Kiumbas, que são espíritos trevosos ou obsessores, são espíritos que se encontram desajustados perante à Lei, provocando os mais variados distúrbios morais e mentais nas pessoas, desde pequenas confusões, até as mais duras e tristes obsessões. São espíritos que se comprazem na prática do mal, apenas por sentirem prazer ou por vinganças, calcadas no ódio doentio. Aguardando, enfim, que a Lei os "recupere" da melhor maneira possível (voluntária ou involuntariamente). Vivem no baixo astral, onde as vibrações energéticas são densas. Este baixo astral é uma enorme egrégora formada pelos maus pensamentos e atitudes dos espíritos encarnados ou desencarnados. Sentimentos baixos, paixões, ódios, rancores, raivas, vinganças, sensualidade desenfreada, vícios de toda estirpe, alimentam esta faixa vibracional e os Kiumbas se comprazem nisso, já que sentem-se mais fortalecidos.
verdadeiro Exu não faz mal a ninguém. Alguns Exus foram pessoas como políticos, médicos, advogados, trabalhadores, vadios, prostitutas, pessoas comuns, padres etc, que cometeram alguma falha e escolheram - ou foram escolhidos para - vir nessa forma a fim de redimir seus erros passados. Outros são espíritos evoluídos que escolheram ajudar e continuar sua evolução atendendo e orientando as pessoas, e combatendo o mal. Em seus trabalhos de magia, Exu corta demandas, desfaz trabalhos malignos, feitiços e magia negra, feitos por espíritos obscuros, sem luz (Kiumbas). Ajudam a limpar, retirando os espíritos obsessores e os encaminhando para luz ou para que possam cumprir suas penas em outros lugares do astral inferior.

Exu Tranca-Ruas
A Doutrina Espírita os trata como espíritos imperfeitos, almas dos homens que, por terem cometido crimes perante a Lei Divina, são submetidos a difíceis provas, cujo único objetivo é o de que possam compreender a extensão do mal que praticaram em outras vidas.
Uma verdadeira casa de caridade é sempre reconhecida pela gratuidade dos serviços prestados a quem procura ajuda em um Centro Espírita ou Centro de Umbanda.
Alguns espíritos, que usam indevidamente o nome de Exu, procuram realizar trabalhos de magia dirigida contra os encarnados. Na realidade, quem está agindo é um espírito atrasado. É justamente contra as influências maléficas, o pensamento doentio desses feiticeiros improvisados, que entra em ação o verdadeiro Exu, atraindo os obsessores, cegos ainda, e procurando trazê-los para suas falanges que trabalham visando a própria evolução.
O chamado “Exu Pagão” é tido como o marginal da espiritualidade, aquele sem luz, sem conhecimento da evolução, trabalhando na magia para o mal, embora possa ser despertado para evoluir de condição.
Já o Exu Batizado, é uma alma humana já sensibilizada pelo bem, evoluindo e, trabalhando para o bem, dentro do reino da Quimbanda, por ser força que ainda se ajusta ao meio, nele podendo intervir, como um policial que penetra nos reinos da marginalidade.
Não se deve, entretanto, confundir um verdadeiro Exu com um espíritos zombeteiros, mistificadores, obsessores ou perturbadores, que recebem a denominação de Kiumbas e que, às vezes, tentam mistificar, iludindo os presentes, usando nomes de "Guias".
Para evitar essa confusão, não damos aos chamados “Exus Pagãos” a denominação de “Exu”, classificando-os apenas como Kiumbas. E reservamos para os ditos “Exus Batizados” a denominação de “Exu”.
Essistem 7 hirarquias de 7 exu acima Chamados Exu Coroados Exu Sete Encruzilhada Exu Veludo Exu Tranca Rua Exu Caveira Exu Tiriri Exu Marabo Pomba Gira ou Pombo gira(Exu Feminino)
São exus evoluidos e chamados de exus Coroados porque eles podem trabalhar nas linhas de espiritos evoluidos como na linha de Caboclos.


Alguns Exus

  • Exu Arranca Toco
  • Exu Asa Negra
  • Exu Belzebu
  • Exu Brasinha
  • Exu Calunga
  • Exu Calunguinha
  • Exu Capa Preta da Encruzilhada
  • Exu Capa Preta
  • Exu Capoeira
  • Exu Carranca
  • Exu Catacumba
  • Exu Caveira
  • Exu do Cemitério
  • Exu Cobra
  • Exu Corcunda
  • Exu Corrente
  • Exu Desmancha Tudo
  • Exu Destranca Rua
  • Exu Duas Cabeças
  • Exu Quebra Galho
  • Exu Maré
  • Exu Facada
  • Exu Guerreiro
  • Exu Gato Preto

  • Exu Gira Mundo
  • Exu João Caveira
  • Exu da Campina
  • Exu da Morte
  • Exu do Lodo
  • Exu do Tronco
  • Exu Lorde da Morte
  • Exu Lúcifer
  • Exu Mangueira
  • Exu Marabô
  • Exu Matança
  • Exu das Matas
  • Exu Meia Noite
  • Exu Morcego
  • Exu Mulambo
  • Exu Pedra Preta
  • Exu Pimenta
  • Exu Pinga-Fogo
  • Exu Pirata do Mar
  • Exu Ponto Maioral
  • Exu Porteira
  • Exu Quebra Galho
  • Exu Rei
  • Exu Rei das 7 Encruzilhadas
  • Exu Rei das Trevas
  • Exu Sete Brasas
  • Exu Sete Buracos
  • Exu Sete Caminhos
  • Exu Sete Campas
  • Exu Sete Catacumbas
  • Exu Sete Caveiras
  • Exu Sete Covas
  • Exu Sete Cruzes
  • Exu Sete Encruzilhadas
  • Exu Sete Estradas
  • Exu Sete Facadas
  • Exu Sete Garfos
  • Exu Sete da Lira
  • Exu Sete Montanhas
  • Exu Sete Poeiras
  • Exu Sete Porteiras
  • Exu Sete Queimadas
  • Exu Tatá Caveira
  • Exu Teimoso
  • Exu Tiriri
  • Exu Toquinho
  • Exu Tranca-Gira
  • Exu Tranca-Rua (O mais poderoso)
  • Exu Tranca-Rua das Almas
  • Exu Tranca-Rua de Embaré
  • Exu Tranca-Rua das Encruzilhadas
  • Exu Tranca-Rua das Matas
  • Exu Tranca-Rua do Mar
  • Exu Tranca Tudo
  • Exu Tronqueira
  • Exu Veludinho
  • Exu Veludo da Encruzilhada
  • Exu Veludo da Mata
  • Exu Veludo das Almas
  • Exu Veludo das Sete Encruzilhadas
  • Exu Ventania
  • Exu Vira-Mundo
  • Exu Quebra-Barranco
  • Exu Cascavel


Paz Amor e Harmonia
Emidio de Ogum

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EXU MIRIM





Que a paz de Oxalá esteja com todos

Exu-Mirim é uma classe de espíritos com diversas denominações que incorpora nos terreiros de Umbanda. Possuem um traçamento ou mistura de Crianças com Exus. São por vezes chamados de Crianças de Esquerda. Alguns são a mistura de Crianças com Malandros, resultando num Malandrinho.
 
Anteriormente expulsas dos terreiros por conta do preconceito, essas entidades hoje mais aceitas, possuem grande força de cura e suas brincadeiras e traquinagens são um veículo para a resolução de muitos problemas.
Os Exus Mirins (entidades) apresentam - se como crianças travessas, brincalhonas, espertas e extrovertidas. Não são espíritos humanos, pois nunca encarnaram, são “encantados” vivenciando realidades da vida muito diferentes da nossa.
Na verdade, Exu Mirim é mais uma linha de esquerda dentro do ritual de Umbanda, trabalhando junto com Exu e Pombagira para a proteção e sustentação dos trabalhos da casa. Não aceitar Exu Mirim é proceder como em casas que não aceita - se Exu e Pombagira, mas que a partir do astral e sem que ninguém perceba, recebem a sua proteção. Afinal, "se sem Exu não se faz nada, sem Exu Mirim menos ainda".
Apesar de serem bem “agitados”, sua manifestação deve estar sempre dentro do bom - senso, afinal dentro de uma casa de luz, uma verdadeira casa de Umbanda, eles sempre manifestam - se para a prática do bem sobre comando direto dos Exus e Pombagiras guardiões da casa.
Podemos dizer que os Exus e Pombagiras estão para os Exus - Mirins como os Pretos - velhos estão para as crianças da Linha de Cosme e Damião.
Trazem nomes simbólicos análogos aos dos "Exus - adultos", demonstrando seu campo de atuação, energias, forças e Orixás a quem respondem. Assim, temos Exus - Mirins ligados ao Campo Santo: Caveirinha, Covinha, Calunguinha, Porteirinha, ligados ao fogo: Pimentinha, Labareda, Faísca, Malagueta, ligados a água: Lodinho, Ondinha, Prainha, entre muitos e muitos outros, chegando ao ponto de termos Exus - Mirins atuando em cada uma das Sete Linhas de Umbanda.
Quando respeitados, bem direcionados e doutrinados pelos Exus e Pombagiras da casa, tornam – se ótimos trabalhadores, realizando trabalhos magníficos de limpeza astral, cura, quebras de demandas, etc. Utilizam – se de elementos magísticos comuns à linha de esquerda, como a pinga (normalmente misturado ao mel), o cigarro, cigarrilhas e charutos, a vela bicolor vermelha/preta, etc.
A Umbanda vai além da manifestação de espíritos desencarnados, atuando e interagindo com realidades da vida muitas vezes inacessíveis a espíritos humanos. Exu – Mirim muitas vezes tem acesso a campos e energias que os outros guias espirituais não têm.
Uma força muito grande que Exu – Mirim traz, é a força de “desenrolar” a nossa vida (fator desenrolador), levando todas as nossas complicações pessoais e “enrolações” para bem longe. 
Também são ótimos para acharem e revelarem trabalhos ou forças "negativas" que estejam atuando contra nós, "desocultando -as" e acabando com essas atuações.
Para aqueles que sentirem – se afim com a força e tiverem respeito, com certeza em Exu – Mirim verão uma linha de trabalho tão forte, interessante e querida como todas as outras.

Exus Mirins Principais:

Exu Lalu- Ligado ao Exu Sete-Encruzilhadas- Negativo de Oxalá
Exu Lodinho- Ligado com Pomba-Gira- Negativo de Iemanjá
Exu Mirim- Ligado a Exu Tiriri- Negativo de Cosme e Damião
Exu Toquinho- Ligado com Exu Marabô- Negativo de Oxossí
Exu Veludinho da Meia-Noite-Ligado com Exu Tranca-Ruas- Negativo de Ogum
Exu Calunguinha- Ligado com Exu Caveira- Negativo de Obaluaye
Exu Brasinha- Ligado com Exu Gira-Mundo- Negativo de Xangô
Outros Exus Mirins: Exu Malandrinho, Exu Caveirinha, Exu Joãzinho do cemitério, Exu Mariazinha da calunga, Exu foguinho, Exu pedrinho da encruzilhada, Exu tridentinho, Exu Pimentinha, Exu Porteirinha, Exu Espadinha, Exu Covinha, Exu Cruzinha entre outros.
Que Oxalá nos abençoe sempre
Saravá .'.

domingo, 9 de junho de 2013

CIGANOS - TENTANDO DESMISTIFICAR

POVO ORIENTE: 
é uma Falange em grande ascensão dentro da Umbanda, chegando aos Terreiros na vibração de Xangô, normalmente conhecidos como mentores são Mestres de povos do oriente com grande desenvolvimento espiritual e conhecimento profundo de vários assuntos. São muito cultos e responsáveis, de poucas palavras e muito trabalho. Apresentam-se de forma humilde e simples, não necessitando de nenhum tipo de oferenda além da fé e da dedicação de seus aparelhos, além de exigirem o cumprimento de regras básicas para uma melhor interpenetração de energias com seus médiuns. Têm uma vibração extremamente sutil. E esperam que seus médiuns cumpram sua parte no que se refere ao preparo correto para trabalhar com suas energias. Trabalham mais pela irradiação do que pela incorporação propriamente dita.

CIGANOS DO ORIENTE:
composta por aqueles que em encarnações anteriores tiveram grande conhecimento da espititualidade e de magia, a maioria encarnou entre o Povo Cigano e de tal povo preferiram guardar a imagem com a qual aparecem para nós. Em geral denominam-se ciganos do oriente, para situarem de onde vêm, pois viveram no antigo oriente médio ou no extremo oriente. São mais antigos, lembram-se de tempos mais remotos em que foram conhecedores do poder e da magia dos antigos templos.Não são tão sutis quanto o Povo do Oriente, mas também não são tão mundanos quanto os Ciganos (europeus, apenas para explicar). Levam tudo muito à sério, mas também são alegres, gostam de cantorias , bebem licores,vinho branco,chás de frutas, alguns fumam outros não, “Comem” (oferendas) comidas ciganas e muitas frutas e frutos da terra. Gostam muito de flores em suas oferendas e trabalham com cristais, cromoterapia, numerologia, astrologia,limpezas de aura, uso dos chacras, fluidoterapia, fluidificação de água com fins curativos, aromoterapia, tarot, e outros jogos e magias de seu conhecimento.Gostam muito de trabalhar com a cura física e com a doutrinação que cura espiritualmente.

CIGANOS: 
Povo nômade com grande conhecimento de magia , muito alegre, dançante, raça que tem conhecimento de muitos povos justamente por sua origem nômade e sua capacidade de num só tempo cultivar suas tradições e adaptar-se a novos lugares e costumes. Ao contrário dos Ciganos do Oriente, não passaram suas vidas no oriente, e sim em andanças pela Europa e alguns países do Oriente próximo , alguns poucos passaram pela Ásia, na altura da Índia, mas em geral vêm da Europa, e dos países da antiga cortina de ferro. Trabalham muito com magia do amor e de prosperidade. Bebem, fumam, e seu cardápio inclui as comidas ciganas tradicionais, frutos e frutas. Jogam cartas , lêem mãos São devotos de Santa Sara Kali, e de Nossa Senhora Aparecida. São católicos em sua maioria.

ESPÍRITOS CIGANOS: 
Estes são mais cultuados pelos Espiritualistas e pelo Povo Cigano (encarnado), onde segundo os Ciganos(encarnados) os espíritos não podem falar por não Ciganos, mas os nossos irmãos Espiritualistas discordam dessa afirmativa.

POMBAGIRAS CIGANAS/ EXÚ CIGANO:
Não são , em geral ciganos de origem , tornam-se “ciganos” em função do seu modo de vida que levaram e/ou porque buscam o conhecimento da magia cigana para trabalharem, ou porque em algum tempo em suas vidas passadas conviveram com esse povo e dele adquiriram alguns hábitos, mas podemos encontrar entre estes ciganos, pois como em qualquer povo existe a necessidade de resgate de suas faltas. Podemos encontrar também entre a malandragem alguns espíritos de ex-ciganos que reencarnaram e se tornaram Malandros ( nem todos os Malandros se enquadram nesta afirmativa).

O que temos que ter em mente é o respeito ao Povo Cigano(encarnado), pois estes foram perseguidos, em toda sua história desde os primórdios deste planeta, não temos direito de viver da cultura desse Povo, apenas vivemos o que nos é permitido, em nada contribui ao Médium de Umbanda e sua Mediunidade querer saber a vida de tal espírito, pois isso leva ao Médium a mistificação e isso não é bom a nenhum adepto de Umbanda, de nada adianta saber cor de roupa, perfume, isso ou aquilo, pois a história e apetrechos de trabalho quem irá dar é o Guia e não as histórias que lemos por aí e admito que a maioria das histórias contidas neste site é de cunho espiritualista e não Umbandistas, então as mesmas de nada adianta para a Umbanda. Respeitemos a cultura de um Povo e seu sofrimento, pois eles sim são o Povo Cigano e os Espíritos Ciganos seus ancestrais, nós somos apenas instrumentos de trabalho desses espíritos e não devemos dizer porque trabalhamos com espírito que se diz ter sido um cigano em vida, é que temos vínculos sanguíneos com esse Povo maravilhoso.

ALEX DE OXÓSSI